Esta é a segunda crítica Chamas da Vingança que eu escrevo (a outra foi essa). E este filme, por sua vez, é um remake desse aqui. A essa altura acredito que é claro que, a cada 20 anos, Hollywood tem que lançar um longa chamado Chamas da Vingança, ou Belzebu e seus demônios invadem a Terra. E ambos, o da crítica de hoje e o de 1984 são, por sua vez, adaptações de um romance do mestre do terror, Stephen King.
CRÍTICA CHAMAS DA VINGANÇA
Chamas da Vingança é quase uma história dos X-Men. Um pouco mais tenso, talvez. Aqui conhecemos uma família com superpoderes. O pai, por exemplo, (Zac Efron) consegue manipular as pessoas telepaticamente. Mas o foco é na filhinha (Ryan Kiera Armstrong, papel que em 1984 foi da Drew Barrymore). Ela é a firestarter do título original. Ou seja, a menina é tipo uma versão from hell do Piro da Marvel. Ou seja, ela é uma deusa entre mortais, e não está a fim de deixar eles dizerem o contrário.
A família é perseguida por uma organização que deseja estudá-los e explorar seus poderes. Ou seja, eles vivem isolados, sem wi-fi, celulares e mudando de cidade constantemente. A questão é que a organização malvada tem um super nos seus rankings, e é exatamente ele que vai caçá-los.
PARECE UM FILME DE SUPER-HERÓIS, MAS NÃO É
Essa temática poderia muito bem ser um filme da Marvel. Porém, é do Stephen King. Isso significa que a coisa tende mais para o suspense do que para explosões – ainda que haja explosões aqui. A questão é que Chamas da Vingança está mais próximo de Carrie e O Iluminado do que de X-Men. E provavelmente é o que você espera, dado o autor da história.
Na verdade, eu sinceramente fiquei surpreso com quão parecida a narrativa é com aquelas que são, provavelmente, as duas obras mais conhecidas de King. Foi difícil não lembrar daquela piada do Family Guy, sabe?
A questão é que Stephen King é quase como o Nicolas Cage. Tem tantos filmes (no caso de King, baseados em livros dele), e a qualidade geral é tão baixa que é difícil entender como ele se tornou tão querido.
CRÍTICA CHAMAS DA VINGANÇA E O ESTEVÃO REI
E eu imagino que o Stephen King deve ter alguma qualidade como autor. Afinal, o Cyrino era um leitor ávido do cara. Dá só uma olhada em quantos livros do King o meu xará resenhou por aqui.
Infelizmente, o Chamas da Vingança de 2022 não será o Peso do Talento de Stephen King. E nem é o caso de o filme ser uma porcaria. Ele é apenas batido e nada marcante. O tipo de coisa que até vale assistir no streaming. Agora sair de casa para vê-lo, especialmente no frio que fez na última quarta-feira, como foi meu caso… melhor não, meu camarada. Até porque eu pretendo começar a esquecê-lo imediatamente ao colocar o ponto final nesta resenha. Pronto, coloquei. Tchau, Chamas da Vingança.
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