O Elo Perdido

0

Lembra de O Elo Perdido, aquela série tremendona que tinha os Sleestaks e que deixou nossa infância mais divertida? Aquela que uma família volta para o passado e é obrigada a viver junto com dinossauros? Não, cara, não estou falando dos Flintstones, é uma série filmada. Lembrou? Bom, deixa para lá, afinal, tirando o nome, este filme nada tem a ver com o programa.

Você por acaso sabe o que é O Elo Perdido? Sabendo ou não, vou explicar. É um estágio da evolução humana que a ciência ainda não conseguiu identificar. Manja aqueles troços de Homo Sapiens, Homo Habilis e tal? É um desses. Tem um salto nessa escada evolucionária que não faz sentido. Isso faz umas pessoas mais doidas, tipo o Bruno aqui do DELFOS dizer que a raça humana (ou talvez os macacos mais evoluídos) foram misturadas com ETs, criando essa desgraça que infesta o planeta Terra hoje em dia. Sim, me refiro a nós.

Pois os cientistas desse filme (que se passa no século XIX) acreditam ter encontrado esse elo na forma de dois pigmeus africanos. Segundo suas pesquisas, os pigmeus apresentam traços que os colocam entre os macacos mais evoluídos e os humanos menos evoluídos. Tudo indica que são uma raça inferior e selvagem. Até que eles começam a apresentar capacidade de pensar, aptidão para a música e coisas assim. Não, não chegam a formar uma dupla sertaneja chamada Os Pigmeus, embora isso seria legal, mas você entendeu o que quero dizer. E aí eles se dividem entre os cientistas bonzinhos, que os consideram humanos, e os cientistas mauzinhos, que os consideram espécimes para pesquisa.

Pronto, está armada a confusão e o delfonauta mais esperto já montou o filme todo em sua cabeça, afinal, é mais ou menos a história de muitos outros filmes, entre eles o clássico O Homem Elefante. Os clichês são seguidos à risca e o principal interesse que o longa gera é aquele naturalmente criado pelo seu tema que, convenhamos, é deveras interessante.

Vale a pena assistir? Olha, é um filme nada. Poderia ser melhor caso tentasse sair dos clichês ou fosse um pouco mais curto (apesar de nem ser tão longo, tem cerca de duas horas). É até bom, mas é cansativo. De qualquer forma, se você perder, não acho que vai se arrepender pelo resto da sua vida. E se você assistir, também não vai achar que jogou o dinheiro fora. Mas dificilmente vai se lembrar dele depois de algumas semanas.

Galeria

REVER GERAL
Nota
Artigo anteriorO Exorcismo de Emily Rose
Próximo artigoQuem é Morto Sempre Aparece
Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
o-elo-perdidoPaís: África do Sul/França/Inglaterra<br> Ano: 2005<br> Gênero: Drama<br>