BGS: A coletiva da Microsoft

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Como você sabe, essa semana começa a Brasil Game Show, e nós do DELFOS prometemos fazer uma cobertura espetacular do evento. O que a gente deixou de contar foi que o primeiro grande evento relacionado à BGS aconteceria antes da feira começar. Sim, delfonauta, a coletiva do Xbox One ocorreu ontem, no MuBE, sob o nome de Xbox BGS Premiere.

O Corrales e eu chegamos ao local por volta de 17:45, e ficamos bastante surpresos com a presença grande de fãs. Isso contrariou nossa previsão inicial de ser um evento exclusivo para a imprensa, e foi curioso ver uma fila de fãs crescer cada vez mais ao ponto de dar voltas na entrada. Porém, o mais legal mesmo foi ver Phil Spencer, cabeça da divisão Xbox, dar as caras e cumprimentar os fãs um por um, se mostrando o exato oposto do que o estereótipo de executivo sugere.

A Xbox BGS Premiere estava marcada para começar às 18 horas, mas só fomos liberados para entrar cerca de uma hora depois. Apesar do atraso, devo dizer que a primeira impressão não poderia ser melhor: o salão não apenas contava com um bonito palco como também com alguns jogos que poderíamos jogar, como por exemplo Cuphead, 99vidas e até uma versão overpowered de Forza 6, com chassi, volante e tudo. E é claro que não deixamos de experimentá-los.

JOGANDO ANTES DA COLETIVA

O primeiro jogo que jogamos foi 99vidas – O Jogo, um beat ‘em up brasileiro baseado no site/podcast – adivinha – 99vidas. Como beat ‘em up, o game pareceu bastante competente, mas ganhou a minha atenção em seus detalhes: é muito divertido jogar e ver uma setinha escrito “Bora!” no lugar do tradicional “Go!”, ou ver que o capanga em quem você está batendo se chama Tetinha.

Além disso, eu gostei bastante de como o pixel art ficou bonito, pois ele não tenta imitar a estética dos jogos de 8/16 bits, e sim se preocupa em desenvolver um estilo próprio e bastante vivo. Para mim, isso faz com que 99vidas – O Jogo chame muito mais atenção do que jogos como Shovel Knight, que, ao optar por emular o estilo retrô, acabam subutilizando uma opção estética deveras interessante.

Falando de Cuphead, eu senti que o jogo trouxe exatamente aquilo que prometeu: uma gostosa sensação de se estar jogando um desenho animado. Todos os elementos do cenário fluem de maneira muito espontânea, o que fez com que eu passasse o tempo muito mais aproveitando a beleza do game do que propriamente jogando-o. Fiquei bastante empolgado com essa primeira impressão, e sinto que esse será mesmo um dos grandes indie games dessa geração.

Já o Forza 6 foi um caso à parte. Ainda que não tenha gostado tanto do cockpit em que jogamos (que tornava a jogatina menos real do que as fotos podem sugerir), gostei muito tanto dos gráficos quanto do estilo do jogo em si. O jogo já é, por si só, bastante belo, mas as cores vivas da pista no Rio de Janeiro tornaram a experiência ainda mais prazerosa. Além do mais, senti que jogar Forza 6 foi bem intuitivo e recompensador, com todos os comandos respondendo de maneira satisfatória e sem ser punitivo com o average player.

Um detalhe interessante: quando vi a pista do Rio de Janeiro pela primeira vez na internet, fiquei com duas pulgas atrás da orelha, pois todos os equívocos geográficos cometidos na criação da pista pareciam torná-la muito mais engraçada do que propriamente divertida. Pois bem, sou obrigado a dizer que, ainda com todos os erros, é extremamente prazeroso atravessar as ruas do Rio em Forza 6, pois ela transmite muito bem a imagem que todo o mundo tem da Cidade Maravilhosa e da sua beleza. Aliás, eu diria que pilotar pelo Rio no jogo é bem mais divertido do que dirigir no Rio de verdade, mas deixemos isso para outro momento.

A COLETIVA XBOX

A Xbox BGS Premiere começou com uma introdução absolutamente legalzuda, mostrando os grandes jogos do console e, obviamente, focando exclusivamente nos exclusivos. A abertura foi feita por Willen Puccinelli, Gerente-Geral do Xbox no Brasil, que, entre elogios aos fãs, prometeu que essa seria a maior participação do Xbox na Brasil Game Show. Ele ainda aproveitou para dar destaque às novidades já anunciadas do Xbox, como os bundles baseados em games, a nova interface (a ser lançada em novembro) e a tão falada retrocompatibilidade dos jogos de Xbox 360. E, para dar continuidade a essa abertura bastante intensa, Willen chamou Phil Spencer – que, é claro, foi ovacionado.

Phil fez um breve discurso, deixando clara a importância dos jogos exclusivos para o Xbox, sejam eles triple-A ou indie games. Ele aproveitou ainda para falar de quão calorosos os gamers brasileiros são, inclusive rindo de um fã que gritou “Ch$%a, Sony!” e dizendo “Eu não entendi, mas gostei!”.

Porém, acredito que o mais importante seja mesmo destacar a força que a imagem dele tem. Phil Spencer se projeta de uma maneira muito peculiar, agindo muito mais como um frontman do que propriamente como um executivo, e justamente por isso acaba inspirando muito mais confiança. Foi uma sábia decisão trazê-lo para a BGS, pois tenho certeza que grande parte da energia da apresentação de ontem se deveu à presença dele.

Phil ainda aproveitou para falar dos jogos que apareceriam ao longo da coletiva, como Rise of the Tomb Raider, Halo 5, Quantum Break e Forza 6. Foi para falar uma novidade a respeito do exclusivo de corrida que Phil anunciou aquele que seria o nome mais inusitado da noite…

EMERSON FITTIPALDI

O famoso corredor de Fórmula 1 e sósia do Alice Cooper apareceu para contar uma grande novidade envolvendo Forza 6 e a sua escola de pilotagem Fittipaldi Racing Academy. A escola utilizará simuladores de Forza 6 para selecionar jogadores do Brasil todo e, assim, dar a eles a chance de se tornarem pilotos de verdade. Uma iniciativa bastante interessante e que merece atenção.

Após Fittipaldi, quem assumiu o palco foi Quinn Delhoyo, designer de multiplayer de Halo 5. Quinn anunciou Halo: The Fall of Reach, uma animação que contará o início da saga de Master Chief, além de dar destaque aos já anunciados modos multiplayer do game: o clássico arena, um PvP 4×4, e o modo novo chamado warzone, que mistura combate entre players e monstros controlados pela IA em uma partida de ação ininterrupta.

Quinn ainda liberou imagens de gameplay de uma fase de Halo 5, intitulada Enemy Line. No vídeo, podíamos ver o jogador enfrentando dúzias de monstros e alternando o uso de armas e poderes, até culminar no uso de um planador para escapar do lugar.

Devo dizer que não me empolguei muito com a utilização dos poderes, pois, pelo que já foi liberado, Call of Duty: Black Ops III demonstra misturar esses elementos de maneira muito mais intuitiva e fluida do que o que eu vi em Halo 5. Porém, gostei bastante de uma parte específica em que o player passa por um ambiente grande, atravessando túneis para matar inimigos que tentam flanqueá-lo. Eu curti, pois o fato de os monstros terem uma estratégia para atacar colaborou para criar um clima de “estou sendo atacado por um exército” – e, posteriormente, para fazer você se sentir pintudo por derrubar um exército inteiro sozinho.

RISE OF THE TOMB RAIDER E QUANTUM BREAK

A Xbox BGS Premiere seguiu com Meagan Marie e Michael Brinkie, produtores da Crystal Dynamics. Eles falaram de Rise of the Tomb Raider, sequência do aclamado reboot da série, mas não falaram nada que já não tivesse sido dito antes. Dessa parte, que passou meio apagada, eu destacaria o anúncio de que o jogo será 100% dublado em português (o que é natural) e uma nova mecânica que parece ser interessante: Lara poderá encontrar pergaminhos de diversas línguas ao longo do jogo, e poderá treinar suas habilidades linguísticas para torná-las cada vez melhores e liberar novos itens ao longo do jogo.

Além dos desenvolvedores da Crystal Dynamics, Thomas Puha, da Remedy também subiu ao palco e aproveitou para falar de Quantum Break, mostrando as diferentes mecânicas de combate que estarão disponíveis no game. Ainda que tenha sido interessante ver o jogo rodando e se mostrando dinâmico, sinto que ele poderia ter ganhado mais tempo, pois ele é, de longe, o exclusivo mais interessante do Xbox no momento.

A VEZ DOS BRASILEIROS

Eduardo Giordano apareceu ainda para falar um pouco sobre como o apoio a desenvolvedores brasileiros tem sido crescente e só tende a aumentar. Ele aproveitou para chamar ao palco Pérsis Duaik, desenvolvedor de Aritana e a Pena de Harpia e primeiro desenvolvedor brasileiro a ter seu jogo publicado na Xbox Live.

O que ninguém contava era que Phil Spencer – olha ele de novo – subiria ao palco para trazer um prêmio para Pérsis, parabenizando-o pelo sucesso em sua empreitada: “Estou jogando o jogo durante a semana toda. O jogo é ótimo e todos vocês deveriam comprar”, disse o executivo. Confira abaixo o momento em que Pérsis recebe o prêmio:

KEEP CALM AND GAME ON

A Xbox BGS Premiere foi bastante consistente, e, apesar de não ter quase nenhuma novidade realmente interessante, correu de acordo com as expectativas. É evidente o quanto a Microsoft está se esforçando para atender cada vez mais o público brasileiro, esforço sem dúvida louvável e que merece reconhecimento. Na galeria você pode conferir algumas fotos que tiramos no evento, e no Facebook do DELFOS você também pode conferir notícias da BGS em tempo real. No mais, continue delfonado, pois logo nós teremos uma matéria exclusiva sobre o que a Sony trouxe para a BGS!

Não deixe de curtir a página do DELFOS no Facebooke ler as nossas outras matérias da cobertura da Brasil Game Show.

TODA A COBERTURA DELFIANA DA BRASIL GAME SHOW

Textos:

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