Eu honestamente não sei mais o que pensar da série Assassin’s Creed. Os primeiros jogos foram realmente divertidos. A falta de criatividade e a gana de fazer dinheiro, entretanto, encarregaram-se de transformar a franquia em um repeteco de ideias recicladas e mecânicas que, se um dia foram inovadoras, passaram a ser apenas chatinhas.

Considerando as frequentes alfinetadas de crítica e público sobre o desgaste da série, não deve ter sido uma grande surpresa para ninguém quando a Ubisoft anunciou que iria pisar no freio e dar um merecido intervalo para a franquia. Nada de jogos anuais: agora, o próximo Assassin’s Creed sairá apenas quando estiver bom o suficiente.

Particularmente, ainda não comprei a ideia de Assassin’s Creed: Origins, que será lançado no final de outubro e tem como premissa contar a história de (dã) origem do clã de assassinos, situada no Egito Antigo. Os trailers não empolgaram, e essa ideia requentada de voltar ao passado para contar “como tudo começou” me empolga menos ainda. Mas tudo bem, não façamos julgamentos apressados.

TIPO UM DOCUMENTÁRIO JOGÁVEL

Ontem (28 de setembro) a Ubisoft revelou que uma atualização a ser lançada no início de 2018 permitirá ao jogador explorar o Egito Antigo sem a necessidade de travar combates, seguir a história principal ou realizar missões.

A ideia é permitir que os jogadores possam apenas conhecer a história do Egito e visitar seus pontos turísticos, aprendendo sobre suas figuras históricas e dando um rolê por regiões como o planalto de Gizé, o Oásis de Fayum e as Grandes Pirâmides. Mais ou menos como uma visita guiada, com a curadoria de especialistas e historiadores.

Parece legal, a princípio. Se o jogo flopar e tiver os mesmos combates travados de sempre, as mesmas missõezinhas repetitivas de sempre e a mesma história enlatada de sempre, pelo menos vamos ter a opção de tirar uma pira dando uma volta pelo Egito e aprendendo tudo aquilo que não aprendemos com a Professora Edna na sétima série.

Assassin's Creed: Origins, Delfos
Imagem meramente ilustrativa da Professora Edna.

Por outro lado, não é nada que já não tenha sido feito (talvez de forma mais completa) por qualquer Discovery Channel da vida. Quero dizer: estamos aqui para fazer acrobacias aéreas, lutar de espadinha, brincar de stealth e reclamar dos bugs, não para fazer um tour digital pelo Rio Nilo. Mas tudo bem, conhecimento nunca é demais.

O importante é que o lançamento de Assassin’s Creed: Origins será um importante divisor de águas para a Ubisoft. Um jogo ruim pode afundar de vez o barco, enquanto uma reinvenção dos moldes tradicionais servirá para restaurar a fé na desenvolvedora.

Mas assim, cá entre nós: estou apostando em um meio termo. Não acho que será um jogo tão bom quanto foi, por exemplo, Assassin’s Creed 2, mas também não acho que será uma bomba como Assassin’s Creed: Syndicate (que comprei apenas para, duas semanas depois, revendê-lo com um alívio no coração).

E você, o que espera do futuro de Assassin’s Creed? Destile sua opinião nos comentários ou cale-se para sempre. Ou pelo menos até falarmos do jogo de novo por aqui.