Você ouvia falar de The Fighter e frequentemente o associava a O Lutador? Pois saiba que não é o único não é apenas no nome que eles são semelhantes, mas também na proposta e na trilha sonora (totalmente composta por Hard Rock).
A maior prova de que a espécie humana não merece sobreviver é que a gente cria um troço que consiste em dois caboclos se baterem até que um dos dois não consiga mais levantar e chama isso de esporte. E ainda tem a pachorra de sair dizendo por aí que “esporte é saúde”. De fato, se levar porrada até não conseguir se manter em pé vai me deixar saudável, creio que prefiro ficar com meu videogame e tudo de prejudicial que ele me traz. Afinal, jogar Bioshock nunca me tirou sangue.
Se você é dos adeptos do boxe, talvez conheça nomes como Dicky Ecklund (Christian Bale) e Micky Mars (Mark Wahlberg), pessoas reais nos quais a história deste filme se baseia. O primeiro teve o ápice de sua carreira quando conseguiu derrubar o muito mais famoso Sugar Ray Leonard. O segundo está começando sua vida de briguento profissional no início da projeção. E é exatamente isso o que acompanhamos nos 115 minutos deste longa.
A primeira coisa a chamar a atenção aqui é a atuação de Christian Bale. Impressiona de cara, ao constatarmos que o ator está quase irreconhecível, tanto em seus maneirismos quanto no seu próprio rosto. O curioso é que isso é um tanto irregular. Tem hora que ele fica mais “Christian Bale padrão”, mas em seus melhores momentos é impressionante.
Já o protagonista Mark Wahlberg continua o mesmo de sempre, com suas duas únicas emoções: confuso e irritado. Virtuoso que só, ele consegue alternar entre elas e até combiná-las em uma única expressão.
A Amy Adams merece um parágrafo só pra ela também. Pelo papagaio de Satanás! Eu sinceramente não sabia que faziam modelos de mulheres tão bonitos assim. Onde eu consigo uma dessas para colocar na estante?
Quanto ao filme, se você curte oscarizáveis, cinebiografias ou filmes de esporte, pode te agradar. No meu caso, não gosto de nenhum dos três e considero alguns dos clichês eternamente reutilizados (como a última luta ser contra um cara malvadão e europeu) desnecessários, que não só não agregam nada ao filme, como o denigrem mais do que qualquer outra coisa.
Apesar de ter todo meu gosto pessoal contra ele, ainda assim O Vencedor não se mostrou um Viagens de Gulliver. Em nenhum momento comecei a bater minha cabeça na cadeira da frente tentanto desmaiar, nem parei de babar na beleza da Amy Adams.
Mas admito que sofri uma decepção considerável quando cheguei no Oráculo e, ao procurar fotos dela pelada, não achei absolutamente nenhuma. Sequer encontrei a cena que ela aparece de lingerie neste filme. E ainda dizem que o Google tem todas as respostas. Evil monkey para ele!