Já vinha se falando sobre isso há algum tempo, mas agora deu no site dos caras (www.sepultura.com.br). O baterista Iggor Cavalera (que acrescentou mais um G no nome por causa da velha numerologia) chutou a banda. A minha opinião é que sem nenhum dos membros fundadores (os irmãos Cavalera), seria mais justo encerrar a banda e, se os músicos remanescentes decidirem continuar tocando juntos, podem fazê-lo com outro nome. De qualquer forma, eu não sou a pessoa mais recomendável para escrever sobre isso, já que nunca fui fã da banda. Mas nada tema, delfonauta. Em breve nosso amigo Bruno Sanchez deve deixar um comentário por aqui. Enquanto isso, fique com o comunicado à imprensa que a banda publicou no site:
Baterista e co-fundador da maior banda de heavy metal brasileira alega desgaste e incompatibilidade de idéias com os integrantes da banda e sinaliza novos projetos.
Iggor Cavalera, um dos fundadores da maior banda de heavy metal brasileira, o Sepultura, comunica a sua saída da banda. O músico e baterista alega desgaste e incompatibilidade de idéias com o resto da banda e sinaliza novos projetos.
“Vários motivos me levaram a tomar essa importante decisão em minha vida e gostaria de compartilhar isso com todos. Acredito que a minha missão no Sepultura tenha chegado ao fim. Tenho muito orgulho de tudo o que fizemos, mas hoje sinto que o formato da banda já não atende mais às minhas expectativas como músico e como pessoa. Desde a minha última turnê na Europa em dezembro de 2004, percebi que as minhas idéias já não batiam com as do resto da banda”, afirma Iggor.
Desde 1985, o Sepultura lançou 10 discos (“Bestial Devastation”, 1985; “Morbid Visions”, 1986; “Schizophrenia”, 1987; “Beneath the Remais”, 1989; “Arise”, 1991; “Roots”, 1996; “Against”, 1998; “Nation”, 2001 “Roorback”, 2003 e DanteXXI, 2006), que venderam milhares de cópias mundialmente. A banda conheceu seu auge de vendas e de público nos shows em 1996, ano de lançamento, de Roots, que representou uma guinada musical no heavy metal, com a inserção de percussões tribais, fruto de novas experiências musicais com índios xavantes. No entanto, após o lançamento do disco e da turnê mundial, Max Cavalera vocalista e guitarrista, irmão de Iggor comunicou sua saída da banda para seguir carreira-solo. A banda continuou na estrada, com Derrick Green, continuando o sucesso da formação original.
Afastado das turnês desde meados de 2005, quando foi substituído por Roy Mayorga, Iggor começou a notar que suas ambições individuais não eram compatíveis com as do grupo e começou a seu processo de afastamento criativo do Sepultura. “Muitos anos de trabalho em conjunto fizeram com que o relacionamento fosse se desgastando cada vez mais e vejo que hoje não há compatibilidade de idéias entre eu e o resto da banda. Tentei deixar isso claro aos outros membros propondo que déssemos um tempo, no entanto a prioridade deles era a de continuar tocando independentemente da minha permanência”, diz Iggor.
Como músico e baterista, Iggor continua batalhando e buscando novas referências para produzir algo autêntico e verdadeiro que represente aquilo que o Sepultura foi em sua vida. Ultimamente, o músico pesquisa uma pegada mais atual para o heavy metal, com influências do hip hop, metal e hardcore.. Segundo Iggor, a decisão de sair do Sepultura foi uma das mais difíceis de sua carreira, uma vez que, como um dos fundadores da banda, dedicou praticamente toda sua vida à banda.
“Gostaria imensamente de agradecer a todos os fãs que me apoiaram e continuam apoiando a nossa música. E também a todos que trabalharam para fazer do Sepultura a banda que é.”
Atualizada: está rolando uma discussão sobre isso na comunidade delfiana do Orkut. Joina lá e venha conversar com a gente!