Minha intuição dizia que Cópias seria legal. Porém, quando estava preparando esta resenha (fazendo a ficha técnica, buscando imagens, etc), deparei-me com uma grande quantidade de críticas altamente negativas. Admito que deu uma desanimada. Mas já estava confirmado para a cabine, então bora lá assistir e fazer uma crítica Cópias.

CRÍTICA CÓPIAS

A história é a seguinte. O seu Keanu (o Reeves, não o Eurídice) é um cientista que está próximo de conseguir copiar o cérebro humano para um corpo sintético. Só que daí a sua família morre em um acidente. Incapaz de aceitar a deplorável mão que lhe foi dada pelo dealer do destino, ele resolve tirar outras cartas da manga.

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Para isso, chama um colega que manja de clonagem. Agora o herói vai clonar sua família e, quando os clones estiverem prontinhos, vai copiar o cérebro dos presuntos. Pá, tudo terá um final feliz. Ou assim ele espera, mesmo sem nunca ter clonado um ser humano ou transferido um cérebro para um corpo sintético com sucesso.

Crítica Cópias, Cópias, Keanu Reeves, DelfosAgora sabe o que mais me surpreendeu? Eu gostei de Cópias! Sim, eu sei que tenho tendência a gostar de filmes ruins! Eu lembro muito bem de ter concedido o Selo Delfiano Supremo para A Múmia. Mas este parecia ser um caso de filme ruim que não me agradaria, e não foi o que aconteceu.

LINHA MORTAL

Ele me lembrou bastante o Linha Mortal (o original). Afinal, cria uma história científica que trata de morte, alma e todo esse lado místico desconhecido dos cientistas. Admito que fiquei esperando que ele seguisse a linha de Renascida do Inferno, e a família fosse ressuscitar em versões from hell, mas felizmente não é o caso.

Verdade, por mais que toda a construção e o climão da coisa toda tenham me agradado e me entretido, é fato que o caminho que a história segue perto do final é um tanto questionável. Mas era tarde demais, a essa altura eu já estava investido.

Outro problema é o próprio Keanu Reeves. Em geral eu gosto dos filmes com ele, mas assim como o Schwarzenegger, ele faz filmes legais sem ser um grande ator. E o papel de um pai que perde a família e não consegue lidar com o luto exige um alcance de atuação que o rapaz simplesmente não tem.

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Mas ele usa VR com lens flare!

Então é verdade que Cópias não é um filmão, mas ele aborda um tema interessante de forma suficientemente única para que seja uma projeção intrigante. Talvez de fato funcionasse melhor no streaming do que no cinema, mas isso não significa que você não deve assisti-lo. Especialmente se, como eu, tiver um carinhoso apreço por filmes ruins.

REVER GERAL
Nota:
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
critica-copias-reviewTítulo original: Replicas<br> País: Reino Unido / China / Porto Rico / EUA<br> Ano: 2018<br> Estreia no Brasil: 18 de abril de 2019<br> Distribuidora: Paris Filmes<br> Duração: 1h47m<br> Diretor: Jeffrey Nachmanoff<br> Roteiro: Chad St. John<br> Elenco: Keanu Reeves, Alice Eve, Thomas Middleditch e John Ortiz.