Toda história tem um fim e, depois de quase um ano, finalmente a história de The Council chega ao seu com este episódio 5, intitulado Checkmate. Esta é nossa análise The Council – Episódio 5.
ANÁLISE THE COUNCIL – EPISÓDIO 5
Ao longo de 2018, eu falei em vários dos meus textos sobre The Council que ele estava caminhando a passos largos para se tornar minha história interativa preferida. Agora que ele foi concluído, e posso fazer um julgamento final, devo dizer que a minha sensação é semelhante à que eu tive quando vi o episódio final de Lost.
Explico: eu gostei muito da série. Durante toda sua duração, foi um dos meus entretenimentos preferidos. Daqueles que eu contava os dias até o próximo episódio. E, assim como em Lost, The Council optou por encerrar da forma mais previsível e sem graça possível. Isso de forma alguma elimina as muitas horas de diversão que a série me proporcionou, mas é inegável que coloca uma mácula nelas.
PODIA TER SIDO MELHOR
Este quinto episódio começa às vésperas da assembleia que vai decidir quem vai tomar posse do estado de Louisiana. O Lord Mortimer lhe incumbe a missão de mudar a opinião daqueles que vão votar contra a transferência do estado para a França. Este é o primeiro quest, que termina na tão esperada votação. E, a partir daí, o episódio decai rumo ao final mais clichê possível.
Claro, a partir daí não dá mais para elaborar sobre a história, por motivos de spoiler. Porém, quem jogou The Council até aqui vai perceber que este episódio 5 é bem mais rápido e mais linear do que os anteriores. Tem até decisões que o protagonista Louis toma sem interferência do jogador, o que pareceu bem estranho para mim quando aconteceu.
Depois do primeiro quest, que é o mais parecido com o que veio antes, a coisa passa a seguir um caminho pré-delineado. Há puzzles a serem resolvidos, claro, além de algumas decisões importantes, mas não há mais exploração, o que torna este o episódio mais curto do jogo. Inclusive, este é o único que não traz nenhuma área nova para visitação. Todos os lugares presentes aqui você já viu antes.
Faz sentido do ponto de vista narrativo, afinal, a esta altura você já explorou e solucionou todos os segredos da mansão, mas acaba sendo uma oportunidade perdida se pensarmos no gameplay. Afinal, diminui o impacto quando o chefão final acontece em uma área que você visitou tantas vezes ao longo do ano.
O CONSELHO
Veja só, não é nem que a história é especialmente ruim. Ela é apenas óbvia. Você já viu o rumo que ela toma tantas vezes nos games que não dá para não virar os olhos quando a suposta viradinha acontece. É tipo “não acredito que eles seguiram este caminho”.
Também há várias sementes perdidas. Elizabeth Adams, por exemplo, que eu disse na análise do episódio 1 que era a personagem mais intrigante, não volta a aparecer, mesmo ela não tendo morrido na minha história.
Toda a história paralela das irmãs Emma e Emily também só servem para confundir. Afinal, as duas personagens são iguais e têm nomes semelhantes. Eu sinceramente não sei mais qual delas começou a história ou qual escolhi quando tive que deduzir qual era a original, a primeira vez que a narrativa seguiu por um caminho que não gostei.
Como qualquer decepção, a que tive com o final de The Council é uma pena. Mas ela também só é uma decepção porque eu gostei muito da narrativa, da ambientação e das inovações de gameplay que ele traz ao gênero das histórias interativas.
Assim, é importante deixar claro que, se este final é um porém enorme no conjunto da obra, não muda o fato de que a jornada até chegar nele foi simplesmente deliciosa. The Council pode não ter terminado com chave de ouro, mas isso não me impede de recomendá-lo para qualquer fã de adventures e histórias interativas. No final, não virou minha preferida, mas ainda é uma das que eu mais gostei.
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