Santa tartaruga! Poucos jogos marcaram tanto minha infância quanto os Tartarugas Ninja que a Konami lançou quando o primeiro desenho animado delas estava no auge. E agora temos todos esses jogos reunidos nesta deliciosa TMNT The Cowabunga Collection. No texto abaixo, vou falar de cada um dos jogos incluídos, relembrar histórias de infância relacionadas, contar novos causos e muito mais. Vamos nessa!
TMNT The Cowabunga Collection inclui treze jogos lançados pela Konami entre 1989 e 1993. Porém, alguns jogos, como Turtles In Time, aparecem mais de uma vez. Vou falar sobre cada um deles, mas antes de começar, vamos de listinha.
ESTES SÃO OS JOGOS INCLUÍDOS EM TMNT THE COWABUNGA COLLECTION
Fonte: Wikipedia
ANÁLISE TMNT THE COWABUNGA COLLECTION
1 – TARTARUGAS NO TEMPO: OS FLIPERAMAS
Provavelmente os jogos mais relevantes da coleção são os dois fliperamas. Teenage Mutant Ninja Turtles e Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time. Ambos aparecem aqui com multiplayer online ou de sofá, em suas versões para quatro jogadores. Quem viveu a época deve se lembrar que nessas versões, a tartaruga escolhida dependia de onde você colocava sua ficha. Ou seja, você precisa escolher o herói antes de abrir o jogo e não dá para mudar no meio da campanha, o que é uma pena.
Considerando como os roms em si são pequenos, poderiam ter incluído também a versão para dois jogadores. Afinal, é difícil ter quatro pessoas jogando em um sofá (eu nem tenho quatro controles) e a outra versão dá mais liberdade de seleção de heróis.
HERÓIS EM MEIO CASCO
Se você não viveu a época, é difícil entender hoje o impacto que esses jogos tiveram. No final dos anos 80 e início dos 90, as Tartarugas Ninja foram uma verdadeira febre. E os dois fliperamas eram impressionantes. Para começar, dava para jogar com as quatro tartarugas ao mesmo tempo, mas os gráficos eram fantásticos, as músicas eram demais e o gameplay era simples e gostoso.
Eu amava o primeiro. Adorava o segundo. Sonhava com o dia que teria um desses jogos em casa, mas na época a Konami claramente gostava mais da Nintendo. E eu era um garoto da Sega. Sonhava em ter um Nintendinho e/ou um Super NES, mas isso estava além do meu alcance na época. Obviamente, quando apareceram os emuladores, esses flipers estiveram entre as primeiras coisas que eu tentei jogar.
Agora, tantos anos depois, imortalizo neste texto que Turtles In Time foi o primeiro jogo que minha pimpolha jogou comigo até o final (ela tem cinco anos). Ela é o Michelangelo nas duas imagens acima. Ainda tem dificuldade em entender como passar seus comandos para o personagem na tela, mas conseguiu me acompanhar até o final, mesmo eu matando quase todo mundo. Assim, Turtles In Time ocupa também um lugar histórico na vida dela, como ocupou na minha. Até registramos o momento em que terminamos o jogo juntos.
2 – THE ARCADE GAME: TARTARUGAS NO NINTENDINHO
Os jogos das Tartarugas Ninja no Nintendinho foram os que mais me davam inveja dos amigos nintendistas. Afinal, eu sabia que era impossível ter o fliper em casa. Mas ei, Turtles Dois era igualzinho ao fliper!
Mas ei, era parecido o suficiente. Na época eu nem sabia que tinha mais fases no Nintendinho do que no arcade. Afinal, no fliper eu demorei muito para passar do Bebop. Turtles Dois tinha uma jogabilidade bem diferente. Algumas fases e chefes eram os mesmos, mas o combate era bem menos dinâmico e mais repetitivo. Sem falar dos gráficos, claro. Mas nossa, provavelmente eu nunca tive tanta inveja de um jogo que não podia ter em casa como tive desse (e agora eu tenho ele, veja só!).
A ÉPOCA DE OUTRORA
Porém, algo que pode parecer óbvio, mas não quando você é pouco mais de um nenê, é que, antes de Turtles Dois, o Nintendinho já tinha um outro jogo das Tartarugas Ninja. E este era totalmente diferente dos beat’em ups que todo mundo amava.
Teenage Mutant Ninja Turtles de Nintendinho, ou Turtles Um, como o chamávamos na época, era um jogo difícil de entender. Tinha traços de um proto-mundo aberto, exploração não linear e, sinceramente, parecia uma porcaria.
Você via o mapa de cima, com várias entradas. Cada entrada era uma fase. Algumas permitiam avançar na campanha. Outras, você ia até o final e simplesmente tinha que voltar ao início para poder sair. Minha mente infantil não entendia porque essas fases opcionais existiam.
PROTO-MUNDO ABERTO
Em 2022, eu finalmente fui até o fim de Turtles Um. Usei guias para saber para onde ir, algo que não estava disponível em 1989. Além disso, nessa coletânea você pode rebobinar a ação, permitindo voltar atrás quando sentir que perdeu vida demais, e tentar fazer melhor.
Sinceramente, sem essas coisas, como era no Nintendinho, eu não me vejo jogando este game até o fim. Eu não teria saco para descobrir para onde ir, e nem habilidade para passar de alguns pontos mais cascudos. Mas, ei, com estes benefícios de acessibilidade, eu consegui ir até o fim e inclusive me divertir na sua campanha. Acho difícil que alguém considere este um dos melhores games desta coletânea. Mas para mim, jogá-lo até o fim, ainda que com trapaças, fez com que eu sentisse que venci algo que nunca conseguiria vencer na infância.
TURTLES TRÊS
Turtles Três é um caso único. É um beat’em up, como os de fliperama. Porém, é o único de todos os beat’em ups de console das turtles totalmente original. Ele foi criado como uma continuação para Turtles Dois, aproveitando a jogabilidade daquele game, e melhorando em cima dela, sem tentativa de fazer igual a uma versão mais poderosa.
Deu certo. Turtles Três é um jogo bem legal, e uma continuação bem decente para um dos games mais populares da minha infância. É claro que ele parecia e parece pálido perto dos games das Tartarugas que estariam no Super Nintendo.
3 – SUPER TARTARUGAS!
O jogo “mais repetido” desta coletânea é o clássico dos clássicos Turtles In Time. Um dos fliperamas mais populares de todos os tempos ganhou uma adaptação fantástica para Super Nintendo, que por si só se tornou também um dos títulos mais populares do console.
Ao contrário de Turtles Dois, Turtles Quatro: Turtles In Time, a versão de Super NES, realmente era muito próxima do fliper em gráficos e sons. Era um tanto mais simples, com animações inferiores e menos vozes, mas se você não via os jogos lado a lado, ele parecia quase igual.
Ele também traz fases e chefes inéditos, incluindo Bebop e Rocksteady juntos (e vestidos de piratas), que não aparecem na versão de fliper. A única coisa que sumiu – ou mudou, na verdade – foi o chefe da pré-história, que é outro no SNES. Ah, e também a luta final contra o Destruidor é bem diferente.
É legal que TMNT The Cowabunga Collection tenha os dois games aqui. Mas neste caso eles são MUITO parecidos mesmo. Pode-se dizer que a inclusão deste é um tanto desnecessária até. Jogue a versão de SNES se quiser mais conteúdo. Curta o arcade se quiser a melhor versão do conteúdo que está em ambas.
4 – MEGA-TARTARUGAS: FINALMENTE EU PUDE TER UM!
Eu estava em uma viagem pelos EUA. Folheando um gibi gringo do Homem-Aranha, vi um anúncio. Um game das Tartarugas Ninja tinha acabado de sair para o Mega Drive. Finalmente as tortugas chegavam a um console da Sega. Obviamente, eu tornei minha missão comprar o cartucho antes de voltar para o Brasil.
TMNT: The Hyperstone Heist não era a versão dos flipers que eu sonhava em ter. Na verdade, era um game beat’em up teoricamente novo. Porém, ele combinava muita coisa que estava em Turtles In Time (chefes, fases e golpes), com algumas fases e chefes do Turtles Três (Rocksteady, por exemplo, é o mesmo chefe em Turtles Três e em Hyperstone Heist).
Por um lado, The Hyperstone Heist podia ser considerado um greatest hits, um jogo combinando Turtles Três e Turtles Quatro. Na prática, no entanto, eu sentia que ele era uma versão piorada e mais curta do Turtles In Time de SNES.
Claro que minha cabeça de fã não me deixava admitir isso. Eu brigava com meus coleguinhas da época dizendo que não. Que o MEU Turtles era melhor do que o de Super Nintendo. Mesmo sabendo, em meu âmago, que não era. Nesta coletânea, no entanto, The Hyperstone Heist acaba tendo mais valor do que Turtles Quatro, por ser totalmente diferente do arcade. Então, sei lá, a criança seguista que eu era se sente vingada agora. U-hu, eu acho!
5 – MINI-TURTLES: AS TURTLES NO GAME BOY
Se você não viveu a época, deve ser difícil entender hoje o fenômeno cultural que foi o Game Boy. Ele era muito inferior tecnicamente ao Nintendinho, sua tela verde e monocromática era horrível, e sinceramente muito difícil de enxergar. Mas, cara, era um videogame portátil, que trocava de jogo e tudo. Isso era de pirar o cabeção dos infantes dos anos 80. Assim, o Game Boy foi o único console da Nintendo que eu convenci minha família a me dar. Afinal, ele era totalmente diferente do Master System que eu tinha.
THE FALL OF THE FOOT CLAN
Eu joguei muito o primeiro jogo das Turtles para Game Boy, Fall of the Foot Clan. Nunca cheguei a ter o cartucho, mas fiquei com ele emprestado por muito tempo, a ponto de saber todas as fases de cor e terminar muitas vezes.
Jogando hoje, The Fall of the Foot Clan é um jogo bem primário. Um sidescroller de ação em que você simplesmente anda para a direita e vai batendo em inimigos, até chegar num chefe e passar de fase. Mas foi o primeiro jogo das Tartarugas Ninja que eu tive em casa por algum tempo, e o joguei muito na época. Provavelmente nunca o teria jogado novamente se não fosse esta coletânea, mas quer saber? Embora primário e extremamente simples, gostei de revivê-lo em 2022.
Aliás, eu diria que os jogos de Game Boy são os mais interessantes dessa coletânea. Pois os outros dois incluídos aqui eu nem fiquei sabendo que existiam na época em que usava bastante o console.
BACK FROM THE SEWERS: O OUTRO TURTLES DOIS
Tirando o primeiro jogo de Nintendinho, que saiu antes dos realmente clássicos, os games das Tartarugas Ninja eram beat’em ups. Os de Game Boy, por outro lado, eram únicos. Back From The Sewers é uma continuação curiosa. Os cenários são muito mais elaborados, mas os personagens são muito mais feios.
O legal é que o gameplay se alterna entre o sidescroller tradicional, e o de um beat’em up, que permite subir e descer no cenário também. Ele nunca se torna um beat’em up de verdade, mas é mais variado do que The Fall of the Foot Clan. Porém, a maior surpresa dessa coletânea pra mim foi o outro Turtles Três.
RADICAL RESCUE
Radical Rescue é o jogo mais único de TMNT The Cowabunga Collection. E eu sinceramente não sabia que ele era como é. Trata-se literalmente de um metroidvania. Com mapa e tudo, algo que na época nem Metroid tinha.
Você começa com Michelangelo, que tem a habilidade de planar. Daí deve chegar a cada um dos chefes mostrados com a carinha do triceratops no mapa acima. Vencer os chefes dá uma chave, que permite libertar a tartaruga atrás de uma das portinhas. Cada tartaruga tem habilidades próprias, permitindo acesso a novas áreas, e outros chefes. Você precisa salvar todo mundo, e daí encontrar e vencer o Destruidor.
Dá para escolher se você quer os objetivos marcados no mapa ou não. Mas de qualquer jeito, o jogo é não linear e bastante aberto à exploração. Você pode saber onde quer chegar, mas chegar lá são outros quinhentos.
Radical Rescue foi a maior surpresa dessa coletânea para mim. Eu simplesmente não sabia que existia um metroidvania das Tartarugas Ninja. Um BOM metroidvania! E ainda mais surpreendente é pensar que a maior aventura desta coletânea, o jogo que tem maior sustância, é justamente um dos exclusivos de Game Boy, o console mais “mini” de todos os tempos.
6 – O TORNEIO DAS TARTARUGAS
Você deve ter percebido que eu deixei alguns jogos de fora nos comentários acima. Pois é, isso foi intencional, pois eu queria falar separadamente de TMNT: Tournament Fighters.
Tournament Fighters recebeu versões para Nintendinho, Super Nintendo e Mega Drive. Porém, apesar de compartilharem os nomes, são games completamente diferentes. O de Super Nintendo é claramente o melhor. Inclusive, na época, gostei tanto dele que senti que era o primeiro jogo a passar a qualidade de Street Fighter II.
Jogando hoje, vejo que isso era minha cabeça de fanboy de Tartarugas Ninja. Tournament Fighters de Super NES era um ótimo jogo de luta para a época. Sem dúvida um dos melhores criados especificamente para consoles. E provavelmente tem os melhores gráficos de todos os games de TMNT The Cowabunga Collection. Mas não é superior ao Street Fighter II, e envelheceu bem pior, inclusive. Já as outras versões…
TMNT COWABUNGA COLLECTION E OS TOURNAMENT FIGHTERS FALSIÊ
A versão de Mega a princípio pode até parecer legal. Na versão de SNES, o único personagem jogável conhecido, além das Tartarugas, era o Destruidor. Na versão de Mega tínhamos o Krang, a April e o Casey Jones. Só que o jogo era, sinceramente, um lixo. E ao contrário do primeiro jogo de Nintendinho, ele ainda é ruim hoje.
A jogabilidade de Tournament Fighters no Mega Drive é uma porcaria. O jogo beirava o não jogável em 1993, e hoje simplesmente não há motivos para você gastar seu tempo nele. Nem minha cabeça seguista da época conseguia justificar dizer que esta versão era melhor que a de SNES, como fazia com The Hyperstone Heist. Há muitos outros jogos de luta melhores por aí. Quase todos, na verdade.
A versão de Nintendinho já é um caso curioso. Apesar de não ser um port direto, mas também um jogo inédito, Tournament Fighters já era bem exigente no Super NES. Em 1993, auge do Super Nintendo, chama a atenção que a Konami ainda tenha se preocupado em fazer um para o Nintendinho. Para jogar, ela é ainda pior que a de Mega Drive. Porém, sua enorme limitação técnica e o fato de que ela realmente existiu a torna um adendo curioso e digno para a TMNT The Cowabunga Collection, ainda que provavelmente te traga o mesmo tempo de gameplay que o menu de extras.
7 – PREPARE FOR “BUTTLE”! O CONTEÚDO EXTRA DE TMNT THE COWABUNGA COLLECTION
Muita gente compra essas coletâneas pelo conteúdo adicional. E há algum aqui. Comecemos pelo que afeta o gameplay.
Na tela de seleção de jogos, você pode apertar um botão para ver as melhorias disponíveis naquele jogo. São coisas como tirar o slowdown dos games de Nintendinho ou ativar cheat codes de forma fácil. Infelizmente, muitos dos games, como Turtles Dois e Turtles Quatro não têm uma opção que considero essencial hoje em dia: vidas infinitas.
Tomar um game over e voltar para a tela título é a pior coisa que pode acontecer em 2022 para um gamer adulto (todo o público-alvo dessa coletânea deve ter mais de 40 anos). E é o tipo de coisa que dá para ativar fácil em todos esses jogos em qualquer emulador. Não ter isso num lançamento oficial pega bem mal. A maioria dos jogos tem opção de aumentar o limite de continues, mas apenas em Turtles Três de Nintendinho e Back From the Sewers do Game Boy dá para ligar vidas infinitas.
TMNT COWABUNGA COLLECTION: OUTRAS OPÇÕES DE ACESSIBILIDADE
Claro, há outras coisas que tornam jogos bastante hostis, como o Turtles Um de Nintendinho, mais palatáveis. A possibilidade de rebobinar é a maior delas, mas em um beat’em up como Turtles Dois, ficar rebobinando é muito chato, especialmente se jogar em coop. Vidas infinitas seriam mais práticas e agradáveis.
Também dá para salvar, mas mesmo nisso há uma limitação. Dá para criar apenas um save para cada jogo. De novo, bem mais limitado do que é possível fazer em qualquer emulador de meia tigela. Também curioso é que games como Radical Rescue precisam muito mais de saves do que Tournament Fighters, mas ambos têm apenas um e pronto. Se salvar, substitui o anterior.
TMNT COWABUNGA COLLECTION: OPÇÕES ESTÉTICAS
Esteticamente você tem alguns filtros que simulam TVs CRT ou monitores de LCD antigos, como o do Gameboy Advance. Dá para esticar a imagem para widescreen, completar o espaço em 4:3 ou ficar com a versão pequena, pixel perfect (o jogo roda em um pequeno quadrado no meio da tela). Também dá para escolher fundos, que preenchem os cantos da tela com imagens estáticas. Mas as TVs de hoje são tão suscetíveis a burn-in que isso é a primeira coisa que eu desativo.
Infelizmente, caso opte por jogar qualquer um dos games online, essas configurações não são aplicáveis. O jogo rodará no modo padrão, pixel perfect, ou seja, um quadradinho no meio da tela, com uma imagem estática ocupando a maior parte do espaço. Isso é receita de morte para qualquer TV OLED, então eu sinceramente não me vejo jogando nada daqui online. Mas, para ser sincero, é bem difícil conseguir encontrar qualquer jogo em andamento na versão de Xbox. O jeito é abrir um lobby com seu jogo e torcer para alguém entrar. É o tipo de coisa que não depende especialmente da Konami, mas de qualquer forma fico feliz em ter opções online para os flipers e mais alguns jogos.
Para fins desse review, eu tentei jogar online. Criei um jogo no primeiro fliper e fui jogando. Várias fases dentro dele, entrou alguém. Imediatamente, começou a rolar um delay. Pouco depois, entrou uma terceira tartaruga, e o jogo virou um slideshow. Simplesmente não dava mais para jogar. Eu resolvi fechar e selecionar as fase que estava no modo single player para continuar.
TMNT THE COWABUNGA COLLECTION: IMAGENS E MAIS IMAGENS
Por fim, há o conteúdo realmente extra. Tem imagens conceituais, todas as caixas, todos os manuais e até imagens de vários dos desenhos das Tartarugas Ninja feitos ao longo dos anos.
Tem bastante coisa, mas tirando um tocador de músicas, todo o resto são imagens estáticas. Não há vídeos, making of, entrevistas com os criadores… nada do tipo. E imagens estáticas não me apetecem muito, particularmente. Eu sou um cara do gameplay, e trocaria todo esse conteúdo extra por poder ligar vidas infinitas em Turtles Dois ou desligar a moldura de tela quando jogar online.
TMNT THE COWABUNGA COLLECTION É NEXT-GEN
Outra coisa que chamou minha atenção é que TMNT The Cowabunga Collection tem versões nativas para Xbox Series e PS5. Isso é ainda mais bizarro quando lembrarmos que o jogo realmente novo das tartarugas, Shredder’s Revenge, saiu apenas para a geração passada.
Não acho que deve haver alguma diferença real entre as versões de PS4 ou de PS5. A versão de Xbox Series X, que analisei, é totalmente livre de loadings, tanto para saves quanto para carregar qualquer título, mas acho que também deve ser assim na de Xbox One. E, claro, o jogo também está disponível para os consoles antigos se você ainda não pegou um dos novos. Mas é curioso que são versões diferentes para cada geração, embora eu sinceramente não consiga deduzir quais sejam as diferenças. Se é que há alguma, claro.
ANÁLISE TMNT THE COWABUNGA COLLECTION
TMNT The Cowabunga Collection traz alguns dos jogos que eu mais sonhei em ter em casa na vida, além de alguns que eu não conhecia e que amei conhecer (Radical Rescue). Também tem algumas coisas que poucos vão ter saco ou interesse de jogar, como a versão de Nintendinho de Tournament Fighters, mas que é legal para que a coleção da época esteja completa.
A Konami ainda faria outros jogos das Tartarugas Ninja posteriormente, mas nunca conseguiu capturar a sinergia de qualidade e popularidade dos games que estão aqui. Jogadores mais jovens não devem entender porque esses jogos foram tão populares nos anos 90. Para a maioria, inclusive, Shredder’s Revenge é muito mais negócio, mesmo do que as versões de arcade que estão aqui. Mas para quem viveu a época, estes games são históricos. Certamente marcaram a minha infância, regada a muita inveja de quem tinha Nintendo, e muito sonho de um dia poder ter essas coisas em casa no meu Mega Drive. Sonhos se tornam realidade. Hoje eu tenho todos eles no meu Xbox. E você? Quais suas histórias com estes jogos? Ou vai começar a construí-las agora, com TMNT The Cowabunga Collection?