Top 5: Melhores Filmes de 2009 (Cyrino)

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Alfredo, Alfredo de la Mancha, Delfos, Mascote, Alfred%23U00e3o, Delfianos

Esse foi um dos Top 5: Filmes do ano mais tranquilos de montar. Diria até que foi o mais fácil desde o primeirão. Isso porque o ano foi recheado de bons filmes para todos os gostos e mesmo o serviço de peneirá-los e chegar a apenas cinco foi bem sossegado, pois a maioria já havia sido escolhida quase que instantaneamente. Para completar essa introdução, uma curiosidade completamente inútil: essa é a minha primeira lista a não figurar nenhuma adaptação de quadrinhos entre os melhores. Elas estão aqui, mas não em posições desejáveis, algo que também é um fato inédito. Então, sem mais delongas, vamos aos filmes.

5 – O Gigante do Japão (Dai-Nipponjin – Japão – 2007)

Este aqui só passou numa mostra de cinema fantástico e de terror aqui em São Paulo e não tem a menor pinta de que algum dia vá estrear em circuito comercial em nosso Brasil varonil. É uma pena, pois é uma das coisas mais bizarras, criativas e absurdamente divertidas que vi em algum tempo. O falso documentário sobre o odiado defensor do Japão contra ataques de monstros gigantes mostra que não é possível ser heróico o tempo inteiro. E muito menos adorado. Recomendo fortemente que o delfiano corra atrás desse filme. A Argentina está aí pra isso!

4 – Avatar (Avatar – EUA – 2009)

Eu honestamente não tinha grandes expectativas para esse filme, pois não gostei dos trailers e nunca fui um entusiasta do cinema em 3-D. Aí tio James Cameron me entrega essa obra de arte, obrigando-me a mudar meus conceitos e meu próprio Top 5 (veja lá embaixo). Um novo modo de se ver cinema, em uma imersão nunca antes conseguida pela sétima arte, numa aventura exótica, carregada de adrenalina e de tirar o fôlego em cenas de ação gigantescas. Quando esse cara diz que vai revolucionar o cinema, ele realmente cumpre o que promete. Como estreou muito recentemente e eu ainda estou altamente influenciado pela minha empolgação inicial, ganha um quarto lugar para não ser injusto com os outros colocados, a quem tive tempo de analisar de cabeça mais fria.

3 – Up – Altas Aventuras (Up – EUA – 2009)

Quando se pensa que a Pixar não conseguirá superar seu trabalho anterior (que por sinal, só não entrou na minha lista de 2008 porque só fui assistir bem depois) os caras vão lá e conseguem com folga. E com algo cada vez mais difícil de se achar no cinemão hollywoodiano hoje em dia: emoções genuínas sem abusar de fórmulas fáceis e clichês para causar empatia no espectador. Só aquela montagem onde a vida inteira do protagonista é mostrada em poucos minutos destrói muitos pretensos dramas oscarizáveis e já vale pelo filme inteiro, que, por sinal, tem muito mais coisa boa. Esses caras deviam dar aula de narrativa para os outros estúdios de Hollywood. Aposto que ia lotar a classe.

2 – Star Trek (idem – EUA/Alemanha – 2009)

Mesmo tendo assistido todos os filmes da franquia, nunca achei Jornada nas Estrelas tão legal quanto poderia ser (a ponto de querer assistir todas as séries, por exemplo). Isso mudou com esse reboot de J.J. Abrams, que injetou uma bem-vinda dose de ação testosterônica ao já consagrado lado mais cerebral das aventuras da tripulação da Enterprise, além de resgatar o bom humor dos filmes mais antigos, deixando a combinação irresistível. Star Wars ainda tem a minha preferência, mas se os próximos Star Treks forem tão bons quanto este, a competição vai ficar bem acirrada.

1 – Distrito 9 (District 9 – EUA/Nova Zelândia – 2009)

Se aqui no DELFOS pudéssemos falar palavrões, eu diria que esse filme é f#&@! Mas como aqui é um lugar família e cuti-cuti, vou dizer apenas que é tremendão. Um oásis de originalidade no meio de remakes e adaptações de qualquer coisa que impera no cinema atualmente. E conta ainda com dois talentos impressionantes: o diretor, com pegada firme de veterano e sem fazer concessões (claro que ter o apoio de Peter Jackson também ajudou nesse quesito) e o ator principal, em atuação memorável ao criar um protagonista ao mesmo tempo desagradável e carismático. Ah sim, ainda consegue fazer críticas pesadas à sociedade ao mesmo tempo em que enfileira uma quantidade impressionante de explosões e carnificina. Para esse tipo de filme só existe uma definição: perfeito. Primeiro lugar mais que merecido.

Menção Horrorosa – o pior do ano: The Spirit – O Filme (The Spirit – EUA – 2008)

Imagine um filme que tenha o visual de Sin City, mas com o roteiro de Batman & Robin. O resultado seria algo esteticamente lindo, mas que trata o espectador feito débil mental, não concorda? Pois The Spirit – O Filme é exatamente isso. Lembro-me até hoje da cabine desse filme. Foi o maior aglomerado de pessoas sentindo vergonha alheia que eu já presenciei. Frank Miller deve estar batendo pino se acha que isso é engraçado. Até o Zorra Total é menos vexaminoso que essa adaptação do personagem clássico de Will Eisner. Alguém, pelo amor de Belzebu, convença o tio Frank a se aposentar urgente!

D&D – Decepção Delfiana: Watchmen – O Filme (Watchmen – EUA – 2009)

Antes de mais nada, quero deixar claro que achei Watchmen um bom filme (daria uma nota 4), mas creio que Terry Gilliam estava certo ao dizer que ele seria melhor realizado como uma série de tevê. Zack Snyder era de fato o homem certo para este trabalho, mas não conseguiu comprimir tudo satisfatoriamente em duas horas e quarenta de filme. Embora tenha partes maravilhosas, outras ficaram um pouco corridas, certas coisas importantes foram deixadas de lado e as poucas mudanças em relação à fonte foram para pior (especialmente o final, que não me desce de jeito nenhum). Desta forma, temos um produto irregular, que até faz bonito em vários momentos, mas não chega à altura daquela que é considerada uma das melhores HQs de todos os tempos. Tinha que ser memorável, mas foi apenas bom. Para um projeto desse porte é pouco, daí a decepção.

Faixa bônus

Eu já estava com este texto pronto antes de ver Avatar. Com a tremendice do filme de James Cameron, fui forçado a mudar a lista, chutando um dos filmes e rearranjando a ordem. A título de curiosidade, segue o texto original de quem perdeu seu lugar:

5 – Quarentena (Quarantine – EUA – 2008)

Considerei seriamente não colocar esse filme aqui, afinal [Rec] já havia figurado na minha lista de 2008 e Quarentena é praticamente a mesma obra, só que em inglês. Ou seja, seria um repeteco. Mas o que é justo é justo e se esse remake também é um baita filme, fazer o quê? A protagonista não é tão bonita quanto sua contraparte espanhola, mas a produção estadunidense ganha em humor no início da história e mantém o mesmo pique de terror incessante quando o bicho pega. É o melhor filme de terror do ano.