ATENÇÃO! Esta resenha pode conter spoilers leves – sério mesmo, bem leves (ainda que eu ache essa spoilerofobia contemporânea uma ameaça mais prejudicial do que o próprio Tentáculo).
Para que possamos estabelecer um discurso unilateral sincero, deixe-me começar dizendo que nunca pedi pelos Defensores. Nem pelo seriado do Demolidor. Muito menos pelo Punho de Ferro. Eu estava bem sem eles.
Não me entenda mal: cresci lendo os quadrinhos da Marvel e sempre achei divertido ver personagens familiares tomando forma em algum tipo de mídia audiovisual, mas ainda não consegui comprar muito bem a ideia desses seriados em parceria com a Netflix.
Gostei bastante de Jessica Jones e Luke Cage, especialmente pelo fato de focarem mais em conflitos internos e personagens carismáticos do que em golpes de caratê e acrobacias genéricas. Kilgrave foi um dos melhores vilões do universo Marvel até agora, e a série de Luke Cage soube contar uma boa história sem soar pretensiosa demais – caminho pelo qual enveredou o Demolidor em sua segunda temporada.
Preciso confessar também que não aguentei assistir mais do que dois ou três episódios de Punho de Ferro. O protagonista não me agradou, assim como a temática e os efeitos especiais. Reconheço que, se tivesse insistido um pouco, talvez até acabasse curtindo a série e o próprio personagem, mas ei, não sou eu que preciso me esforçar para gostar de um programa – é o programa que deve me fazer acreditar que vale a pena gostar dele.
E Punho de Ferro definitivamente não se esforçou o bastante para merecer o precioso tempo que eu poderia investir em atividades mais ricas e produtivas como dormir ou fazer nada.
MAS VAMOS AO QUE INTERESSA
Agora que tiramos essas verdades do caminho e estamos um passo mais perto de criar um vínculo genuinamente honesto, podemos começar a falar sobre essa desnecessária empreitada chamada de Os Defensores, cuja história se inicia alguns meses após os eventos presenciados em cada uma das quatro séries principais.
Danny Rand, o IMORTAL Punho de Ferro (que faz questão de se autodenominar a cada cinco minutos durante todos os oito episódios), está na bota do Tentáculo, organização criminosa que já tinha dado as caras em Demolidor e no próprio seriado do Punho.
Matthew Murdock, após a traumática morte de Elektra, está trabalhando a todo vapor como advogado, atuando em casos pro bono e tentando convencer a si mesmo de que não voltará a vestir o manto do Homem Sem Medo (aham, até parece).
Jessica está meio que na mesma: abandonou seu trabalho como investigadora, recusa-se a atender os clientes que a procuram e passa o dia todo resmungando e enchendo a cara escondida em sua jaquetinha de couro.
E Luke Cage está preso. Mas não por muito tempo, claro. Na verdade, nem chegam a explicar direito quanto tempo ele ficou na prisão ou por que o libertaram coincidentemente na semana em que se passa o seriado. “Ninguém se importa com esses detalhes”, imagino o roteirista dizendo na sala de reunião.
Os primeiros episódios têm um ritmo bastante lento e servem basicamente para situar o espectador que, assim como eu, não tem memória ou paciência suficientes para se lembrar de como tinha acabado aquela última temporada. E até que fazem um trabalho benfeitinho nesse quesito.
Em cinco minutos, por exemplo, eu já estava inteirado do que tinha acontecido de mais relevante na série do Punho de Ferro, e agradeci ao Yohan do passado por ter me poupado de assisti-la. Pesando na balança, parece que não perdi muita coisa.
Já no primeiro episódio, cada um dos quatro heróis assume um diferente trabalho investigativo por conta própria. Como seria de se esperar, ainda que inicialmente esses casos isolados sejam nada parecidos uns com os outros, todos eles eventualmente irão convergir na direção do Tentáculo, um inimigo em comum.
Sei que isso é praticamente uma exigência do roteiro – unir os personagens para enfrentar uma ameaça que não conseguiriam vencer sozinhos –, mas não pude deixar de me sentir um pouco desanimado enquanto via essas subtramas desinteressantes aproximando-se umas das outras por meio de um jogo nada criativo de coincidências e forçações de barra.
Mais que isso, me irrita o fato de escolherem uma organização criminosa ninja para antagonizar os Defensores. “Mais uma conspiração do mal?”, pergunta alguém na sala de reunião. “O público nunca vai enjoar disso”, responde o diretor.
Entendo que o Tentáculo já tinha sido anunciado como um perigoso inimigo em Demolidor e Punho de Ferro, então seria inconsistente tirá-lo da jogada aqui, mas me parece uma escolha muito pouco inspirada. Haveria outras formas de fazer a história funcionar sem precisar pegar esse atalho narrativo. Por que não, sei lá, usar uma família mafiosa tradicional? Terroristas? Alienígenas, que fosse! Mas ninjas…? Não sei, não.
Meu problema com isso é simples: esses heróis – principalmente Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage – são personagens mais pé no chão, cheios de problemas comuns como pagar o aluguel ou curar uma ressaca. É isso que me faz gostar (pelo menos um pouco) deles.
Por exemplo: Jessica Jones não precisou ficar dando piruetas para enfrentar o Homem-Púrpura. Era um conflito muito mais calcado em diálogos e perspicácia do que em cenas de ação. Mas, ao colocar os heróis para combater o Tentáculo e seus ninjas acrobatas, Os Defensores está basicamente me dizendo que não devo esperar nada mais, nada menos do que:
158 TONELADAS DE CENAS DE LUTINHA
Talvez metade de tudo o que esteja errado com a parceria entre Marvel e Netflix resida na artificialidade de suas coreografias. Porque vamos combinar: ou estamos vendo os personagens dialogarem de forma insossa ou estamos assistindo a um quebra-pau que deveria justificar o fato de eles serem super-heróis. Mas parece que nada mais foi feito de bom nesse departamento desde aquela épica cena de luta na primeira temporada de Demolidor. Você sabe, aquela que parecia ter saído direto de Old Boy:
Acho essa cena sensacional. Porque ela está cheia de exageros, mas ainda assim parece mais ou menos concebível naquele contexto. Você vê o Demolidor batendo e apanhando, ficando cansado pela batalha, parando para retomar o fôlego e voltando a lutar. Não tem diálogos espertinhos. Não tem saltos mortais. Não tem esquivas perfeitamente calculadas. É simplesmente um cara dando uma sova em outros caras e recebendo sua cota de hematomas por isso.
Mas esta foi a última cena legal de ação de Demolidor. Depois disso, o herói passou a lutar de uma forma mirabolante demais, cheia de pulinhos e rasteiras e golpes elaborados de mestre de kung-fu. Na segunda temporada já meio que perdeu completamente a graça, porque não parecia mais um homem real lutando, e sim um ator desfilando coreografias pelo set.
Isso também me incomodou bastante no pouco que assisti de Punho de Ferro, e mesmo as raras cenas de luta corporal de Jessica Jones e Luke Cage carregavam consigo um pouco desse lado tosqueira.
É com tristeza, porém não surpresa, que trago a triste notícia: as lutas não melhoraram muito em Defensores. Não chegam a ser tão ruins quanto aquela batalha final entre Matthew e Elektra no fim da segunda temporada de Demolidor, mas estão muito longe de parecerem naturais.
Percebi que houve certo esforço aqui em fazer com que os golpes passassem uma sensação maior de impacto, mas isso não ajudou muito. As lutas ainda são bonitinhas demais, sincronizadas demais. Sem contar que cada golpe vem sempre acompanhado de um efeito sonoro brucelístico, tipo aquele som de ar sendo deslocado, assim ó:
Não bastasse o exagero das coreografias, esse efeito foi colocado em todos (TODOS) os movimentos de luta, por menores que fossem. Às vezes a cena mostra um personagem desferindo um simplório soco no estômago de seu desafeto, mas o golpe vem acompanhado daquele “swoosh” maldito.
E isso ocorre tantas vezes ao longo do seriado que, em dado momento, eu já duvidava da capacidade de qualquer um dos heróis de conseguir realizar um singelo aperto de mão que não fosse sonorizado como um golpe do Bruce Lee.
De vez em quando (BEM de vez em quando) rola uma bicuda bem dada no peito ou um soco na cara, daqueles que o sujeito sai meio de lado, catando cavaco, como deve ser em uma luta. Mas são exceções. Geralmente os personagens ficam brigando daquele jeitão meio Matrix, com bloqueios perfeitos, pulinhos cronometrados e voadoras estilosas. Eu simplesmente não entendo qual é o problema do bom e velho soco na cara.
Da forma como essas cenas foram filmadas, a impressão que fica é de que os personagens não lutam, apenas circulam pelo ambiente destruindo o cenário e aparando os golpes uns dos outros – ocasionalmente interrompendo as batalhas para proclamar frases de efeito.
E o que dizer das cenas em que os membros do Tentáculo se lembram de que podem utilizar armas de fogo?
QUANDO OS MEMBROS DO TENTÁCULO SE LEMBRAM DE QUE PODEM UTILIZAR ARMAS DE FOGO
É incrível. Toda vez que os capangas decidem disparar uma arma (o que, aliás, é uma raridade nesses seriados da Marvel, já que precisam justificar todas as cenas de porradaria), miram sempre no Luke Cage, ou em alguém imediatamente próximo a ele, para que role aquela cena de “escudo humano”. Por que nunca atiram no Demolidor? “Porque ele morreria”, diz o estagiário sentado no fundo da sala de reunião, sem perceber a ironia da pergunta.
E é sempre a mesma coisa: Luke franze a testa, cerra os olhos e faz cara de bad boy enquanto mais um de seus 19 moletons (todos idênticos uns aos outros) é fuzilado por um ou mais inimigos que, geralmente, portam metralhadoras (“Porque são mais emocionantes que pistolas ou revólveres”, diz o assistente de produção na sala de reuniões). Metralhadoras, entende? No plural. Mas aí você olha bem na próxima cena e o moletom do Cage tem, tipo, uns seis furos.
Porra, capangas! Vocês estão atirando com (e não me cansarei de dizer isso) fucking metralhadoras, a cinco metros de distância, em um maluco daquele tamanho, e conseguem me acertar míseros seis tiros? É isso mesmo, produção?
Não sei se culpo a equipe de figurino por dar o vacilo de não se alinhar com a narrativa, ou se reclamo do roteiro que passou tantos episódios querendo me convencer de que o Tentáculo era uma tremenda ameaça, mas na hora do vamos ver me mostra apenas uns caboclos incapazes de descarregar um pente inteiro em um alvo de dois metros de altura – alvo este que invariavelmente se mantém parado enquanto recebe os tiros (“Porque assim vai ser mais fácil de filmar”, diz o técnico de efeitos especiais na sala de reunião).
É, delfonauta. Você já entendeu o que eu penso das lutinhas. Agora precisamos falar sobre:
TODAS AS OUTRAS CENAS ENTRE AS CENAS DE LUTINHA
Não há muito o que dizer, na verdade. Quando não estão lutando entre si (para fazer aquele fan service gostoso), com seus inimigos ou contra a boa vontade do espectador, os personagens de Defensores estão tendo os diálogos mais bobos possíveis, relembrando acontecimentos de temporadas anteriores ou simplesmente juntando as peças do quebra-cabeça (às vezes como se fossem gênios investigativos, outras como se fossem débeis mentais).
Nesses momentos “de investigação”, a série beira um CSI tedioso ao extremo. Sabe aquele lance de personagem A conseguir uma informação e personagem B ligar um ponto relacionado ao personagem C que os levará direto ao personagem D? Exatamente isso. E, na verdade, você nem entende direito como chegaram àquela conclusão, nem se preocupa em entender, porque logo haverá outra cena de lutinha e nada mais fará diferença.
Em momentos mais calmos como esses, o que salva a série são os atores coadjuvantes, muito menos afetados e claramente mais confortáveis em seus papéis.
Lembra quando eu disse que nunca pedi pelos Defensores? Pois bem, não pedi mesmo. Mas assistiria a um seriado encabeçado por Foggy (o advogado buona gente), Claire (a enfermeira favorita dos super-heróis nova-iorquinos), Trinity Jeri (antiga patroa de Jessica Jones) e Misty (a policial virtuosa que também é fera no basquete).
Porque eles são personagens muito mais interessantes e humanizados do que o quarteto principal de Defensores. Porque eu consigo rir deles ou sentir empatia pelas situações em que são colocados, algo que não rola mais com os protagonistas.
Até mesmo Jessica Jones, de quem gostei bastante em sua série solo, foi aqui reduzida a caras e bocas e piadas com alcoolismo. Luke Cage, que até então era um personagem interessante, transformou-se em um herói careta e sério demais, sempre com a mesma cara de “sujeito bravo, porém gente boa”.
O Punho de Ferro, então, nem se fala. Era chato antes, está pior agora. Já o Demolidor, que tinha perdido muitos créditos comigo em sua última temporada, me surpreendeu pelo papel mais incisivo que exerceu na trama.
Murdock carrega os colegas praticamente nas costas, guiando-os tanto em batalha quanto estrategicamente. Ainda que o advogado seja, a princípio, o mais relutante em relação à ideia de formar um supergrupo, acaba por assumir a liderança ao descobrir que sua amada Elektra foi ressuscitada para se tornar uma arma mortal nas mãos do Tentáculo. O que me leva a outro ponto.
ELEKTRA, A ARMA MORTAL QUE NÃO MATA (QUASE) NINGUÉM
Eu nunca gostei da atriz que interpreta a Elektra. Não sei dizer o motivo. Acho que ela simplesmente não tem jeito de Elektra. Quando faz cara de malvada, parece muito mais uma patricinha contrariada de filme adolescente do que uma ninja assassina. Mas tudo bem, gosto é gosto.
Já o indefensável arco narrativo de Elektra em Defensores não é uma questão de gosto, mas sim de bom senso. A anti-heroína recebe um tratamento tão bisonho e sem sentido do roteiro que me peguei pensando se não estava assistindo a algum tipo de spin-off de Power Rangers.
Funciona mais ou menos assim: Elektra é revivida pelo Tentáculo já nos episódios iniciais e se transforma na temível entidade Céu Negro. Acontece que Céu Negro é basicamente a mesma Elektra de antes, só que sofrendo uma lavagem cerebral. Ela não se torna mais perigosa por causa disso. Ela não fica mais forte, nem mais habilidosa.
Mas os personagens a tratam como uma bomba-relógio, constantemente enfatizando que ela é o tenebroso CÉU NEGRO, como se repetir seu nome à exaustão fosse deixá-la mais letal. Mais ou menos como acontece com Danny, que fica lembrando a todos que ele é o IMORTAL PUNHO DE FERRO, ainda que seja apenas um hippie bilionário com a mão incandescente e uma estranha fixação por usar a camisa sempre aberta.
No fim das contas, o maior estrago que Punho de Ferro e Elektra fazem é no saldo do próprio roteiro. Afinal, quem precisa de adagas e da força do chi quando pode destruir tudo com uma simples linha de diálogo preguiçosa?
Se a história de Defensores é fraca e as cenas de ação não empolgam, o que sobra para a série é:
MUITO POUCO OU QUASE NADA
A artificialidade dos combates e diálogos se estende também para os demais aspectos da série: mesmo um suicídio ou uma mão decepada parecem não ter o peso que deveriam. Se considerarmos que Jessica Jones e Luke Cage são personagens que já integraram selos adultos da Marvel, era de se esperar que suas versões televisivas fossem tratadas de forma um pouco mais séria, o que infelizmente não acontece em Defensores.
A série podia seguir a onda dos quadrinhos, numa vibe mais Breaking Bad e menos Smallville, mas acaba infantilizando narrativas potencialmente maduras. E isso não quer dizer que tenham cortado a violência. Bem pelo contrário: há algumas cenas em Defensores que parecem até deslocadas de tão violentas.
Uma delas, no último episódio (um momento bastante Kill Bill), me fez refletir sobre qual exatamente é o público-alvo desse seriado. Caramba, não é uma cena que a sociedade superprotetora de hoje mostraria às suas crianças. Mas, se ela está ali, por que então infantilizar o resto? Trama, diálogos, cenas de ação – tudo, basicamente, parece ter sido escrito para uma audiência na faixa etária dos 12 anos.
Parece ok mostrar membros arrancados e cabeças sendo cortadas, mas a história e os próprios conflitos internos dos protagonistas não podem ser “pesados” demais. “Porque o público gosta mesmo é das lutinhas”, diz o coreógrafo na sala de reunião.
É um tipo de entretenimento que não está preocupado em se levar a sério, e esse é o pior dos pecados em qualquer produção artística.
QUE MAIS?
Com diálogos fracos, cenas de luta ruins e personagens rasos como pires, Os Defensores pode ao menos se orgulhar de uma coisa: sua curta duração. O seriado começa bem devagar, lá pelo quarto episódio dá uma engrenada e quando você menos espera ele já terminou.
Não sem antes, contudo, engendrar um combo de escolhas ruins em seu episódio de encerramento. Para começar, as lutas finais (e todo mundo sabe que as lutas finais são as mais importantes) se passam todas em um complexo subterrâneo, o que deixou as cenas escuras e muitas vezes incompreensíveis.
Você sabe que tem alguém lutando na tela, mas não consegue dizer se a pessoa está batendo ou apanhando. São tantos cortes e ângulos desfavoráveis que me admira certos trechos não terem sido barrados na sala de edição.
Além disso, parece que o melhor conceito de “batalha final” para a Marvel gira em torno de explosões e catástrofes. As narrativas geralmente são pensadas para culminar em:
- Uma cidade em risco.
- Qualquer coisa explodindo. Muito.
- Prédios desabando.
- Todas as alternativas acima.
Pelo visto, se não contemplar um ou mais itens deste checklist, não será um final grandioso o bastante. Cara, eu não aguento mais ver Nova York sendo ameaçada. Eu quero problemas mais densos, íntimos e compactos, e não a mesma promessa de destruição iminente que colocará em risco a vida de milhões de pessoas com as quais eu não me importo. Talvez por isso eu tenha gostado tanto da luta que encerra o filme do Homem-Formiga, concisa e eficiente.
Para encerrar, quero dizer que existem finais, existem finais piegas e existe o final de Defensores. Te juro. É a cafonice elevada a milhão, coisa de deixar qualquer novela das oito no chinelo. E isso se aplica tanto à trama principal quanto às traminhas paralelas e individuais dos personagens. Tudo termina de um jeito leve, descontraído, banal – mais uma vez, sem peso.
O que nos resta agora é esperar (mas não muito) que a série do Justiceiro seja capaz de colocar os seriados da Marvel de volta nos trilhos, pelo menos um pouco, nem que seja para ver o Frank Castle mostrando aos capangas como se atira de verdade com uma metralhadora.
CURIOSIDADES:
– Aos 12:25 do segundo episódio, há uma cena em que Luke Cage descarrega um pedaço de parede que havia caído sobre um carro. Dá para ver que a “parede” é feita de isopor. O negócio é tão malfeito que chega a vibrar quando Luke o coloca no chão. Tsc, tsc. Que vergonha alheia, Netflix.
– “O Tentáculo” é uma tradução que já não funcionava direito nos gibis, mas na série fica ainda pior. O nome original da organização é The Hand, “A Mão”. Lá pelas tantas, alguém resolve explicar que existem cinco integrantes fundadores do Tentáculo. Em inglês, eles são os cinco “dedos” (fingers) da Mão, o que faz sentido. Mas, na tradução, tiveram que rebolar e saiu algo como “os cinco braços” do Tentáculo. Cacetada! Que tentáculo mutante é esse que tem cinco braços, rapaz? Mas claro, né? Se traduzissem como “as cinco ventosas” do Tentáculo não soaria tão ameaçador. Tsc, tsc. Que vergonha alheia, tradutores.