Uma Ladra Sem Limites

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Alguns atores têm uma carreira bem regular. Os Irmãos Wayans, por exemplo. Se você paga para ver um filme deles e sai reclamando, a culpa é da sua desinformação, pois eles fazem sempre a mesma coisa. Outros, como a Natalie Portman, costumam ser regulares do outro lado, com a qualidade sempre alta.

Jason Bateman está do lado Wayans da força. Com a possível exceção do fofo e excelente A Loja Mágica de Brinquedos e da série de TV Arrested Development, seus filmes são sempre comédias grosseiras e sem graça. Não chegam à grosseria dos supracitados Wayans, mas estão muito longe de realmente arrancar gostosas gargalhadas. Infelizmente, Uma Ladra Sem Limites segue à risca o padrão da filmografia do Jasão Bate-no-ómi.

Aqui, a funfat Melissa McCarthy, de Missão Madrinhas de Casamento, repete seu papel de Zach Galifianakis feminino, com o incrível twist de que ela é uma ladra de identidade, e sua vítima é Sandy (Bateman), que tem nome de mulher.

Ela cria um problemão na vida do caboclo que, diante do descaso da polícia, resolve voar até a Flórida para trazê-la de volta a Denver. O que se segue é uma road trip cheia de altas confusões que lembra muitíssimo Um Parto de Viagem, não por acaso estrelado pelo próprio Galifianakis.

A partir daí, você já deve imaginar o que acontece. Eles vão acabar se afeiçoando e aprendendo um monte um com o outro. O problema é que a premissa em si já é falha. Talvez eu que não seja uma boa pessoa, mas alguém roubar sua identidade não parece uma atitude perdoável, por mais funfat que a ladra seja.

De qualquer forma, história em comédia é luxo. Se o filme arrancar boas risadas do espectador, dane-se a desculpa para as altas confusões. Infelizmente, não é o caso. Apenas em dois momentos Ladra Sem Limites arrancou um sorriso dos meus lábios. Eu consigo rir mais vezes do que isso assistindo vídeos de gatinhos no Youtube, então não vejo motivo nenhum para recomendar este filme. Portanto, ao invés de gastar seu rico dinheirinho no cinema, fique com o vídeo abaixo.