Best of DELFOS Vol. 1

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Introdução por Carlos Eduardo Corrales

Parece que eu tenho sentimentos intercalados em cada aniversário do DELFOS. No de três anos, por exemplo, eu estava desanimado. No de quatro, eu estava empolgado e fizemos um especial que contou até com fotos das musas.

Como manda a tradição, hoje o DELFOS faz cinco anos e eu não estou com o menor clima para comemoração. Porém, para não deixar esta data passar em branco, resolvi fazer o que toda banda preguiçosa faz e lançar uma coletânea de links para textos antigos. Quase em cima da hora, no entanto, resolvi chamar os delfianos do barulho para escolherem suas matérias preferidas também.

No final das contas, você tem aí embaixo links com alguns dos textos mais marcantes dos últimos cinco anos, escolhidos por todas as seletas pessoas que já fizeram parte da Ordem Delfiana Secreta. Cada um usou seu próprio critério para escolher – e cada link vem com uma pequena explicação de porque foi escolhido. Pode ter sido porque o autor ficou muito orgulhoso, porque ele foi importante para a nossa história ou simplesmente porque o carinha gosta da matéria. É uma boa oportunidade para os novos delfonautas conhecerem os textos antigos e também para os delfonautas roots relerem matérias possivelmente esquecidas.

Hoje, você confere o best of de toda a turminha que já passou pela iniciação delfiana secreta e amanhã sai o meu. Fiz essa divisão porque não consegui selecionar menos do que 666 links, e dividindo deixaria cada uma das matérias com um tamanho mais viável. Divirta-se e feliz aniversário para nós (e por nós, eu digo toda a família DELFOS, delfianos e delfonautas).

O HOMERO ESCOLHEU OS SEGUINTES TEXTOS PORQUE NÃO CONSEGUIU ENCONTRAR AQUELE DO FNORD OCULTO:

Vamos Falar de Sexo: Este foi o primeiro texto que li no DELFOS, após a morte da saudosa A-Arca. Fiquei cativado pelos argumentos coerentes e eles me garantiram a volta ao site diversas vezes, identificado pelas ideologias em comum. Foi o início de algo que levaria a tornar o DELFOS parte da minha vida.

Primeiro Diálogos Delfianos: Apesar de ter sido claramente e sumariamente “ownado” neste bate-papo com o Corrales, tenho que admitir que ele foi surrealmente divertido. Até hoje ele rende piadinhas internas entre eu e o Corrales, especialmente quando achamos um filme tremendão ou discutimos a beleza incomensurável e buga-bugueável da maravilhosa Escarlate Filha do João. Além disso, a idéia para o nome da coluna foi minha… 0:-)

PS: Ainda hoje eu sinto calafrios ao ler aquela parte do homem pelado.

Negritude Nórdica – Pagode True: Pô, preciso explicar essa aqui? A letra ficou engraçadíssima e eu estive presente durante a sua concepção, no carro do Corrales durante o Encontro Delfiano. Um clássico.

Obras Fictícias: Contra: A melhor Obra Fictícia do site. Até hoje morro de rir ao ler as opiniões da “mídia especializada” sobre o filme! E me faz lembrar o quanto um filme de ação precisa de uma história: absolutamente NEM UM POUCO.

Como ser um nerd true: Um clássico do DELFOS. ‘Nuff said! Talk nerdy to me!

Mark Millar leva o Homero ao orgasmo falando da sua idéia para o Superman: Esse filme TEM que ser feito!

Speed Racer, o desenho: É um texto especial para mim, porque, como disse na resenha, não era um fã do personagem. Eu me forcei a assistir à série para escrever a resenha e, após o primeiro episódio, já vi a grande qualidade que ela tinha. Ainda procuro um box a um preço decente com todos os episódios.

A retumbante chegada do RSS: Meu primeiro trabalho visível no DELFOS! ^_^

Homer Simpson – O herói do Cyrino: “Hum… Rosquinha proibida…”

O REZEK SELECIONOU SEIS TEXTOS E GARANTE QUE PODERIA TER SELECIONADO MUITO MAIS. SÓ NÃO O FEZ PORQUE ESTAVA ENGRAVATADO E TRABALHANDO:

O Exorcismo de Emily Rose: Realmente, o horário de três horas da manhã nunca mais foi o mesmo para mim depois deste filme. Além de escrever uma boa resenha, o Cyrino aqui começava a dar indícios de seus dons premonitórios, que culminariam posteriormente com a sua famosa “Maldição”, relacionada a shows de bandas internacionais no Brasil.

O Albergue: Achei muito boa a inovação de fazer uma resenha no estilo manual, porque um filme tão grotesco como este precisava mesmo de um alerta para que o público fosse muito bem preparado para a sala de cinema.

Pecados Íntimos: Escolhi este texto porque foi a primeira vez que o Corrales padronizou o meu gosto cinematográfico. A partir dele, o infame gênero “Filme-Rezek” passou a definir praticamente todos os filmes de amor posteriores.

Fatal: O Corrales acertou quando definiu esta obra como um “Filme-Rezek”, porque eu gostei muito de Fatal mesmo. Não sei porque não o incluí em minha lista de melhores do ano, mas tenho certeza de que não foi pela falta de bons filmes de amor e sim porque 2008, sem dúvida nenhuma, foi o ano dos super-heróis, e isso você pode conferir quando o texto do top 5 for publicado.

Winning Eleven: Pro Evolution Soccer 2007: Gostei bastante desta resenha do Bruno, porque ele diz uma verdade indiscutível: como o Nintendo DS é infinitamente inferior ao PSP. Isso é fato e os nintendistas que vão ouvir pagode! Eu sempre gostei mesmo é da Sega e agora sou adepto da Sony! E tenho dito!

Perfume: Ao contrário do Ditador Supremo, eu gostei muito deste filme, mas escolhi esta resenha simplesmente porque não consigo parar de imaginar o Corrales saindo correndo do cinema e gritando na cara do funcionário que abre a porta. Peraí que preciso rir um pouco. Hehehe…

O GUILHERME ESCOLHEU OS SEGUINTES TEXTOS PORQUE A HUMANIDADE DEPENDIA DISSO OU PORQUE ELE QUIS. ESCOLHA O MAIS REALISTA:

Nightwish – Once: Ei, precisa de bolas pra falar mal desta bandinha chata. Só isso já foi o suficiente para me vender o site. Se a minha memória não me falha, foi neste texto que eu conheci o DELFOS.

Resenha Therion – Lemuria: Mas, se a minha memória falhou, foi neste texto aqui.

Resenha Therion – Sirius B: Ou neste. É, dá pra ver que os três têm valor sentimental para mim. 🙂

Não Ouvi e Não Gostei: Nightwish – Dark Passion Play: Aqui foi a minha vez de mostrar minhas bolas e falar mal da banda emo mais popular do mundo.

O Corrales e o Rock: Para mim, este foi o especial mais legal que o DELFOS já fez, pois os três textos estavam carregados de lembranças e sentimentos. Sentimentos metálicos, é claro.

O Cyrino e o Rock: Bem, talvez o do Cyrino não tivesse tanto sentimento metálico assim.

O Guilherme e o Rock: Mas o meu tinha. Não, peraí, ainda tem.

Os 100 discos essenciais do Rock: Esse treco foi divertido de fazer. Se fosse hoje, acho que estaria pelo menos 50% diferente, mas está aí para quem quiser ver.

Exclusiva: Doro: Este foi o texto que me deixou com inveja do Corrales.

Ouça o primeiro Oráculo de Delfos e veja uma foto dos delfianos!: Mais boas recordações. Essa reunião delfiana foi divertida. O Oráculo é uma pagação de mico, mas acho que todas as cinco pessoas que o ouviram riram em algum momento. 😛

Obras Fictícias: Contra: Esse é o texto que mais gostei de ter escrito!

Top 5: Filmes de ação dos anos 80: Bem, este aqui está em segundo lugar. Falar de filmes de ação é sempre legal nesta época de valorização da sensibilidade. Sabia que eu classifico quão bom um filme é de acordo com a quantidade de helicópteros que explodem nele?

Top 5: As mortes mais legais do Cinema: Outro especial velho favorito meu. Lembro de ter chamado dois amigos aqui para me ajudarem a escolher as mortes mais legais!

O BRUNO ESCOLHEU OS SEGUINTES TEXTOS PORQUE AINDA SE EMOCIONA COM OS TEMPOS FELIZES (E MAIS LIVRES) DO PASSADO:

Um Garoto que Descobriu o Rock: publicado em 13 de julho de 2004. Pelo que me lembro, foi meu primeiro especial no DELFOS (acho que na verdade foi o primeiro especial da história do site que tinha alguns meses de vida) e deu uma ótima repercussão. É um texto bastante pessoal, onde relato como minha história cruzou com o Rock, falo da minha adolescência e das frustrações da época. Recebi vários e-mails com pessoas se identificando e, até hoje, volta e meia me surpreendo com algum site, blog ou fórum publicando trechos dele.

Os headbangers não praticantes: esse é um texto muito legal do Corrales de fevereiro de 2006 que mostra toda a descrença com a cena Metal do país. Logo que começamos a escrever resenhas de shows e CDs em 2003 (o DELFOS nasceria depois), nos deparamos com mentalidades absolutamente retrógradas e fechadas, que xingavam pelo simples prazer de xingar, ofendiam e perturbavam sem motivo algum, o que gerou “n” bate papos sobre a cena e o comportamento do público que justamente contrariava tudo o que acreditávamos em nossas próprias adolescências lá na metade dos anos 90. Vale a pena ler e refletir sobre o assunto.

Existe jornalismo imparcial?: outro texto muito bom do Corrales, que resume muito do meu pensamento também. É basicamente uma dissertação sobre a pauta do DELFOS e o que acreditamos. Desde que o Corrales me chamou para participar do site, logo após sua criação, essa postura de que escrevemos para uma página de jornalismo parcial, ou seja, galgada em nossas próprias opiniões e sem hipocrisia, nos rendeu críticas e mais críticas. Se você ainda não conhece o DELFOS ou não sabe direito do que se trata, comece por este texto.

Manual para Neófitos no Heavy Metal – Parte 1 e Manual para Neófitos no Heavy Metal – Parte 2: este é um texto meu com colaboração do Corrales de Julho de 2005, mas a idéia surgiu quase um ano antes também. Basicamente, é um FAQ para quem está entrando de cabeça agora (ele continua bastante atual) no Metal não se comportar como um panaca. Gosto bastante deste trabalho e também deu uma ótima repercussão.

O Santo Modismo: este é um texto meu, publicado em Outubro de 2007, mas que também nasceu quase um ano antes, onde comento sobre os modismos. Lembro que ele demorou bastante para ficar pronto, deu bastante trabalho na hora de organizar as idéias, mas curto muito lê-lo até hoje.

O CYRINO ESCAVOU A FUNDO O ARQUIVO DE TEXTOS DELFIANOS E DESENTERROU AQUELES QUE CONSIDERA AS JÓIAS DA COROA. O QUÊ? NÃO TEMOS UMA COROA? AH, BEM, VOCÊ ME ENTENDEU:

O jornalismo metálico e Mais sobre os bastidores do jornalismo: Resolvi colocar essas duas juntas porque são complementares. A meu ver, são um ótimo exemplo das matérias mais sérias do DELFOS, e um baita compromisso de transparência com o público, afinal, não é em qualquer lugar que você descobre o que rola nos bastidores jornalísticos. Fora isso, também é um tema que, particularmente, muito me interessa.

Vôo Noturno: Momento egotrip total, confesso. Essa eu pus aqui nem tanto pela importância para o site (é uma resenha de um filme meio genérico) e mais por uma questão totalmente pessoal, por dois motivos. Foi a primeira vez que consegui passar tudo o que queria dizer em um texto conciso (cinco parágrafos!), algo com que até hoje tenho certa dificuldade. E também foi a primeira vez que senti que tinha captado o espírito delfiano de uma forma natural, orgânica, manja?

O Grito 2: Já essa está aqui por um simples motivo. Mais de dois anos após sua publicação, eu ainda me lembro dela, especialmente o trecho do “moleque com cara de pamonha”. Considero um dos melhores exemplos das resenhas delfianas. Nada daqueles clichês batidos de críticas de jornais, apenas uma opinião bem-humorada do sujeito que fez a resenha. Quase um bate-papo direto com você. Sim, você mesmo!

O ultimo vôo do Super-Homem: morre Christopher Reeve: Esse é o texto mais antigo da minha lista, dos tempos em que o DELFOS era um blog e eu nem sabia que ele existia (o blog, não o texto). Fora ser uma homenagem muito bem escrita e tocante a um dos meus ídolos de infância, ao relê-lo notei que pode ser considerado o embrião da seção Tremendões, o que também lhe confere uma importância histórica.

Obras Fictícias: Contra: Eu assistiria a esse filme no dia da estréia, principalmente depois do trailer apresentado pelo Guilherme na sessão Obras Fictícias. Um dos melhores exemplos dos textos humorísticos do site e prova de que o Guilherme anda com muito tempo livre para pensar em tantos absurdos. As frases dos veículos de comunicação na cena quatro são impagáveis.

Exclusiva: Star Wars – Anthony Daniels, o C-3PO: Pô, é uma exclusiva com o C-3PO! Para mim, um dos grandes momentos da história delfiana e um indicador de que o DELFOS estava crescendo, não apenas em visitas, pageviews e tal, mas também em importância e visibilidade. Afinal, é difícil conseguir essas entrevistas.

A evolução dos consoles – Parte 1 e Parte 2: Essa matéria em duas partes chuta bundas. Para se ter essa pequena aula de história dos videogames, percebe-se o tanto de pesquisa, levantamento de dados e tempo gasto redigindo um catatau tão grande, que acabou desmembrado em dois. Também dá para perceber o carinho do autor para com o tema, o que deixa a matéria com um ar ainda mais especial.

Os games das Tartarugas Ninja: Dentre os vários especiais com múltiplos textos que são feitos todo ano, esse de “Os Jogos de Fulano de Tal” é o que eu aguardo mais ansiosamente. Basicamente tudo que eu disse sobre “A evolução dos consoles” se aplica também aqui. Escolhi o das Tartarugas Ninja porque, além de ser o primeiro dessa série a ser publicado, eu adoro esses games.

Não Ouvi e Não Gostei: Nightwish – Dark Passion Play: Outro primor de humor, agora em um exercício de futurologia. Com certeza não foi o primeiro texto do DELFOS a gerar polêmica, mas é o primeiro do qual eu me lembro e acompanhei. Aliás, quem for reler este texto, leia também os comentários. Tem coisas ali tão engraçadas quanto a resenha, embora não pelos mesmos motivos.

Exclusiva: U.D.O. – Udo Dirkschneider: Esse é um exemplo de que às vezes as coisas dão errado por vários fatores. Neste caso, o problema sendo o entrevistado, com suas respostas monossilábicas e sua falta de vontade de falar sobre o passado. Mesmo com esse fator contra, a matéria que tinha tudo para ser esquecível ficou boa por conta da introdução que prepara o leitor para uma entrevista ruim e desfia um monte de reclamações (ei, eu gosto de reclamações!). Tirar proveito de situações adversas é isso aí!

Socorros Delfianos – Rezek no albergue do Torquemada: Incluí esta pequena peça literária pelo fator surpresa. Eu sinceramente não esperava ler uma coisa dessas no site naquele belo dia cuja data exata já não me lembro mais. Fiquei com a sensação de que no DELFOS tudo pode acontecer. Quer dizer, agora temos um arquiinimigo e até o início de uma cronologia da narrativa das aventuras dos delfianos! Parece até coisa de HQs. Hum, tomara que o Joe Quesada não apareça por aqui para querer apagar tudo que aconteceu…

Saiba como foi o Encontro Delfiano: Para encerrar, no final das contas tudo se resume a um texto escrito com capricho. E esse aqui foi muito bem redigido. Eu estava lá nesse dia. Eu sei tudo (ou quase tudo) que aconteceu. E mesmo assim, ao ler este relatório do Encontro Delfiano, parecia que estava descobrindo o que rolou pela primeira vez. Isso, assim como todos os outros escolhidos dessa lista, é um trabalho bem feito.

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