Filmes de ação, Testosterona Totais, em especial, são muito minha geleia. Isso não significa que todos são bacanas. Mas pelo olho furado de Odin Anderson, como é legal quando a gente vai ao cinema esperando um genérico e se diverte adoidado. E é curioso como normalmente estes filmes são estrelados pelo Jason Statham. Hoje é dia da nossa crítica Beekeeper Rede de Vingança ou, em bom português, O Abelhudo.

HE IS THE BEEKEEPER

Beekeeper, Crítica Beekeeper, Jason Statham, Diamond Films, Delfos

Jason Statham aqui é o que a princípio parece ser apenas um apicultor. O cara literalmente cria abelhas para vender mel. Ele faz isso no celeiro alugado de uma gentil velhinha. A encrenca começa quando os malvadões dão um golpe que rouba milhões de dólares da ONG que a senhora administra. Sem saber como lidar com isso, ela se mata. E é aí que Jasão assume a capa de Adam Clay, o Abelhudo, defensor dos oprimidos.

É curioso como quase toda semana tem um novo filme de super-herói estreando, mas admito que fazia um bom tempo que eu não via um longa assim. Um em que o herói é incorruptível, e está lutando pela moral e pela justiça, sem tons de cinza. Um em que os vilões são tão desprezíveis que você só quer vê-los sofrer mesmo. Mais do que tudo, no entanto, um em que o herói é praticamente invencível.

Clay passa quase toda a duração do filme matando bandidos, e faz isso sem nenhum arranhão. No final, verdade, ele até fica um pouco machucado e perde algum sangue, mas é literalmente aquele caso em que ele responderia “é que você não viu os outros – milhares – de caras”.

ABELHUDO VS. ANALGÉSICO

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Ele! É! O! Abelhudo!

Eu classifiquei Beekeeper como um filme de super-heróis, mas isso não é exato. O protagonista não tem poderes. Assim como Liam Neeson, é apenas um ser humano com um conjunto de habilidades específicas que ele domina como ninguém. Na prática, no entanto, o cara provavelmente daria uma boa luta até para o Batman.

Logo no começo do filme, ele faz um discurso dizendo como roubar idosos é até pior do que roubar crianças. Segundo ele, crianças normalmente têm os pais e pessoas que se importam e as defendem. Idosos comumente são sozinhos, e poucos se importam com eles. Nunca tinha pensado nisso dessa forma, mas ele tem razão. Nós vivemos em uma sociedade em que ninguém se importa com os velhinhos, quando deveria ser o contrário, pois devemos muito a eles.

Assim, o Beekeeper me conquistou para sua luta moral. E se eu já tinha achado os vilões desprezíveis logo na primeira cena, depois desse discurso eu realmente queria vê-los pagar com sangue. E nosso amigo Adam Clay está feliz em nos atender.

ALL FEAR THE BEEKEEPER

O filme basicamente é isso. Clay invade um QG dos vilões e começa a destruir tudo. Quanto mais a galera começa a ficar com medo dele, maiores são os exércitos que ele precisa encarar. E a diversão vem basicamente do fato de ele vencer praticamente todo mundo quase sem esforço, não interessa quantos soldados da SWAT ou mercenários perigosos coloquem no calço dele.

Tem toda uma analogia com colmeia, abelhas e afins, bem como o cargo Beekeeper em si, mas descobrir isso é um dos prazeres do filme, então não cabe a mim estragar no âmbito desta resenha.

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Ao contrário da maioria dos Testosterona TotaisBeekeeper não é um filme que investe forte no humor. Porém, se você, como eu, nutre uma saudável ojeriza pelos bilionários parasitas do mundo, vai acabar sorrindo o filme todo. Sem falar na enorme quantidade de hell, yeahs que ele inspira, graças às formas criativas que o herói tem de levar justiça para os criminosos.

De ruim, só mesmo o Jeremy Irons, um ator cuja fama só é igualada pela sua incapacidade de atuar (ele é de longa o ator mais fraco do elenco). Felizmente, ele não estraga o filme e, como faz um dos vilões, acaba até ajudando a gente a antipatizar com sua turma. Então se você curte um bom, exagerado e divertido filme de ação, dê um jeito de assistir a Beekeeper.