A Activision parece ter se encontrado nos remakes. Nos últimos anos, eles lançaram excelentes versões atualizadas para Crash Bandicoot, Spyro e Modern Warfare 2. É verdade, isso não é tão legal quanto lançar jogos totalmente novos (nesse aspecto, eles tiveram Sekiro, mas antes disso o último novo tinha sido o péssimo e já impossível de comprar – ou de baixar, caso você o tenha comprado no lançamento – Transformers Devastation). Por outro lado, eu diria que os fãs adorariam que, na impossibilidade de fazer novos jogos, outras empresas, como a Konami, pelo menos lançassem ótimos remakes de seus clássicos, ao invés de máquinas de pachinko. #fuckonami
Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 é o mais novo remake da empresa, e ele visa combinar e melhorar os dois primeiros jogos da série, originalmente lançados para o PS1. Curiosamente, estes jogos já tinham ganhado dois remakes antes: Tony Hawk’s Pro Skater 2X (2001) e Tony Hawk’s Pro Skater HD (2012). Assim, eles são, provavelmente, os jogos mais recriados de forma oficial da história. Claramente há demanda para isso. É só ver a animação da galera quando este remake de 2020 foi anunciado.
Para mim, particularmente, Tony Hawk é como Tom Clancy. Ou seja, um nome que eu conheço basicamente dos muitos videogames que levam suas marcas, mas que nunca fui atrás de conhecer o “produto” original. Pois é, eu não sou um connoisseur de skate. Não que isso seja necessário para curtir Tony Hawk’s Pro Skater. Pelo contrário. Após jogá-lo por algumas horas, é fácil entender porque as pessoas gostam tanto do jogo.
TONY HAWK’S PRO SKATER 1+2: O REMAKE
Em estrutura, este é um remake semelhante a Crash Team Racing. Ele traz todos os parques e skatistas dos jogos originais, junto com várias novidades que seriam introduzidas posteriormente à série.
Os parques são as pistas/fases propriamente ditas. Cada uma delas tem 10 objetivos diferentes, e você tem dois minutos para cumprir qualquer um deles (ou vários, se for ambicioso). Há nove parques do primeiro jogo, e oito do segundo.
Assim, a campanha não é só fazer truques para ganhar pontos. Você pode avançar desta forma, mas se preferir, pode explorar e fazer outras coisas, como pegar colecionáveis e fazer truques específicos.
GAMEPLAY
O gameplay é até bem acessível para um novato como eu. Individualmente, eu conseguia entender a lógica dos truques e dos controles. Claro que, na hora do vamovê, em que era só eu, um skate e um parque, já não conseguia fazer os combos tremendões que minha mente sonhava.
Claro, a prática leva à perfeição. E foi bem fácil para mim perceber quão empolgante pode ser Tony Hawk’s Pro Skater para aqueles que se esforçarem em aprendê-lo profundamente. Imagino que deve ser como tocar Guitar Hero no Expert e, assim como esse exemplo, chegar lá exige dedicação e tempo.
O visual é moderno, com suporte a HDR e tudo. Há uma trilha sonora cheia de músicas licenciadas, especialmente de hardcore. Claro, você a essa altura já sabe até que tem uma canção do Charlie Brown Jr. aqui (Confisco). Mas devo tem também um monte de faixas das quais eu realmente gosto, como No Cigar do Millencolin (uma das minhas escolhidas no meu top 5 de melhores letras de rock) e Bring The Noize, do Anthax com Public Enemy. É uma seleção de músicas e bandas que fala bem mais com meu gosto pessoal do que o que costumamos ver em outros jogos de esporte, e isso me anima a jogar até mais.
Eu ainda vou jogar mais de Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, porém não acho que vou chegar a me tornar um mestre, capaz de fazer altos combos e ganhar centenas de milhares de pontos. Ele simplesmente não fala comigo a ponto de eu querer investir o tempo necessário para isso. Eu fico feliz que este remake exista para as muitas pessoas que eu sei que vão gostar dele. Mas para mim, pessoalmente, ele deve ser desinstalado num futuro próximo.