It: A Coisa está chegando aos nossos cinemas. A história de um grupo de crianças reunidas para enfrentar um grande mal que assola sua cidadezinha na forma de um palhaço sinistro é baseada num dos romances mais conhecidos e cultuados de Stephen King.
E embora o livro originalmente publicado em 1986 só tenha ganhado sua primeira adaptação cinematográfica agora, 31 anos depois de seu lançamento, ele já havia sido adaptado para a tela antes. Mais especificamente, para a telinha da TV.
It – Uma Obra-Prima do Medo (e que subtítulo nacional extremamente pretensioso!) foi produzido como uma minissérie em dois episódios, totalizando 192 minutos de duração, exibidos pela emissora estadunidense ABC em novembro de 1990. No Brasil, foi lançado originalmente em VHS (eram duas fitas, de tão grande que era a parada) e era um verdadeiro clássico das locadoras.
Dada a natureza da trama do livro, que se passa em dois períodos temporais diferentes, com as crianças enfrentando Pennywise no final dos anos 50, e retornando décadas depois, já adultos, para um novo embate, a divisão em dois episódios caiu muito bem. Com o primeiro focado nas crianças e o segundo se concentrando na batalha final com os adultos.
A própria adaptação cinematográfica vai seguir esta estrutura caso o primeiro longa faça sucesso nas bilheterias e role a continuação. Seja como for, a minissérie tinha um bom elenco, com nomes conhecidos para os intérpretes adultos, como Annette O’Toole (a Martha Kent de Smallville) e John Ritter (o pai do JD de Scrubs). Dentre o elenco juvenil, havia a presença de Seth Green (o eterno filho do Dr. Evil da série Austin Powers).
E, claro, Tim Curry como o palhaço Pennywise, o grande responsável por apavorar uma geração inteira de adultos e crianças e deixá-los eternamente com um pé atrás sempre que viam essas figuras de rosto pintado, nariz vermelho e sapatos grandes.
Eu assisti à minissérie vários anos atrás, após ler o livro, e me lembro que a achei bem adaptada. Claro, a batalha final, que exigia efeitos especiais mais elaborados, não ficou lá aquela maravilha tecnicamente, para não dizer que ficou tosquinha. Mas vale lembrar que naquela época a televisão não tinha o mesmo reconhecimento que hoje em dia, e por isso contava com orçamentos bem mais modestos que os atuais. É perdoável.
A mini, além de ter saído em VHS, também foi lançada por aqui em DVD. Àqueles que gostam de comparar diferentes versões, agora poderão fazê-lo com o livro, a versão para TV e a versão de cinema que acaba de chegar. Depois só não vá ficar com medo daqueles palhaços de semáforo!