Splice – A Nova Espécie

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É, amigão, os filmes bizarros do Pixáiti foram um sucesso tão estrondoso e estão gerando tamanha repercussão Brasil afora que absolutamente todos os que figuram nesta sub-sub-sub-seção delfiana estão chegando aos cinemas brasileiros mais cedo ou mais tarde. ESSE é o poder do DELFOS, meu caro!

Pois se você também tem esse refinado gosto pelo bizarro, com certeza sabe do que se trata Splice. Temos aqui um casal de cientistas (Adrien Brody e Sarah Polley – que parece uma versão bonita da Julianne Moore) que conseguem criar vida misturando o DNA de vários animais. Logo, eles resolvem que estão prontos para incluir no coquetel o DNA humano. A empresa que os contrata fala não. Eles, claro, fazem de qualquer jeito, surpreendendo todo mundo, que achava que o filme ia acabar na negativa da empresa, lá pelos 10 minutos de projeção.

Trata-se de um Frankenstein moderno, mais científico e muito mais geek. E, de fato, o filme começa bem e, por incrível que pareça, melhora a cada minuto. Ele vai nesse crescendo até a cena em que eles mostram suas formas de vida originais em público, que talvez seja a melhor parte do longa. E a partir daí, ele cai. Cai como a maçã mais madura da macieira onde Isaac Newton dormia. E dói, bem mais do que uma maçãzada na cabeça.

Acontece que tudo que o filme tinha de bom acaba se perdendo quando o “monstrinho” cresce. A história, até então interessantíssima, é deixada em segundo plano em favor de um triângulo amoroso bizarro, nojento e, pior do que tudo isso, previsível. Ou vai dizer que você não imaginou que isso fosse acontecer?

Também me incomoda o fato de o “monstrinho”, chamada de Dren (nerd ao contrário) ser uma mistura por igual de vários animais, mas ser praticamente um ser humano, menos estranha do que muito mutante da Marvel.

E ainda assim, ela é suficientemente bizarra para a cena de sexo com ela ser algo entre a zoofilia e “mamãe disse para eu fechar os olhos porque eu sou muito impressionável”.

Tá, o Pixáiti manifestou um certo desejo sexual pelo monstrinho nessa notícia, e não é à toa que ele é o delfiano mais bizarro. Eu prefiro mulheres como a nossa estagiária, que tem proporções femininas mais normais, como seios do dobro do tamanho da cabeça e bunda no lugar da bunda (e quatro vezes maior que a cabeça).

Com um pouco mais de criatividade e um roteiro mais inteligente, Splice poderia ser grande. Infelizmente, acabou sendo mais um filme arruinado pelo medo de ousar, e por um roteiro que já vimos 74 vezes na última semana.

CURIOSIDADES:

– A Dren criança é interpretada por Abigail Chu. Ela também foi a baterista mal-humorada do Crash and the Boys em Scott Pilgrim Contra o Mundo.

– A estreia deste filme, que seria esta sexta, foi adiada para um dia ainda não definido. Mas uma coisa é certa: será no futuro.