Quando você pensa em Vietnã, o que vem à mente? A guerra, certo. A gente até esquece que Vietnã é um país, deve ter gente inclusive que acha que é só o nome de uma guerra. Então taí um país onde precisamos situar mais histórias. O Vietnã merece ter um espaço na cultura pop desmembrado de violências e coisas horríveis. E nada melhor do que fazer isso em um filme de ação divertido, cheio de violências e coisas horríveis. Esta é minha crítica A Profissional.
CRÍTICA A PROFISSIONAL: NÃO CONFUNDIR COM O PROFISSIONAL
A Profissional tem título e cara de filme de ação genérico. Aliás, minha cabeça deduziu que ele era um daqueles filmes franceses falados em inglês (não é). Sabe aqueles produzidos pelo Luc Besson? Mas ei, este é O Profissional. É um título completamente diferente, né? O fato de o Léon do filme em questão também ser treinado para matar é só coincidência.
Pois, embora não tenha origem francesa, A Profissional de fato é um longa de ação genérico. Mas isso não é necessariamente ruim. Comecemos pela sinopse.
Anna (Maggie Q) é uma assassina profissional treinada para matar (rá!). Seu chefe e pai adotivo é Moody (Samuel L. Jackson). Quando “eles” matam o paizão, e tentam matar ela, a moça ativa o modo berzerker e sai em busca de vingança making fuck. Agora é pessoal, e eles logo vão entender o big mistake! E eu acho que este é o parágrafo com mais clichês cinematográficos que eu escrevi na vida.
Infelizmente, o filme em si não é tão divertido quanto o parágrafo anterior pode dar a entender. Na verdade, sua primeira metade é um tanto chatinha. Tem pouca ação, muita falação e absolutamente nada de humor. Felizmente, as coisas melhoram muito na segunda metade. E, ao contrário ao que eu normalmente faço aqui no DELFOS, dividi A Profissional em apenas duas metades.
A SEGUNDA METADE
A coisa melhora muito quando Michael Keaton entra na história. Não que eu seja um grande fã do ator, mas seu personagem é simplesmente muito legal. Um “vilão-mas-nem-tanto”, com carisma e ótimos diálogos. Sempre que ele se encontra com a Maggie vem coisa boa por aí.
Depois que o tio Keaton entra na história, o filme ganha em ação, roteiro e até em humor. Dá a impressão que tudo que veio antes era só uma introdução para este personagem. E talvez seja mesmo.
Quando finalmente A Profissional começa a entregar humor e cenas de ação, ele se dá bem. A ação é visceral e estilosa. Os diálogos entre os dois protagonistas são muito bem escritos. As duas metades são tão diferentes quanto Kill Bill é de Kill Bill Volume 2, mas nesse caso eram dois filmes. Ver essas duas partes tão diferentes seguidas, em pouco mais de 90 minutos, é bastante estranho.
Mas ei, essa segunda metade é o que salva o filme. É o que o eleva de uma fábrica de bocejos para um bom entretenimento de sábado à tarde. A Profissional não reinventa a roda, e nem mesmo é uma roda assim tão redondinha. Mas quando ela começa a rodar, a carroça anda.
CURIOSIDADE:
O elenco conta com Robert Patrick, o T-1000 de O Exterminador do Futuro 2. Embora o ator tenha uma enorme e atualizada filmografia, com mais de 150 créditos, toda vez que eu o vejo eu penso: “Olha, o T-1000 ainda tá vivo”.