A cabine deste filme atrasou cerca de uma hora para começar. Por causa disso, o tempo que posso dedicar a ele na resenha é uma hora inferior ao de uma que tivesse começado na hora. Então vamos logo com isso.
Esta é a primeira parte de dois filmes sobre o famoso gângster francês Jacques Mesrine. Agora, sobre o que acontece nela… bem… definitivamente não espere um típico Tarantino, que sabe fazer como ninguém um longa sobre bandidos. Na verdade, como um honrado filme nada, tive poucos momentos de tédio durante sua projeção, mas não consigo contar exatamente como e porque nosso amigo foi parar no mundo do crime.
Por outro lado, porém, consigo contar em detalhes algumas cenas muito boas, em especial as mais fofas e sutis, como quando Jacques enfia uma arma na boca de sua esposa na frente do seu filho ou quando ele mata um sacripanta a facadas. É coisa fina e bastante marcante, que acaba compensando pela falta de história.
Por outro lado, uma outra cena legal me incomodou por ser 100% gratuita, Ang Lee Style. Por exemplo, o protagonista e seu miguxo fogem da prisão, apenas para voltar alguns dias depois armados, ficar 10 minutos atirando a esmo e gritando e depois irem embora, como se nada tivesse acontecido. Sério, por quê? Não me parece um comportamento natural de um fugitivo dirigir até onde estava preso para pipocar uns guardas por alguns minutos.
Recomendo? Não. O ingresso para o cinema está muito caro para que alguém gaste seu rico dinheirinho para assistir a algo tão esquecível. Porém, se você ficar sabendo quando passar na TV, já seria outra história, e daí vale a pena.
Curiosidade:
– Segundo o release, Jacques Mesrine morreu no dia dois de novembro de 1979. Curiosamente, foi o mesmo dia em que eu nasci. Uns morrem, outros nascem. A natureza não é bela? ^^