Fonte da Vida

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Esse era um dos filmes mais esperados do ano por mim, pois sempre que lia algo sobre ele, me parecia ainda mais interessante. Afinal, quem nunca sonhou em encontrar a fonte da juventude? Ou, no meu caso, a Terra do Nunca. 🙂

Aqui temos o Wolverine… quer dizer, o Hugh Jackman em dose tripla. Numa versão ele é um conquistador espanhol do século XVI, na outra um cientista nos dias atuais e na última um astronauta no século XXVI. Em todas essas encarnações, ele lida com a morte e, de alguma forma, procura por meios de evitá-la e de estender a vida. Na sua versão espanhola, procura formas mágicas de atingir esse objetivo. Na atual, claro, formas científicas. A futurista, na minha opinião, deveria unir as duas, mas acaba tendo mais a ver mesmo com a magia do século XVI, turbinada para parecer algo meio monge budista saído de Matrix, manja?

Inicialmente, achei que o passado era um livro, o presente era a história real e o futuro era fruto de uma meditação, mas não é por aí. Ou é, sei lá. Esta é daquelas fitas que faz as perguntas, mas não as responde e esse é justamente seu problema. Ele é simplesmente chato. Sabe aqueles longas que têm como objetivo fazer você pensar, mas se esquecem que, antes de qualquer coisa, cinema é diversão? É por aí.

Eu sou completamente a favor de filmes cabeça, desde que possam ser assistidos também como uma diversão descompromissada. Um dos melhores filmes do ano passado, Terra dos Mortos, se dá muito bem nesse quesito, embora a discussão que ele gera seja mais voltada para um âmbito econômico-social, ao contrário deste, que é mais místico-filosófico. Outro que mandou muito bem ao misturar debates cabeça com referências nerd e cenas de ação típicas de um blockbuster foi, é claro, Matrix. E nesse caso, ainda teve o peito de tentar fazer debates místico-filosófico-econômico-sociais.

Então o veredicto acaba se resumindo a isso. Eu não recomendaria Fonte da Vida apenas como filme, mas se você tiver interesse em filosofia, misticismo, imortalidade da alma, iluminação e coisas do tipo, pode gostar bastante. Principalmente se você tiver alguns amigos com interesses afins. Nesse caso, a discussão pós-filme pode render algumas horas agradáveis de conversa. Ou, na pior das hipóteses, você pode voltar aqui e dividir suas teorias sobre o filme com a gente.

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