Reto Mortal é um filme de terror, mas não é sobre uma diarreia fatal. Não, este é apenas o título em espanhol do tema do texto de hoje. E no Brasil ele tem outro nome. Esta é a crítica Escape Room 2: Tensão Máxima.

ESCAPE ROOM

Eu não assisti a Escape Room no lançamento. Quem foi à cabine foi meu xará Carlos Cyrino. Eu só o vi recentemente, em algum serviço de streaming da vida. E, ao contrário do meu colega, eu gostei. É bem o tipo de filme para se ver no streaming. Divertido e esquecível.

Crítica: Escape Room quer ser o novo Jogos Mortais

Inclusive, pareceu uma jogada do destino que o segundo filme chegue aos cinemas tão pouco depois, enquanto ainda estava com o primeiro fresco na cabeça (não, eu não sabia da continuação quando resolvi assistir a ele). E isso é bom, porque ao contrário de outros filmes de fatalities, como Premonição, este continua diretamente a história.

Crítica Escape Room 2, Escape Room, Escape Room 2, DelfosCRÍTICA ESCAPE ROOM 2: TENSÃO MÁXIMA

Os dois sobreviventes do jogo anterior resolvem ir a Nova Iorque, na esperança de achar a tal Minos e impedir que ela faça novas vítimas. Sabe o que eles não esperavam? Acabar participando de outro jogo. Bwa-haha!

Este é o tipo de filme que não tem muito a ser desenvolvido em uma sinopse. É simplesmente uma sequência de escape rooms mortais. A graça está em ver os quebra-cabeças sendo resolvidos e adivinhar a ordem dos presuntos. Como em um bom slasher. Sabe aquele clichê do herói que desarma a bomba um segundo antes de ela explodir? Escape Room 2 é basicamente isso. Ele é bem curto, e quase a todo momento tem alguém correndo risco. Às vezes a vítima morre. Quando isso não acontece, ela sempre é salva no último segundo.

CLICHÊ, MAS DIVERTIDO

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E aí que tá. Escape Room 2 não é um longa de prêmios. Ele sequer tenta ser arte. Ele quer apenas divertir. Ser emocionante, causar aflição. Aliás, aflição mais do que medo. Acho muito difícil que ele cause medo em alguém adulto.

A questão é que funciona. Apesar de curto, eu nem vi o tempo passar. Imaginei que ele estava acabando porque já tinha morrido quase todo mundo. Daí olhei o relógio e, de fato, faltava pouco tempo para o final. E assim que eu gosto. Escape Room 2 não chega a 90 minutos, mas pelo menos você não vai ficar nenhum momento entediado, torcendo para ele acabar logo. Eu falo muito sobre a necessidade de games respeitarem meu tempo. Pois eu concederia este elogio a Escape Room 2. É curtinho, intenso e divertido. Se isso vale um ingresso de cinema para você, é outra história, claro. E cabe a você decidir.

TENDO ESTE FILME EM MENTE…

Você seria um cliente dessa empresa?

REVER GERAL
Nota:
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
critica-escape-room-2-tensao-maxima-aka-reto-mortalTítulo original: Escape Room: Tournament of Champions<br> País: EUA / África do Sul<br> Ano: 2021<br> Distribuidora: Sony<br> Duração: 1h28m<br> Diretor: Adam Robitel<br> Roteiro: Will Honley, Maria Melnik, Daniel Tuch<br> Elenco: Taylor Russel, Logan Miller, Deborah Ann Woll