Como o delfonauta já deve saber, ontem de manhã o TMZ reportou que Chester Bennington, o vocalista do Linkin Park, havia cometido suicídio.
Houve uma meia hora entre a publicação da notícia e a confirmação no Twitter do colega de banda Mike Shinoda, em que milhares de fãs prenderam a respiração, sem saber se era mesmo verdade. Até hoje eu não sei por quê, mas quando o Linkin Park explodiu, no começo dos anos 2000, era tão comum ouvir rumores de que ele havia morrido que o fato virou piada interna entre os fãs. Uma espécie de história de “Pedro e o Lobo” que rendeu até comunidade no Orkut a respeito.
E considerando que a banda estava no alto do hype de um novo álbum, com clipes saindo, vários shows marcados e entrevistas em tudo que é site e canal no Youtube, era difícil de acreditar mesmo. O One More Light, além de ser mais uma mudança radical na sonoridade da banda, parecia ser realmente especial para eles. O processo de escrita de várias das músicas foi filmado e colocado no canal da banda, e eles estavam sempre dizendo o quão orgulhosos estavam desta nova fase. Ontem mesmo saiu um novo vídeo, e fontes dizem que eles tinham uma sessão de fotos marcada para poucas horas mais tarde.
Nesse período tão animado, em que os problemas de Chester com vícios e depressão pareciam ter sido deixados no passado, a notícia de que ele teria tirado a própria vida parecia uma brincadeira de muito mal gosto. Especialmente depois de tantas homenagens que ele mesmo prestou ao amigo Chris Cornell, que se foi em circunstâncias muito parecidas pouco mais de dois meses atrás e que ontem completaria 53 anos.
Mas é verdade. Perdemos uma das vozes mais reconhecíveis e icônicas deste século, representante maior de um gênero que, embora controverso como qualquer grande fenômeno pop, foi a porta de entrada de uma geração inteira para o Rock.
Na próxima semana, eu farei o meu dever como a representante desta geração aqui no DELFOS e vou explorar mais profundamente a discografia dessa banda que foi e continua sendo objeto de adoração e de piadas em medidas iguais. Independente de em qual lado você esteja, o impacto do Linkin Park é inegável, e a voz inconfundível de Chester Bennington é com certeza uma das grandes razões. Sua falta será muito sentida.