Esta é nossa crítica Godzilla II: Rei dos Monstros. Trata-se da terceira parte do que a Warner está chamando de MonsterVerse, ou seja, blockbusters focados em monstros gigantes. Quais foram as duas primeiras partes? Ora pois, clique aí embaixo e divirta-se com as críticas feitas pelo Cyrino quando os filmes foram lançados. E depois volte aqui, hein?

Godzilla

Kong: A Ilha da Caveira

CRÍTICA GODZILLA II: REI DOS MONSTROS

Cinco anos depois do primeiro Godzilla, esta continuação é focada na família formada pela Vera Farmiga (a Norma Bates), Kyle Chandler (o sujeito do jornal) e Millie Bob Brown (a Eleven). O único personagem que volta do anterior é o cientista interpretado por Ken Watanabe, que acredita que os monstros gigantes, chamados de titãs, têm um propósito e não devem ser simplesmente assassinados.

Godzilla 2, Godzilla II, Crítica Godzilla 2, Crítica Godzilla II, Delfos
Monstros gigantes, cara!

Pois quem também acredita nisso é um grupo de ecoterroristas que roubou um equipamento capaz de acordar os titãs. E sabe o que eles resolvem fazer? Sério, tenta adivinhar. Duvido que você adivinhe! Eles resolvem acordar os ti… ei, como você adivinhou?

Acontece que um deles, chamado de Monstro Zero, quer causar. Se você é versado na mitologia do Godzilla, deve se lembrar do nome Ghidorah, uma terrível hidra gigante. O Ghidora disputa há séculos o título de alfa com Godzilla, e vai usar sua pintudice para controlar todos os outros monstros e destruir o mundo. Agora cabe ao Lagartão Heróico salvar a Terra ao lado de sua fiel escudeira Mothra (também conhecida dos filmes japoneses).

Godzilla 2, Godzilla II, Crítica Godzilla 2, Crítica Godzilla II, Delfos
Godzilla e, nas sombras, Ghidorah.

BATALHAS DE MONSTROS GIGANTES

Hell, yeah! Monstros gigantes saindo na porrada é comigo mesmo. E, considerando que você está no DELFOS, provavelmente também é contigo. Para isso, no entanto, precisamos de um bom diretor e um orçamento considerável. Ou não temos nenhum dos dois aqui, ou o diretor é tão fraco que não soube usar o orçamento.

Ao contrário do anterior, os titãs até aparecem com frequência, mas nunca em toda sua glória. Neste filme, está sempre chovendo e com neblina, tornando difícil de enxergar mesmo as criaturas que estão em primeiro plano. É uma tática tradicional no cinema de terror para quando não há dinheiro para efeitos especiais decentes, mas não esperava que fosse o caso aqui.

Para piorar, mesmo nas cenas mais pintudas, em que Godzilla está descendo o sarrafo em Ghidorah, a câmera sempre pega a ação perto demais. Você vê que tem dois pedaços de carne cheios de escamas batendo um no outro, mas não sabe se o que está vendo é uma cauda, um braço ou uma genitália, mais ou menos como acontece em filmes de orgias.

AZUL É A COR MAIS QUENTE

Godzilla 2, Godzilla II, Crítica Godzilla 2, Crítica Godzilla II, Delfos
Espero que você goste de azul.

Colocando o prego no caixão está o fato de que este é simplesmente o filme mais azul já feito. Dá uma olhada nas imagens desta matéria. Parece que esqueceram um papel celofane azul colado na frente da câmera. E esta é uma explicação mais plausível do que alguém ter achado que pintar tudo de azul era uma opção estética apropriada.

É uma pena um filme focado em batalhas de monstros gigantes ter uma direção tão ruim, e ser simplesmente tão feio. Isso aqui tinha potencial para ser simplesmente um espetáculo.

A primeira cena em que Godzilla e Ghidorah se encontram, por exemplo, é um plano aberto, com os dois monstros rugindo. Cara, é lindo! Mesmo pintado de azul. Me deu vontade de aplaudir! Mas dura dois segundos, e daí começa a porradaria mal filmada.

Nem mesmo os filmes japoneses originais, que tinham uma fração do orçamento deste, filmavam a ação de forma tão feia. Assim, Godzilla II: Rei dos Monstros continua com a qualidade do anterior. Até é legalzinho e diverte, mas para realizar seu potencial, precisa de um diretor decente.