Com grandes poderes, vem um grande especial:
– Resenha do terceiro filme: Um homem pode fazer a diferença. ‘Nuff said.
– Tremendões Peter Parker: Com grandes poderes vêm… ah, você sabe!
– Os novos DVDs do Amigão da Vizinhança: Análise detalhada sobre tudo de novo presente nos discos recém-lançados.
– Manifesto Homem-Aranha: graças a esse texto você pode estar lendo esse especial hoje.
E leia também:
– Ultimate Spider-Man: o game baseado no universo Ultimate.
– A Origem Ultimate do Carnificina: o vilão dá as caras no universo Ultimate e mata um personagem importante.
– A Morte de Gwen Stacy: uma das HQs mais famosas da história é analisada pelo DELFOS.
– Adaptação oficial do segundo filme: o gibi de Homem-Aranha 2.
– Spider-Man 2: o game baseado no segundo filme.
– Homem-Aranha 2: confira a empolgação do Corrales ao sair da sessão do filme.
– A origem Ultimate do Venom: um dos vilões do terceiro longa estréia no universo Ultimate.
– Marvel Apresenta 10: Wolverine e Homem-Aranha: o carcaju canadense e o nerd novaiorquino juntos. De novo.
– Homem-Aranha – o Casamento: é, ele casou. Você não foi convidado?
– Guerras Secretas: foi aqui que o simbionte alienígena surgiu nos quadrinhos.
Após uma visitinha aos esgotos de Nova Iorque onde quatro tartarugas lutam contra as forças do mal, desta vez vamos dar uma volta pelo topo dos prédios mais altos da cidade com o amigão da vizinhança, o Homem-Aranha.
Desde os anos 70, o personagem ganhou dezenas de jogos para quase todos os sistemas lançados até hoje (fato que impressiona), mas infelizmente a maioria dessas empreitadas foi bem genérica e não captou tão bem o espírito de um dos heróis mais queridos de todos os tempos.
Para facilitar sua vida caso deseje ir atrás de algum exemplar, coloquei uma notinha (de 0 a 5, como sempre fazemos) embaixo de cada pequena resenha daqueles que consegui jogar, para você já saber o que presta ou não. Sem perder tempo, vamos à lista – em ordem cronológica – de todos os jogos que o Homem-Aranha ganhou (como são muitos, talvez falte algum, mas todos cuja existência fiquei sabendo estão listados abaixo).
The Amazing Spider-Man – Pinball Machine – Gottlieb & Co. – 1978
O primeiro jogo eletrônico do Homem-Aranha, foi uma máquina de Pinball da popular franquia Star Series 80, que fez muito sucesso no final dos anos 70 e começo da década seguinte com licenças da Marvel.
Não joguei e nunca vi essa máquina aqui no Brasil, então não posso dar maiores detalhes se ela seguia o padrão normal de ser uma comedora de fichas. Aguardo comentários dos delfonautas que tiveram esse prazer.
Sem Nota
Questprobe 2: Featuring Spider-Man – Commodore 64, Commodore 16, Atari 8-Bit Family, ZX Spectrum, PC e Apple II – Scott Adams – 1979
Este foi – de fato – o primeiro jogo eletrônico do Homem-Aranha, se não levarmos em conta o Pinball.
A série Questprobe consistia em jogos baseados totalmente em texto, como naqueles RPGs de livro “se você atacar o monstro, vá para a página 96”. O game, segundo de uma trilogia licenciada pela Marvel, foi pioneiro em vir com um gibi exclusivo que servia de prequel para a aventura.
Lançado em 1979 para o Commodore 16 e depois adaptado para outros computadores. Em 1984, foi relançado para PC (e depois outros micros), mas em uma versão mais bacana, com gráficos coloridos e telas que ajudavam nas decisões.
Joguei uma versão refeita em flash por fãs e aprovo. É monótono, tem uma historinha boba (o objetivo é explorar o prédio do Clarim Diário atrás de algumas jóias perdidas) e diferente do conceito de videogame que temos hoje, mas bem estruturado e capta o clima das histórias do personagem. Se você tiver tempo de sobra, vale uma pesquisada.
Nota: 3
The Amazing Spider-Man – Atari e Odyssey – Parker Brothers – 1982
Esse quase todo mundo jogou nos saudosos anos 80. Aquele estilão bem comum de Atari, com jogabilidade repetitiva, onde o objetivo é atingir o máximo de pontuação, sem um final propriamente dito.
Na pele do herói, você escala um prédio, desviando e capturando criminosos. No topo do edifício, é hora de desarmar algumas bombas enquanto o mala do Duende Verde tenta impedir com suas bombas abóbora. Conseguiu? Parabéns, repita a seqüência infinitamente com prédios mais altos e menos fluido de teia.
Enjoativo ao extremo e muito bobinho, mesmo para o Atari.
Nota: 2
Spider-Man and Captain America in Doctor Doom’s Revenge – PC-DOS, Amiga, Atari ST, Amstrad CPC, ZX Spectrum e Commodore 64 – Paragon – 1989
Típico exemplar para computadores da segunda metade dos anos 80, com ação lateral, no estilo do bizarro jogo das Tartarugas Ninja, Commander Keen ou os dois primeiros Duke Nukem. Porém, esse tinha um diferencial legal: quando lutava com os chefes, a ação passava para um modo de luta mano a mano, como em Street Fighter. Essa técnica já tinha sido usada antes em Black Belt, do Master System.
A história é contada por quadrinhos na própria tela, a jogabilidade é boa e os gráficos são bacanas. Você alterna entre o Capitão América e o Homem-Aranha, enfrentando inimigos “B” (tirando o Electro e o Duende Macabro) até chegar ao Dr. Destino, que roubou um arsenal nuclear e ameaça a soberania dos EUA (argh!).
Vale uma conferida!
Nota: 3,5
The Amazing Spider-Man – Amiga, PC, Commodore 64 e Atari ST – Oxford Digital – 1990
O vilão Mysterio seqüestra Mary Jane e o amigão da vizinhança vai atrás, passando por vários cenários que parodiam filmes famosos (Mysterio era um dublê antes de se tornar criminoso) até enfrentar seu algoz.
Ao contrário do exemplar anterior de ação, este é mais focado na exploração e nos puzzles, para desespero do Corrales. Procure chaves, destrave portas e coisas do gênero em labirintos.
Os gráficos estão piores que no game anterior, com personagens menores, mas cenários enormes para explorar e complicar sua cabeça. Eu não gostei.
Nota: 2,0
The Amazing Spider-Man Vs The Kingpin – Master System, Game Gear, Mega Drive – Sega – 1990
As versões de Master System e Game Gear são esquecíveis (a parte técnica foi muito simplificada e perdeu seu charme), mas o jogo de Mega Drive marcou história e hoje é considerado um daqueles cults, como Altered Beast e Golden Axe.
Basicamente é um game de ação lateral competente e criativo, complementado por bons gráficos, sons e uma inteligente utilização da franquia (tire fotos dos inimigos para ganhar dinheiro no final da fase e repor seu estoque de teias).
O desafio é muito alto (jogue pelo menos no nível “normal” para ver o final), mas compensa pela qualidade e diversas referências ao gibi.
Recebeu também uma versão para Sega CD, lançada em 1993, onde foi quase inteiramente refeito: ganhou um refinamento nos gráficos, sons e animações em desenho animado entre as fases, além de novos vilões e duas fases a mais. Jogão!
Como curiosidade, apesar de ser muito bacana, este foi o exemplar que deu origem a um dos momentos mais chatos de todos os jogos de videogame do amigão da vizinhança: fases do esgoto com labirinto.
Nota: 4,5
Spider-Man: The Video Game – Arcade – Sega – 1991
Bom arcade, também lançado pela Sega, mas infelizmente nunca adaptado para um console doméstico.
Escolha entre o Homem-Aranha, Gata Negra, Gavião Arqueiro ou Namor (não entendi qual foi o critério de escolha para esse time) e saia na mão contra toda a galeria de inimigos do amigão da vizinhança, incluindo alguns bônus, como o Dr. Destino, que no final das contas é o grande vilão.
O jogo se divide em dois momentos: beat´em up tradicional contra uma série de inimigos e um chefão no final e, quando a tela afasta, você deve escalar prédios e construções com uma jogabilidade mais side-scrolling.
Eu adoro as fases side-scrolling, enquanto o Corrales prefere a porrada tradicional (acho o Homem-Aranha muito lento e duro nesses momentos). No geral é acima da média, gráficos e sons bacanas, mas longo demais e bem “come-fichas”, com chefes apelões e pouca vida para os personagens.
Não teve tanta repercussão como os ótimos arcades dos Simpsons e das Tartarugas Ninja, lançados na mesma época pela Konami.
Nota: 4
The Amazing Spider-Man – Gameboy – LJN – 1991
Desafio qualquer ser humano a encontrar um bom jogo produzido pela LJN ou a Ocean durante os anos 80 e 90, essas empresas foram duas incompetentes que mancharam a bela história dos sistemas 8 e 16 bits. Incrível como a Nintendo autorizava tal ultraje em seus consoles ou pior, como a Marvel não foi atrás do histórico antes de licenciar seus produtos para estes seres medíocres (esperei anos para dizer isso em público).
Com a franquia do cabeça de teia no Gameboy não foi diferente. Ação side-scrolling com péssimos gráficos e jogabilidade horrorosa. Praticamente impossível de se chegar ao final devido a uma série de bugs, como ficar preso no cenário ou coisas mal programadas do gênero. Enfim, passe longe!
Nota: 0
The Amazing Spider-Man 2 – Gameboy – LJN – 1992
Tudo o que eu falei no exemplar acima continua aqui. Para piorar, os personagens ainda ficaram menores, colocaram uns puzzles idiotas no caminho e pioraram a jogabilidade. Péssimo!
Esse é o famoso jogo de Gameboy que trazia erros gramaticais nas cutscenes. É sério!
Nota: 0
Spider-Man: The Return of the Sinister Six – Nintendo, Game Gear e Master System – LJN – 1992
Mais um fracasso da LJN. Pior que acho o gibi, onde a história se baseou, bem bacana. Lutando com o Aranha, você percorre uma fase referente a cada inimigo Sexteto Sinistro.
Infelizmente, a jogabilidade é tosca (incrível, os caras não evoluíram em nada nos anos de tentativa) e o desafio se resumia a procurar chaves e alavancas para abrir portas em longos labirintos, que eram as fases. Lembra bastante o fraco jogo de computador lançado alguns anos antes, mas tecnicamente inferior.
As versões para consoles da Sega têm o gráfico bem melhor, mas não se iluda, o jogo continua a mesma porcaria.
Nota: 1,0
Spider-Man and the X-Men: Arcade’s Revenge – Super Nintendo, Mega Drive, Gameboy e Game Gear – LJN – 1992
Ok, agora é polêmica na certa. Conheço algumas pessoas que adoram este game, mas eu faço parte do grande grupo que odeia, afinal sempre considerei videogame como diversão e se o jogo não me divertia, não via motivos para receber minha atenção.
Em cada fase, você joga com um personagem diferente (começa com o Homem-Aranha em uma fase babinha e depois alterna entre os mutantes de Xavier, na formação dos anos 90, em níveis chatíssimos). O desafio é absurdamente alto, frustrante mesmo.
A parte técnica varia bastante entre o competente e o medíocre. As músicas são legais mas os gráficos deixam a desejar em certos momentos (é até difícil reconhecer alguns personagens). No geral, é bem irregular e irritante, mas como disse acima, alguns gostam. Jogue e tire suas próprias conclusões.
Nota: 2,5
The Amazing Spider-Man 3: Invasion Of The Spider Slayers – Gameboy – LJN – 1993
Não me pergunte como esses caras conseguiram chegar até o terceiro exemplar da série para Gameboy.
O fato é que – veja que curioso – este também é um lixo como foram os outros dois, mas pelo menos tem um pouco mais de estilo, colocaram uma movimentação a la Prince of Persia no Aranha.
Nota: 0,5
Spider-Man and Venom: Maximum Carnage – Super Nintendo e Mega Drive – LJN – 1994
Não se deixe enganar pelos belos gráficos e trilha sonora exclusiva da banda Green Jelly: Maximum Carnage pode até trazer sua dose de diversão, mas é um jogo bem limitado e outro que entra na galeria do “ame ou odeie”.
Baseado na famosa minissérie, lançada por aqui pela Editora Abril como Carnificina Total em 1994, você pode escolher entre o Homem-Aranha (rápido es fraco) ou Venom (lento e forte) e luta contra os inimigos da minissérie (que não são os clássicos), até enfrentar o Carnificina, que fugiu da cadeia e espalha o terror por Nova Iorque.
Extremamente difícil e com uma jogabilidade travada (para apenas um jogador), o título foi responsável por diversos controles quebrados – arremessados contra a parede, literalmente – no Super Nintendo e Mega Drive, especialmente na luta “secreta” após os créditos finais.
A título de curiosidade, os cartuchos originais eram vermelhos.
Nota: 2,5
Spider-Man: Lethal Foes – Super Nintendo – Epoch – 1994 (somente no Japão)
Exemplar raro (para a época, hoje em dia, com os emuladores, é relativamente fácil de se achar), lançado apenas no Japão para divulgar a série animada do Aranha naquele país, o que é estranho porque o personagem nunca fez muito sucesso por aquelas bandas, quanto mais ganhar um jogo exclusivo para a terra do sol nascente.
No geral, é um side-scrolling curioso, com gráficos decentes, inimigos clássicos (outros nem tanto, como o Smythe), mas uma jogabilidade meio travada.
Não deixa de ser curioso que o melhor jogo exclusivo do Homem-Aranha para Super Nintendo nunca foi lançado oficialmente no ocidente. Vale uma conferida.
Nota: 3,5
Spider-Man & Venom: Separation Anxiety – Super Nintendo, Mega Drive e PC – Acclaim – 1995
Com as reclamações de que não era possível jogar Maximum Carnage a dois, a Acclaim lançou uma pseudo-continuação com esta opção (novamente com o Aranha e o Venom como protagonistas).
No geral, era exatamente o mesmo jogo, com os mesmos gráficos, mas uma jogabilidade sensivelmente melhor e não tão difícil. A história se baseava em uma minissérie meio viajante do Venom (lançada aqui no Brasil também), onde os personagens lutam contra vários simbiontes e chegam até mesmo a visitar o planeta das criaturas.
Não fez metade do sucesso do antecessor, mas era mais lapidado.
Nota: 3
Spider-Man – Super Nintendo e Mega Drive – LJN – 1995
Com o bom desenho animado do Homem Aranha dos anos 90, a moda do personagem deu uma esquentada e o surgimento de um jogo exclusivamente baseado nesta nova mídia era apenas uma questão de tempo.
O estilo é um side-scrolling básico, que lembra um pouco o primeiro jogo de Mega Drive ou – mais provavelmente – o japonês exclusivo para o próprio Super Nes.
Tinha tudo para ser o exemplar definitivo para consoles Nintendo, pois era longo, cheio de referências legais, com várias fases e praticamente toda a gama de vilões clássicos, bons gráficos e sons (a música clássica do desenho estava presente) mas uma pena que a jogabilidade era tão irregular (LJN, lembra?) e ferrou com tudo.
Deixou aquela sensação de desperdício no ar.
Nota: 2,5
Spider-Man Cartoon Maker – PC – Knowledge Adventure – 1995
“Jogo” para crianças, onde o objetivo era montar e pintar quadrinhos e animações com a temática do Aranha. Uma espécie de “paint de luxo”. A molecada curtiu, mas no geral – até mesmo pela época mais inocente – era limitado.
Nota: 3
Marvel Super Heroes: War of the Gems – Arcade, Playstation, Sega Saturn e Super Nintendo – Capcom – 1995, Marvel Super Heroes vs. Street Fighter – Arcade, Playstation e Sega Saturn – Capcom – 1997, Marvel vs. Capcom: Clash Of The Super-Heroes – Arcade, Playstation e Dreamcast – Capcom – 1998 e Marvel vs. Capcom 2: New Age Of Heroes – Arcade, Dreamcast, X-Box e Playstation 2 – Capcom – 2000
Aqui começamos uma pequena subseção dentro do próprio artigo, onde não pretendo me alongar muito, afinal esses jogos são bem conhecidos, parecidos entre si e já foram deveras comentados por aí.
A partir da metade dos anos 90, a Capcom firmou uma forte parceria com a Marvel para a produção de jogos com seus personagens. Como a moda na época, eram jogos de luta com gráficos 2D estilo desenho animado como Darkstalkers, X-Men: Children of Atom e Street Fighter Zero, a softwarehouse japonesa tratou de produzir diversos jogos de porrada misturando personagens e universos. Apenas o primeiro exemplar tem uma “história” propriamente dita, vagamente baseada na minissérie Desafio Infinito, onde uma cacetada de heróis parte para enfrentar o vilão megalomaníaco Thanos, os demais jogos são apenas desculpas para a pancadaria
É óbvio que, se está neste especial, é porque um dos personagens disponíveis era o nosso querido herói em destaque e ele praticamente não mudou de um jogo para o outro (os jogos, na verdade, também são bem parecidos entre si), por isso não preciso fazer uma análise separada.
Não são jogos exclusivos do Aranha, mas valem a jogatina: ótimos gráficos, bons efeitos sonoros, todos marcantes e bem conhecidos entre os gamers. O Venom também apareceu em alguns destes exemplares.
Apesar do mesmo nome, o exemplar de Marvel Super Heroes para Super Nintendo foi transformado em um bom side-scrolling, onde também era possível jogar com o amigão da vizinhança. Curiosamente, a base da jogabilidade é exatamente a mesma do jogo de luta de arcade, mas a Capcom preferiu criar um jogo de ação exclusivo para o console onde você poderia escolher alguns personagens e enfrentar diversos inimigos clássicos até chegar em Thanos
Manda bala!
Super Nintendo – Nota 4,5
Jogos de Luta – Nota: 5
Spider-Man: Web of Fire – Sega 32X – Sega – 1996
O periférico especial de Mega Drive também ganhou o seu jogo com o personagem, produzido novamente pela Sega. Uma pena que saiu tão fraquinho.
Na história, o Aranha se alia ao Demolidor para lutar contra a organização Hidra. É bem parecido com o Spider-Man Vs Kingpin na ação lateral, mas os gráficos são meio sujos (estranhos mesmo), é difícil demais e, para piorar, a jogabilidade é péssima.
Uma curiosidade é que foi o último jogo lançado para o 32X.
Nota: 2
Spider-Man: The Sinister Six – PC – Byron – 1996
Nada a ver com o péssimo jogo lançado para Nintendo, Master e Game Gear alguns anos antes, mas também não tem nada de especial.
Jogo de ação lateral bem simples (mais voltado para as crianças), onde você deve derrotar o Sexteto Sinistro. Intercalado com alguns mini-games. Bobinho demais.
Nota: 2,5
Spider-Man – PC, Playstation, Gameboy Color, Dreamcast e Nintendo 64 – Activision – 2000
Este causou muito frisson quando saiu. Na época, lembro que foi alardeado como o começo de uma nova vida pro Aranha nos videogames, o primeiro jogo onde você realmente incorporava o personagem e coisas assim.
Vamos por partes. È um jogo de ação em 3D (já caminhando para o estilo GTA e baseado na engine do segundo Tony Hawk para Playstation) e realmente é o que mais se aproxima do universo do personagem se pensarmos que os outros exemplares são totalmente limitados pela capacidade dos consoles anteriores.
De fato, é um jogo divertido e fiel à franquia, mas tem tantos problemas e defeitos – especialmente com relação aos controles e câmeras (sempre elas) – que chega a irritar em determinados momentos. Para a época, foi legalzinho, mas hoje em dia você tem melhores opções. Para piorar, trazia pouca variedade de inimigos e deixou muitos dos clássicos de fora.
Nota: 3
Spider-Man 2: Enter Electro – Playstation, Gameboy Color – Activision – 2001
Continuação do game anterior e com as mesmíssimas qualidades e defeitos. Ou seja, se você não gostou do outro, não vai gostar desse.
A única diferença, é que neste você pode andar na rua, no outro eles inventaram a desculpa de um gás tóxico e você só podia pular e se pendurar no topo dos prédios.
Nota: 3
Spider-Man: The Sinister Six – Gameboy Color – Activision – 2001
Também nada a ver com a porcaria lançada pela LJN. Se levarmos em consideração que se trata de um videogame de 8 Bits, esse pode ser considerado facilmente um dos melhores exemplares do aracnídeo, pelo menos na parte técnica.
Já o jogo em si, é aquilo de sempre: ação lateral com um pouco de exploração, na linha Lethal Foes. De novo, a jogabilidade atrapalha e falta um tempero extra.
Nota: 3
Spider-Man: Mysterio’s Menace – Gameboy Advance – Activision – 2001
Mais um na linha side scrolling old school, mas desta vez bem acima da média.
Esse é disparado o melhor jogo do Homem-Aranha para os portáteis, com excelentes gráficos e sons e uma jogabilidade (finalmente) decente.
O único problema, é o péssimo aproveitamento dos vilões. Você só enfrenta o Mysterio em termos “clássicos” e, fala sério, quem é que agüenta uma luta com o Rhino de novo? Aliás, mesmo o Mysterio é um vilão superestimado demais para estrelar um jogo deste calibre.
Se não fosse por esse pequeno problema, levaria nota 5 com louvor.
Nota: 4,5
Spider-Man: The Movie – PC, Playstation 2, XBox e Gamecube – Activision – 2002
Seguindo a linha 3D dos jogos em CD-Rom e depois DVD, Spider-Man: The Movie, não apresenta grandes novidades a não ser seguir mais ou menos fielmente a história do primeiro filme (muita coisa foi acrescentada para deixar o jogo mais interessante). Ótimos gráficos e sons.
O problema deste tipo de jogo é que ele fica defasado muito rapidamente. Você joga uma vez até o fim e só, encosta o CD ou DVD na parede para nunca mais pegar de novo.
Nota: 3
Spider-Man 2: The Game – Playstation 2, XBox, PC, PSP e Gamecube – Activision – 2004
Idem ao item anterior, desta vez baseado no segundo filme do aracnídeo. Nota-se uma certa preguiça dos programadores. Eles criaram uma vez, o público que não consome muito videogame e não tem senso crítico, adorou e eles repetem a fórmula infinitamente até que o produto não venda mais. É algo tipo Big Brother: se você não gostou do primeiro, não assista aos outros oito.
Foi aqui que o vírus GTA apareceu. Ao invés de uma fase depois da outra, desta vez tínhamos que “ir até elas”. A exceção foi a versão de PC que, curiosamente, era bem diferente das outras, mas pecava pelo fato que você só podia se pendurar em alguns pontos específicos da fase.
Nota: 3
Spider-Man 2 Activity Center – PC – Fizz Factor – 2004
Coleção de minigames e histórias interativas com o personagem e seus inimigos, mas totalmente voltado para crianças, com conteúdo aparentemente bem simples. Não cheguei a experimentar, mas parece ser apenas para seu irmão caçula.
Sem Nota
Spider-Man vs. Doc Ock – Celulares – Sony – 2004, Spider-Man 2 Pinball – Celulares – Sony – 2004, Spider-Man 2 3D: NY Subway – Celulares – Sony – 2005, Spider-Man 2 3D: NY Subway – Celulares – Sony – 2005 e Spider-Man 2 Text Messaging Games – Celulares – Sony – 2006
Com o avanço da tecnologia dos celulares e a aquisição de uma licença importante, a Sony encheu o mercado de telefonia com jogos do nosso herói, também como uma boa estratégia de marketing para a divulgação dos filmes e games de outros consoles.
Não joguei nenhum destes exemplares (eles nunca foram lançados por aqui) e também não consegui nenhuma foto para mostrar ao delfonauta, mas pelo que li a respeito, são bem simples, alguns com ação 2D e muita dificuldade para se jogar na telinha e nos controles truncados de um celular.
Enfim, se alguém aí fora jogou, mande suas impressões.
Sem Nota
Spider-Man Controller with 5 TV Games – Jakks – 2004
Esse vale mais como curiosidade.
No natal de 2004, a tal empresa Jakks garantiu os direitos para lançar um console (sim: console) exclusivo com o personagem. O videogame vinha com 5 jogos exclusivos do herói, mas todos são bem simples e se aproximam mais para minigames bobinhos com gráficos arcaicos.
O produto não estourou e nunca mais foi lançado nada parecido, acho que a estratégia da Jakks não deu muito certo. Como não joguei, fica sem nota.
Sem Nota
Spider-Man & Friends – PC – Activision – 2005
Uma série de mini-jogos para crianças, com proposta educativa, muita simplicidade e inocência.
Pegue apenas se você tiver menos de oito anos de idade. Ei, mas se estiver lendo este texto, você provavelmente tem mais!
Nota: 3
Ultimate Spider-Man – GameCube, Xbox, PlayStation 2, Nintendo DS, PC, Celulares e Game Boy Advance – Activision – 2005
Leia a resenha do Corrales aqui.
Desta nova safra de jogos 3D do Homem-Aranha, este foi o que mais me agradou até o momento, mesmo que tenha vários defeitos e vícios vindos diretamente do estilo GTA (que honestamente, nunca me agradou, acho entediante até a alma).
Baseado exclusivamente no ótimo universo Milenium da Marvel (Ultimate nos EUA). É bom, mas poderia ser muito, muito melhor.
Nota: 3,5
Marvel Nemesis: Rise of the Imperfects – GameCube, PlayStation 2, Xbox, PSP e Nintendo DS – Activision – 2005
Provavelmente um dos maiores desperdícios de franquias famosas da história. A Activision juntou uma cacetada de personagens legais da Marvel, mas o jogo… Santa decepção, Batman!
Escolha um personagem e saia na mão contra uma galeria de vilões, incluindo seu clone malvado em uma tentativa de beat´em up moderno, mas com gráficos toscos e uma jogabilidade fraquinha.
Lembro que quando saiu, todo mundo (estou nessa também) foi atrás para jogar, mas a decepção foi enorme e o jogo foi rapidamente esquecido. Uma pena!
Nota: 2
Marvel: Ultimate Alliance – PC, Gamecube, Playstation 2, X-Box 360, Wii, PSP e DS – Activision – 2006
Leia minha resenha completa aqui.
Mas basicamente é um Hack´n´Slash pretensioso demais, que cumpre menos do que promete. Bons gráficos e sons, mas uma história muito bobinha e vários bugs.
Nota: 3
Spider-Man: Battle for New York – Gameboy Advance, DS – Activision – 2006
Bom jogo baseado no universo ultimate onde você pode jogar ou com o Homem-Aranha ou com o Duende Verde contra uma série de vilões.
Ação lateral old school, com excelentes gráficos e sons. Só achei a jogabilidade um pouco estranha e os personagens pequenos demais para a tela do portátil (em alguns momentos pode confundir), mas no geral, é excelente. Vá atrás!
Nota: 4
Spider-Man 3 – Xbox 360, Playstation 2, Playstation 3, Nintendo DS, PSC, Gameboy Advance, PC e Wii – Activision – 2007
Lógico que com o lançamento do novo filme, um jogo é quase obrigatório para ajudar na divulgação. Eu ainda não o joguei (e o exemplar será lançado só no dia 4 de Maio, quando essa matéria já estiver no ar), mas pelas fotos e vídeos, podemos perceber uma óbvia semelhança com as adaptações dos filmes anteriores, na mesmíssima linha do “Aranha GTA” que já abordamos acima, mas com gráficos e sons turbinados para a nova geração. Honestamente, não parece nada de mais, mas vamos esperar para conferir.
Sem Nota
Aí você pode se perguntar, “mas como esse cara jogou tudo isso?”. Calma, amigo delfonauta. Conforme você leu, alguns eu não joguei mesmo (são os que não levaram nota), outros eu já tinha jogado há anos e tive que resgatar os cartuchos ou CDs para dar uma olhadinha novamente.
Muitas vezes, ficamos impressionados quando jogamos alguma coisa pela primeira vez, mas depois de alguns anos, quando pegamos novamente, vemos que o exemplar não tinha nada de mais e não envelheceu bem.
Por exemplo, o game de Sega CD ou Marvel Super Heroes para Super Nintendo, são divertidos até hoje, o que significa que são bons jogos. Já Homem-Aranha de Atari ou mesmo aquela primeira versão nova em 3D para Playstation, são chatinhos e não me dão vontade nenhuma de encarar novamente, mas ambos tiveram boa repercussão em seus respectivos lançamentos. O teste do tempo é infalível, acredite.
Mesmo os jogos da LJN, que desci o cacete, quando foram lançados não eram considerados tão ruins, mas hoje, para efeitos comparativos com outros lançamentos da época, podemos perceber claramente como são mal feitos.
Espero que você tenha curtido e não esqueça de comentar aí embaixo o que achou da matéria e sua opinião sobre quais são os melhores jogos do amigão da vizinhança.