Chegou a segunda parte do nosso especial de Hyrule Warriors: Age of Calamity. Agora, vem cá, quero te avisar de uma coisa: eu te protegerei dos spoilers de Age of Calamity, mas não de Breath of The Wild.

Nessas últimas horas de jogo, foi inevitável pensar em Breath of The Wild, o Zelda que construiu o mundo de Age of Calamity.

Hyrule Warriors: Age of Calamity, Hyrule Warriors, Delfos
A Mipha vs Bokoblins é bom demais!

Por enquanto, já cheguei a duas conclusões importantes com Age of Calamity. 1) BOTW era um jogo realmente diferenciado, que ficará para sempre na história, com personagens, mundo e história fantásticos. 2) Age of Calamity parece tornar o jogo original ainda melhor, mesmo que faça algumas mudanças no backstory de BOTW. Bem, pelo menos por enquanto, visto que não o finalizei ainda!

Hyrule Warriors: Age of Calamity – parte 2: uma desculpa para se sentir poderoso em BTOW

Após o prólogo/capítulo 1, que descrevi no texto anterior, Link e Zelda partem na missão de recrutar os quatro pilotos das Divine Beasts.

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Épico.

Se você ainda não sabe, na história de Breath of The Wild, as Divine Beasts são gigantescas máquinas de guerra encontradas pelo povo de Hyrule. Elas são uma das principais esperanças do rei Rhoam, pois têm armamento suficiente para fazer frente às hordas de monstros e ao Ganon Calamidade, o grande vilão de BOTW.

Aliás, guerras sempre foram importantes nos Zelda clássicos. Em vários, a descrição delas é parte essencial do lore (Skyward Sword, A Link to The Past, Ocarina of Time, Wind Waker). Porém, esta é a primeira vez que podemos participar de uma delas.

É interessante, porque eu não esperava que o gameplay de Age of Calamity fosse casar tão bem com os temas de BOTW. Seja com os personagens, ou com as Divine Beasts, você se sente extremamente poderoso. Sim, você pode usar as Divine Beasts em Age of Calamity!

Pois é, este era o poder de fogo que os heróis tinham 100 anos antes!

Os próprios personagens agem de acordo. Há bastante otimismo e até uma confiança arrogante, mais óbvia em Revalli. E sim, ele continua a provocar e minimizar Link.

Nas missões dos capítulos 2 e 3, Link surpreende os colegas com feitos incríveis. Zelda, no entanto, está totalmente insegura. Ela ainda não despertou o poder sagrado da família real. Esse arco, importantíssimo em Breath of The Wild, é muito mais explorado em Age of Calamity.

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A grande Deku Tree tinha razão quando disse a Link em BOTW: “você estava mais forte quando ergueu a Master Sword da outra vez.”

Ao mesmo tempo em que é muito divertido sentir-se mais poderoso a cada missão, o sentimento é amargo. Afinal, sabemos por BOTW que a campanha de Age of Calamity é mal-sucedida, com destinos trágicos para vários personagens. Ou será que teremos um final diferente de BOTW?

Hyrule Warriors: Age of Calamity – parte 2: Um mapa que serve à história

Age of Calamity tem uma estrutura de missões e progresso bem similares ao Hyrule Warriors original. A principal diferença é a existência de apenas um modo de jogo. Dentro dele, você encontra todas as missões.

O menu de fases é o mapa de Breath of the Wild, com todas as áreas totalmente visíveis. Porém, novas missões e lojas/ferreiros são destravados conforme o seu progresso.

Há as missões de campanha, que avançam a história e estão cheias de cutscenes. As opcionais são mais voltadas para o cumprimento de objetivos específicos. São coisas como: capturar fortalezas com limite de tempo, ou simplesmente desbloquear upgrades com o gasto de itens. Essas são muito parecidas com as missões do modo adventure do jogo anterior.

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Para adquirir mais vida e combos para os personagens, você precisa encontrar os itens. É possível até desbloquear um radar que identifica em quais fases ou lojas eles estão.

Outra coisa legal é que absolutamente todos os itens, inimigos e personagens jogáveis são de BOTW. As fases, mesmo as de treinamento, são contextualizadas. Quando você for enfrentar os Rito (raça do povo pássaro) com o time de heróis, haverá um motivo bem explicado para isso.

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Devo ser o único jogador no mundo que gosta de Escort Missions.

Em especial, a Koei Tecmo e a Nintendo foram muito criativos com os golpes e mecânicas dos personagens. Alguns são totalmente inesperados e possuem combos igualmente curiosos. Pouquíssimo (mesmo) foi aproveitado do Hyrule Warriors anterior – consegui identificar um golpe especial da Mipha, e só.

Hyrule Warriors: Age of Calamity – parte 2: Mais opções para ser efetivo no combate

Age of Calamity tem um combate muito mais dinâmico do que o Hyrule Warriors. Nesse jogo anterior, para enfrentar os chefes e minichefes, era necessário ter uma tremenda paciência. Esses inimigos têm uma defesa em círculo que deve ser quebrada para você conseguir machucá-los.

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O Link de cueca com a espada de duas mãos é absurdamente forte.

Aqui, essa defesa ainda existe e o dano do ataque especial quando ela acaba é tão poderoso quanto no Hyrule Warriors anterior. Porém, você tem muito mais opções para agir. Para se ter uma ideia, você pode:

  1. Usar a flurry rush (sim, está de volta), que diminui o tempo para os inimigos quando você desvia do ataque dele no momento certo;
  2. Utilizar um cajado da fraqueza do inimigo (gelo, raio ou fogo) para paralisá-lo e expor o círculo de defesa;
  3. Começar um combo aéreo e automaticamente enfraquecer a barra de círculo;
  4. Usar o ataque especial (do botão A) para tirar parte significativa da barra de vida dele;
  5. Usar as Sheikah Slates quando os inimigos expõem seus pontos fracos;
  6. Ou simplesmente continuar na porrada!

Com um gameplay tão rico, acredite, aqui você vai se sentir de igual para igual contra um Lynel. Ou até mais poderoso do que ele.

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Intimidador, até você descobrir do que é capaz.

Hyrule Warriors: Age of Calamity – parte 2: Dinheiro é importante, igual à vida real!

Para continuar seu avanço em Age of Calamity, duas coisas são importantes: os níveis dos seus personagens e das armas deles.

No caso dos personagens, você ganha experiência nas fases, mas também libera, logo no começo, a opção de treiná-los. Basicamente, você aumenta o nível deles ao custo de centenas de rupees, até o limite do seu personagem que tem o level mais alto.

Por exemplo, se o Link está no nível 30 e o Daruk, no 22, você poderá elevá-lo até o 30 também. É recomendado que todos os personagens acompanhem os níveis mais altos. Há fases específicas para eles e, na maioria das missões de campanha, você e/ou seu amigo poderão controlar mais de um durante a fase.

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Ou você não vai querer jogar com a super poderosa Urbosa?

Com as armas, você depende um pouco de sorte. Para evoluir o nível das armas, você precisa escolher uma como base, no ferreiro. Depois, escolhe as outras que irá “gastar” para melhorar a arma escolhida.

O problema é que você recebe a maioria das armas aleatoriamente, ao vencer as missões. O tipo de atributo da arma principal (+ 5% de dano no ataque regular, +3% de velocidade para carregar o especial) também influencia os próximos que serão absorvidos.

Apesar desses detalhes, é um sistema simples e que não demora muito para pegar. Mas você precisa de rupees, muitos rupees!

Hyrule Warriors: Age of Calamity – parte 2: E não ė que a performance está melhor que a demo?

Um ponto positivo da versão final é que a performance single-player dos capítulos após o prólogo são bem melhores. Arrisco dizer que a resolução e o FPS são até mais estáveis do que em Breath of the Wild do Switch e do Wii U. Age of Calamity não é tão bonito, intrigante e vivo quanto BOTW, mas é com certeza mais fluido.

Ele também oscila menos no humor do jogador, porque não tem as partes divisivas do clássico que referencia. Suas armas não quebram, você não enfrenta loadings após um inimigo desesperadamente difícil.

São jogos com gêneros e experiências diferentes, com certeza, mas como disse no começo, é impossível não pensar em BOTW ao jogar Age of Calamity.

Por hoje, é só, mas tem mais no próximo texto. Ate lá!