Caramba, delfonauta, que título mais enganoso. Com esse nome era de se imaginar que se trataria de um romance, uma daquelas clássicas histórias de triângulos amorosos. Mas não é isso que O Homem Que Elas Amavam Demais oferece. Ao invés disso, ele é um drama daqueles tipicamente franceses, lotado de diálogos.
Passado em grande parte nos anos 70, Catherine Deneuve é a dona de um cassino que conta com a ajuda de um fiel e ambicioso jovem advogado (Guillaume Canet, que dirigiu este filme aqui) para tocar os negócios. Contudo, ele vai se engraçar com a filha dela, que acaba de retornar após uma temporada no exterior, e isso vai abalar as relações entre os três.
Tudo bem, o cara realmente é um autêntico cafajeste, inclusive deixando isso bem claro para a moça, que entra consciente na relação, mas o foco aqui é mais o relacionamento de poder entre a mãe e o sujeito que passa a almejar ainda mais, manipulando a filha dela para isso.
Este é aquele tipo de filme que particularmente não me interessa muito. A história você certamente já viu antes, não tem grandes predicados, embora seja bem conduzida. Tecnicamente, o negócio é bonitão, com lindos cenários e uma fotografia caprichada. Quem disse filme nada acertou na mosca.
É bem conduzido e em nenhum momento fiquei entediado enquanto assistia, mas não é algo de que eu vá me lembrar depois que colocar o ponto final nesta resenha, mesmo que perto da sua conclusão ele até sofra uma reviravolta e vire uma história de tribunal, ficando até mais interessante do que estava sendo até então.
Contudo, é aquilo que eu disse antes: estes dramas, por mais bem feitos que sejam, simplesmente não têm nenhum apelo para mim. E não é especial o bastante para que eu o considere algo que poderia estar acima da média do gênero. Embora valha ressaltar novamente que ele é perfeitamente assistível, sendo conduzido de forma competente.
Assim, O Homem Que Elas Amavam Demais não é exatamente uma boa pedida para todos os públicos, mas para os apreciadores de dramas e de produções francesas e européias no geral, pode ser que agrade.