A maioria dos filmes de ação começa com uma explosão ou, pelo menos, com uma belíssima cena de ação. Red começa com o Bruce Willis acordando, falando no telefone e colocando enfeites de Natal no quintal. Falando sério, a primeira impressão não poderia ser pior.
Bruce Willis é um agente da CIA aposentado que começa a ser caçado por seus colegas mais jovens. De quebra, ele acaba colocando em risco a vida da Mary-Louise Parker, que deve ter um dos sorrisos mais bonitos do cinema. Para descobrir o que está acontecendo, ele decide reunir a sua antiga equipe, todos aposentados e perigosos.
E assim o filme vai se levando, com várias piadinhas e uma ou outra cena de ação. Nada muito empolgante, no entanto. Mas, acredite, melhora. Especialmente depois que o John Malkovich aparece. Dizer que o sujeito rouba a cena não seria justo. O sujeito rouba o fuckin’ FILME!
Inclusive, a primeira cena de ação depois que ele aparece é tão fodástica que eu não consegui me conter, levantei da cadeira e gritei a plenos pulmões “Thundercats, ôôôôôô!”.
Mas não se deixe enganar: Red tem bem menos ação do que se espera. Aliás, o que temos aqui está muito mais para uma comédia com pitadas de ação do que o contrário. As cenas com explosões e porradaria que temos são boas – só não são suficientes.
Uma coisa muito legal no filme é sua edição, que além de estilosa contribui bastante para o clima descompromissado. Se você é daqueles que não manja muito da parte técnica, acredite: você vai perceber os toques especiais da edição – e vai gostar.
Red – Aposentados e Perigosos é um filme divertido e engraçado, que há de divertir praticamente qualquer delfonauta que se preze. Só é uma pena que não tenha mais ação – aí poderia ser quase perfeito.