O presidente da Valve, Gabe Newell, disse ser contra os sistemas de gerenciamento de direitos digitais (DRM – Digital Rights Management) e proteção de cópia ao responder ao e-mail de um sujeito denominado ih8evilstuff no LiveJournal.
Tudo começou com a prática da EA de colocar um sistema de proteção chamado SecuROM que, nas palavras de ih8evilstuff, teria “muitas limitações”. Evitando apoiar esse tipo de prática, ele diz não comprar nem jogar mais nenhum título que saia por esta companhia. Infelizmente, isso o impede de apreciar muitos títulos de sucesso da empresa.
Vendo os comerciais de TV, o jogador descobriu que Left 4 Dead, próximo jogo da Valve, seria distribuído físicamente pela EA. Apesar de já ter comprado sua cópia do jogo digitalmente pela Steam e, portanto, estar livre do DRM, ele decidiu escrever para o diretor da companhia expondo sua opinião e alertando-o para o problema da EA. Surpreendentemente, Gabe Newell respondeu apenas algumas horas depois.
Depois de explicar qual é a relação da EA com o Left 4 Dead (apenas a distribuição de cópias físicas), Gabe arrematou: quanto ao DRM, a maioria das estratégias são simplesmente burras. O objetivo deveria ser agregar um valor maior aos usuários através de valor de serviço [fazer com que jogar meus jogos seja mais fácil onde e quando eu quiser], não diminuir o valor do produto [talvez eu consiga jogá-lo, talvez não]. Nós desencorajamos outras desenvolvedoras e distribuidoras a utilizar práticas de DRM proibitivas, e de forma geral há uma tendência a abandonar esta prática.
É isso aí. Pirataria é um negócio feio, bobo e burro, mas também não deve limitar o usuário que pagou para ter o produto. Se eu paguei por ele, devo ter a liberdade de jogar, instalar, emprestar ou até mesmo vender o jogo para quem eu quiser e não ser punido por isso.