Como qualquer nerd que se preze, eu sempre tive curiosidade em saber o que aconteceria quando chegasse o dia Z, o inevitável e iminente dia em que os mortos levantarão. E eis que, zanzando numa livraria enquanto esperava o horário do filme que ia assistir no cinema, me deparei com a resposta de quase todas as minhas dúvidas sobre os comedores de miolos: O guia de sobrevivência a zumbis – proteção total contra os mortos-vivos.
O guia, para resumir em poucas palavras, é muito educativo. Ensina de forma detalhada sobre a fisiologia dos zumbis, táticas de defesa, fuga e ataque às hordas de mortos comedores de cérebro. Também há uma lista detalhada de armas, planos de fuga, suprimentos necessários e possíveis locais para abrigo. No fim do livro, ainda há vários relatos de insurreições que vêm acontecendo desde os primórdios da civilização.
Muita coisa não vai parecer novidade para os fãs do gênero, mas são exibidos detalhes importantes, como a forma que os zumbis utilizam cada sentido do corpo para caçar e seus padrões de comportamento, que são detalhes a serem levados em consideração para a fuga ou defesa de um ataque dos mortos que andam.
O capítulo de ataques registrados é cheio de teorias conspiratórias mostrando evidências do conhecimento dos governos (principalmente o estadunidense) sobre a existência destas criaturas e inclusive insinuações de que alguns países possam utilizar os mortos como arsenal bélico.
Os quatro Alfredos atribuídos ao Guia de Sobrevivência a Zumbis são resultado do seu rico detalhamento, teorias conspiratórias, e a criatividade do autor para esconderijos (eu nunca ia pensar numa plataforma de petróleo). O que impediu a obra de receber o Selo Delfiano Supremo foi a total inexistência de referências aos zumbis que correm, o que deixa o leitor totalmente despreparado no caso de uma insurreição deste tipo de morto-vivo.
PS: Aproveitando a oportunidade, mesmo que não tenha muito a ver com o tema, lanço aqui a primeira combinação de homens com alimentos no DELFOS: Cabeludos com chocolate. Vamos lá, meninas! Repitam comigo: hum…cabeludos com chocolate…