Resident Evil 3: A Extinção

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Essa é uma série curiosa. Possivelmente, é a única franquia cinematográfica baseada em games que deu lucro suficiente para que novos longas fossem feitos com grandes orçamentos. Talvez, aliás, sejam os únicos filmes de zumbi feitos com grande orçamento. Isso, é claro, não é sinônimo de qualidade e os Resident Evils estão bem naquele perigoso limiar entre filmes nada e filmes ruins.

Na verdade, meu gosto por cinema foi ficando mais exigente enquanto a série foi sendo feita. Assim, eu gostei do primeiro quando o vi, já o segundo, embora fosse até melhorzinho, eu gostei menos e, finalmente, achei esta terceira parte bem fraca. Ao mesmo tempo, nenhum deles deixou nenhuma impressão forte o suficiente em mim para que eu me lembre qualquer coisa de sua história além do fato de que a mina do nome estranho (Milla “Nesa” Jovovich) faz a protagonista. Aliás, alguém pode me explicar porque a protagonista não é a Jill Valentine?

Enfim, Resident Evil 3 é um filme focado na ação, quase um Testosterona Total, mas ainda assim flerta com os clichês do gênero de zumbis. Temos aqui, por exemplo, personagens que se sacrificam pelo bem do grupo e até mesmo o já tradicional super-zumbi que protagoniza a batalha final.

História? Ah, nada que valha a pena se estender muito ou mesmo que faça algum sentido. Tem alguma coisa a ver com a saga do clone do Homem-Aranha e com o Alaska, mas é melhor pararmos por aí.

O melhor do filme acaba sendo a direção estilosa de Russell Mulcahy, mas não confunda estilosa com original. O cara realmente sabe fazer planos bonitões e usar a câmera lenta bem do jeito que o Guilherme odeia. De qualquer forma, não é nada que você já não tenha visto antes.

No elenco, os marmanjos podem se esbaldar com as praticamente gêmeas Milla e Ali Larter (de Heroes e Premonição). As duas são tão parecidas que em alguns momentos é possível até confundi-las. Inclusive, são o mesmo tipo de mulher, com um rosto lindo e um corpo bem nhé.

Se você gosta de zumbis (e eu sei que você gosta), tem opções bem melhores por aí. Resident Evil é um filme de zumbis para as massas, com grande orçamento e muitas explosões, mas pecando no principal: no roteiro. Agora todos juntos: Hum… Milla a milanesa…

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
resident-evil-3-a-extincaoPaís: EUA<br> Ano: 2007<br> Gênero: Ação<br> Roteiro: Paul W.S. Anderson<br> Diretor: Russell Mulcahy<br> Distribuidor: Columbia<br>