Alice Cooper – Along Came A Spider

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Há muito não se tinha notícias de Alice Cooper, o doidão true do Hard Rock. Em 2007, a tia do Rock produz um teaser de seu novo álbum, Along Came A Spider. Com uma representação de dar inveja aos confins metálicos, Alice mostra o novo personagem, seguindo o legado de Steven de Welcome To My Nightmare e Wicked Young Man em Brutal Planet e Dragontown. Spider é um serial killer que enrola suas vítimas em seda e arranca uma perna de cada, para concretizar seu sonho de construir uma aranha gigante com pernas humanas (?!) Porém, ele se apaixona por sua última vítima e começa a questionar seu sonho. Muito true, não?

Mas vamos ao álbum. Ele começa com Prologue/I Know Where You Live, típica dos trabalhos de Cooper: muita cadência e ritmos ao estilo de Billion Dollar Babies. Depois vem Vengeance Is Mine, com seu ótimo peso (principalmente nas guitarras) e um refrão que cantamos sempre que lembramos, com um backing vocal de dar arrepios e a participação de Slash do Velvet Revolver (ou não). Em seguida vem Wake The Dead, com a participação de Ozzy Osbourne na harmônica e na gaita. Apesar de ser bem esquisitinha, é uma música que fica grudada na sua cabeça. Mas é tão “Alice”, que você acaba gostando, como Elected.

Depois vem a enérgica Catch Me If You Can, que é uma das melhores do álbum, com seu peso e refrão carismático, daqueles para cantar junto. Agora vem outro destaque, que é a (In Touch With) Your Feminine Side, bem parecida com os antigos trabalhos, uma semi-balada Hard. Depois vem Wrapped In Silk, que não tem quase nada de interessante, bem ao gosto de The Last Temptation; e Killed By Love, cantada por Bernard Fowler e que é até uma balada bem interessante, porém lenta demais.

Depois vêm outros destaques, como I’m Hungry e The One That Got Away, ambas com bastante groove, e umas pegadas mais agitadas, tudo misturado ao grande line-up de Cooper. Depois vem Salvation, de novo cantada por Bernard Fowler. Não é que o vocal seja ruim, mas a voz parece ter saído de alguma bandinha teen e a atmosfera da música parece ter sido retirada de um álbum dos Beatles. Depois vem I Am The Spider/Epilogue, que vai ser a marca registrada de Alice neste álbum, com peso e energia na medida certa. Uma curiosidade é que, no último minuto da música, ele faz uma referência a Steven, o personagem mais conhecido da tia Alice.

O álbum, inegavelmente, tem elementos mais modernos e tal. Mas tudo com a marca registrada do Alice, somada ao peso visto em Brutal Planet, à energia de The Eyes Of Alice Cooper e ao jeito oitentista de Billion Dollar Babies. Um dos petardos do ano. Vale muito a pena conferir.

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