Em quase todas as cabines, os jornalistas sempre recebem um presskit, com fotos do filme, trailer, pressbook, etc. Nesse caso, a Playarte não deu nada disso (felizmente, tinha todo o necessário no convite enviado por e-mail, então beleza), mas deu um kit bem mais caprichado, com alguns DVDs de lançamentos passados e, o que eu achei mais legal: o livro Criancinhas, de Tom Perrotta, no qual o filme é baseado. Não que eu pretenda lê-lo um dia, mas é legal ter a oportunidade. 😉
O motivo pelo qual eu não pretendo ler o livro é bem simples: este não é o tipo de história que me interessa. São basicamente duas pessoas casadas e infelizes (Kate Winslet e Patrick Wilson, este casado com a Jennifer Connelly no filme) que começam a ter um caso. Paralelamente, um pedófilo se muda para a vizinhança, o que faz com que os pais fiquem preocupados e começam a aterrorizar a vida do cara e da sua pobre mãezinha. Mas o foco é mesmo no caso dos dois.
O filme inteiro tem um jeitão do que é chamado na propaganda de slice of life ou, traduzindo, fatia da vida. Conhecemos os moradores do bairro em um determinado momento e os acompanhamos por alguns meses, até que o tempo do filme se esgote. É possível até dizermos que Pecados Íntimos não tem começo nem fim, apenas um grande meio, e essa deve ser mesmo a idéia.
Vale a pena? Bom, se a sinopse interessou e você curte um filme de amor, talvez compense arriscar. Não é um filme ruim e, para o Rezek, por exemplo, eu sem dúvida recomendaria. Mas, particularmente, este longa é um pouco comum demais para o meu gosto, sem nada que o destaque de todo o resto e, portanto, indigno do meu rico dinheirinho.
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