Ano novo, vida nova. Às vezes nem tanto. Pleno dia 2 de janeiro de 2008 e já começaram as cabines e, com elas, o trabalho delfiano. Como título de curiosidade, esse é o primeiro texto escrito neste ano. Não é emocionanete? 😉
Sem mais delongas, vamos ao filme. Em Coisas que Perdemos Pelo Caminho, acompanhamos algumas pessoas normais lidando com a morte. Tema batido, mas normalmente interessante. Temos a família do presunto (David Duchovny, o Fox Mulder), representada por Halle Berry e por duas crianças que são as coisas mais andróginas, iguais e assustadoras que eu já vi na tela grande. Para você ter uma idéia, trata-se de um moleque de seis anos e uma mina de dez, mas eles têm exatamente o mesmo penteado, a mesma voz e o mesmo rosto. Não duvido nada que tenham pego a mesma pessoa para fazer os dois papéis e a partir dessa noite eu vou ter pesadelos relacionados a duas crianças andróginas e idênticas entrando no meu quarto à noite. Mas estou divagando. Parágrafo novo, vida nova, certo?
Além da família, o outro protagonista é o amigo drogado interpretado por Benicio Del Toro. Infelizmente, o carinha sofre muito pelo fato da Paramount ter decidido chamar alguém que não fala inglês para fazer as legendas. Acredita que o fulano traduziu durante o filme inteiro a palavra addict (viciado) como adicto? Alguém sabe se “adicto” sequer existe? ¬¬
Crianças tenebrosas e tradutores ruins à parte, a verdade é que Coisas que Perdemos Pelo Caminho é um bom filme. Traz ótimas interpretações de todo o elenco e os personagens são muito bem desenvolvidos. Algumas cenas, como o momento em que Benicio e Berry se beijam, poderiam ser cortadas por caírem no fator clichê, enquanto outras parecem estender o filme mais do que o necessário, deixando-o um tanto longo e chato.
Ainda assim, trata-se de uma boa história, com a qual muitas pessoas vão se identificar. Só que não é um filme para todo mundo. É o típico “filme Rezek”. Se você compartilha do mesmo gosto que nosso amigo de olhos esbugalhados, não perca.