Alguns jogos são muito importantes. Dark Souls e Doom, por exemplo, popularizaram gêneros. Outros são muito imitados, com jogos copiando não apenas o gênero, mas o visual, a estética. Às vezes até os menus. É o caso de One Last Breath que, como você já sabe pelo título, tem em Limbo principal influência.
ONE LAST BREATH: UM ÓTIMO JOGO
One Last Breath é um puzzle plataforma 2.5D. Você navega por um mundo escuro e destruído, pensando em como continuar seguindo em frente. Às vezes para continuar você precisa empurrar uma caixa para fazer um degrau. Às vezes se esconder de algum inimigo. Você sabe o esquema. É um estilo relativamente comum nos últimos anos, e o que o destaca é quão bom ele é.
O visual não é especialmente bonito, especialmente pelo excesso do uso da cor cinza. Porém, é um jogo deveras estiloso. Apesar de ser um sidescroller, a câmera se movimenta, mostra outros ângulos, ocasionalmente é obstruída pelo cenário. Em outras palavras, apesar da falta de cores, não faltam coisas para olhar.
A atmosfera sonora também merece destaque. One Last Breath é relativamente silencioso, com músicas pontuais, mas uma ambientação muito bem pensada. Isso envolve desde os sons da natureza e animais, como o vento ou mesmo os gemidos e sons que os monstros fazem enquanto procuram por você.
MAS NADA CRIATIVO
One Last Breath é ótimo, mas é um game limitado a imitar. Ele não parece querer sair do que Limbo fez em absolutamente nenhum aspecto. A história e narrativa são semelhantes, assim como os cenários. Os objetivos e soluções são todos do mesmo estilo (empurrar caixas, por exemplo). Caramba, até o menu de seleção de fases é IGUALZINHO ao de Limbo.
Outra coisa que ele pega da Playdead são os dois finais. O final secreto é destravado pegando todos os colecionáveis. Porém, ele não acontece ao pegar tudo e terminar a campanha. Não, assim como nos games da Playdead, o segredo é pegar tudo e daí selecionar uma fase específica e fazer um caminho diferente. O curioso é que o final secreto é mais triste do que o tradicional. Estranho, né?
Desta forma, eu gostei muito mesmo do meu tempo com One Last Breath, mas foi como assistir a uma boa banda cover. É um jogo que trilha bem caminhos anteriormente traçados, mas que não faz nada para se diferenciar do original – ou da legião de imitadores.