Egito: Vale dos Reis e mais templos impressionantes

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Chegou a hora, delfonauta. A hora de visitar aquele que é provavelmente o segundo lugar mais famoso do Egito (atrás apenas das pirâmides de Gizé): o Vale dos Reis.

Tema do episódio de hoje: Gamma RayValley of the Kings

O VALE DOS REIS

Infelizmente, não se pode tirar foto dentro dele, o que é uma pena, pois mesmo fora das tumbas o cenário é impressionante.

Caso você não saiba, o Vale dos Reis é um vale (duh!) onde estão muitas tumbas dos faraós. As tumbas eram construídas durante o reinado do faraó, então quanto mais tempo o maninho reinou no Egito, maior era sua tumba.

O lugar tem algumas dezenas de tumbas, mas apenas algumas poucas ficam abertas ao mesmo tempo. O ingresso padrão te dá o direito de visitar três tumbas à sua escolha e tem duas tumbas que são pagas à parte: a de Tutancâmon (100 libras egípcias) e a de Ramsés VI (50 libras egípcias).

Só que tem uma coisa que deixa tudo mais confuso: vários dos faraós egípcios se chamavam “Ramsés algum número”, e das seis tumbas que estavam abertas durante a nossa visita, quatro eram de Ramsés. Nós visitamos as duas tumbas pagas, mais duas tumbas de Ramsés (totalizando três tumbas de Ramsés das cinco que visitamos) e a de um outro faraó de nome complicado. Tirando as tumbas pagas à parte, acabamos aceitando a indicação do guia para entrarmos nas tumbas que eram maiores e mais bonitas.

A tumba de Tutancâmon, aliás, só é paga à parte porque tem a múmia do faraó lá dentro. É a única tumba do Vale dos Reis que tem múmia (as outras que foram encontradas estão na sala das múmias do Museu do Cairo, como você viu no texto anterior). Aliás, o faraó Tutancâmon só ficou tão famoso porque sua tumba foi encontrada no século XX e estava com todos os tesouros dentro, ao contrário das outras, que foram totalmente saqueadas ao longo dos séculos.

Apesar de ser a mais famosa e a principal atração do Vale dos Reis, a tumba de Tutancâmon é também a menor e mais sem graça que visitamos. Trata-se de apenas uma sala, sem grandes decorações ou coisas do tipo.

Algumas das outras que visitamos, inclusive a outra que era paga à parte, eram enormes, com corredores e várias salas antes de chegar na sala do sarcófago e, como tal, eram bem mais interessantes.

Tirando as tumbas, o próprio Vale em si é bonito e impressionante. O valor histórico de um cemitério de reis é inegável e é uma sensação indescritível estar lá, especialmente se você gosta de história.

TEMPLO DE HATSHEPSUT

Delfonautas gamers devem se lembrar do Templo de Hatshepsut como a primeira fase de um dos Serious Sam.

Caso você não tenha jogado, no entanto, nada tema, pois é bem provável que você já tenha visto a fachada dele, que é bem famosa.

Uma coisa interessante deste templo é que boa parte das suas pinturas estão intactas, e isso não é muito comum nos templos egípcios.

Tem também algumas estátuas da rainha Hatshepsut nas quais ela era modelada para parecer um homem. Numa das fotos que tiramos, eu levei até um photobomb.

Eu poderia até ter achado isso engraçado, se o cara não tivesse vindo me pedir dinheiro depois de entrar de bicão na minha foto.

E caso você não tenha conseguido reconhecer a fachada do templo na foto acima por causa dos dois chatos na frente dela, aí vai uma foto que, por desígnio de Amon-Ra, conseguimos tirar do templo sem ter mais nenhum turista nela. Não me pergunte como conseguimos isso.

UM DIA MAIS RELAXANTE

Até aqui a nossa viagem foi pauleira e mal estávamos tendo tempo para dormir. Neste dia nós pudemos dar uma relaxada, pois a única visita que fizemos foi ao Museu de Luxor.

Lá dentro também não podia tirar fotos, mas é um museu bem bacana, embora seja covardia compará-lo com o sensacional museu do Cairo.

Saindo do museu, era hora de finalmente navegar um pouco no nosso cruzeiro, que até então era basicamente um hotel em um navio. E foi aí que tivemos nossa primeira tarde de folga, relaxando na piscina do sun deck e admirando a paisagem.

TEMPLO DE EDFU

Pela manhã do dia seguinte, o navio chegou em Edfu, onde fomos de cavalo até o Templo de Edfu, que tem uma fachada impressionante (encontre a gente nessa foto).

Para você ter uma ideia do tamanho do negócio, esta estátua no meio de nós pode ser vista do lado esquerdo da foto anterior.

O templo de Edfu é bem bonito, e tem uma simbologia que eu achei bem legal: do lado de fora do templo, você não consegue ver a parte de dentro, pois ela fica totalmente escura.

Quando você entra, no entanto, lá dentro não é escuro e dá para ver totalmente o lado de fora. A simbologia é que tinha uma estátua de Deus lá dentro, e Deus consegue ver tudo, enquanto os humanos não conseguem ver Deus. Legal, não?

Foi no Templo de Edfu também que eu vi que os egípcios provavelmente eram bem baixinhos.

Era hora de voltar para o navio e navegar para o…

TEMPLO DE KOM OMBO

O Templo de Kom Ombo é menorzinho. Aliás, o navio atracou bem na frente dele.

Só que mesmo quando um templo egípcio é pequeno, ele ainda é grande e impressionante.

O que eu mais gostei, no entanto, foram alguns desenhos na parede que eram totalmente diferentes de tudo que tínhamos visto lá até o momento. Os desenhos nas paredes egípcias normalmente são feitos em alto ou baixo relevo, mas no Templo de Kom Ombo, eles eram feitos nos dois ao mesmo tempo. Se liga:

Impressionante, não? Na saída deste mesmo templo, há também um museu de crocodilos, com várias múmias destes répteis.

Por que isso, você pergunta? É porque o Templo de Kom Ombo foi erguido em nome de Sobek, um deus jacaré. Então taí sua resposta.

Visto este templo, era hora de navegar até Aswan, e no dia anterior acordaríamos bem cedinho, pois iríamos até…

ABU SIMBEL

Os dois Templos de Abu Simbel são um caso à parte, pois a visitação é controlada. Para visitá-lo, você precisa ir de manhã bem cedo, em uma caravana junto com todos os outros turistas. Todo mundo chega ao mesmo tempo e sai ao mesmo tempo.

Outro caso interessante é que ele estava em um lugar que seria coberto por uma represa, então os egípcios se viram obrigados a deixar os templos serem destruídos pela água ou transportar os dois templos INTEIROS até uma montanha artificial. Por que eles simplesmente não construíram a represa em outro lugar é algo que eu não consegui descobrir.

A parte mais legal destes templos são suas fachadas com as enormes estátuas que você vê nas fotos acima. Dentro dos templos, não podia tirar fotos, mas a essa altura, os lugares também começavam a ficar um tanto parecidos.

Quando deu a hora de sair dali (a hora de sair também é marcada), fomos até o Obelisco Inacabado, que é a coisa mais sem graça que vimos no Egito.

Está vendo aí, no meio de nós, o Obelisco caído? É isso.

TEMPLO DE FILAS

Lembra quando eu falei que os templos estavam começando a ficar parecidos. Então, olha só:

O Templo de Filas poderia ter me impressionado bastante se tivesse aparecido antes na nossa viagem, mas como já tínhamos visto um monte de templos, eu tenho apenas duas grandes lembranças dele.

A primeira é que os desenhos nas paredes eram feitos usando o alto e baixo relevo, como no templo de Kom Ombo.

A segunda é uma historinha. Tinha uma salinha totalmente escura, onde eu entrei porque eu sou curioso. Só que não dava para ver absolutamente nada lá dentro, então resolvi usar a tática Jogos Mortais, de iluminar o cenário com o flash da câmera. Tirei uma foto e olha o que apareceu.

Morcegos, cara! Seis deles! Se eu tivesse esticado o braço, teria encostado neles. Ok, eu não tenho exatamente medo de morcegos, mas se eu tivesse tirado a foto e um deles tivesse se assustado e voado na minha cara, eu provavelmente teria saído dali gritando.

E com este susto, se encerrava a realização de um sonho de infância meu, minha visita ao Egito. Existem ainda muitos outros templos no Egito que eu não visitei, mas saí dali feliz, tendo visitado os principais e gostado muito do que eu vi.

No dia seguinte, eu realizaria outro sonho de infância e viajaria até a Grécia. Pois é, delfonauta, no próximo episódio, você vai acompanhar nossa visita por Atenas e descobrir se eu consegui conhecer DELFOS. E ainda nesta temporada, as românticas ilhas gregas Míconos e Santorini e, claro, Turquia! Mantenha-se delfonado.

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