Esta é nossa análise Operation Wolf Returns First Mission VR. Nome grande, né? Mas talvez parte dele lhe seja familiar. Você já ouviu falar de Operation Wolf? Era um fliperama da Taito lançado em 1987. Um on-rails shooter quando o gênero ainda era sidescroller. Veja, cá está ele.

ANÁLISE OPERATION WOLF RETURNS FIRST MISSION VR

Operation Wolf Returns First Mission VR é uma reimaginação do arcade de tantos anos atrás. Ele usa as mesmas fases e a mesma estrutura básica para imaginar como seria Operation Wolf como um on-rails shooter 3D. Você sabe, aquele estilo House of the Dead. Ficou assim.

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Obviamente, a mudança para o 3D muda completamente a sensação de jogar. Dito isso, admito que fiquei espantado quando fui assistir ao vídeo do arcade, e percebi como aquilo era parecido com o que tinha acabado de jogar no PS5. Neste aspecto, Operation Wolf Returns First Mission VR se dá muito bem ao refazer o jogo antigo de forma nova. É o clássico “tá, copia, mas não faz igual”. Com isso, acredito que os poucos que ainda se lembram com carinho de Operation Wolf em 2023, devem gostar bastante.

Mas eu não tenho essa memória mágica. Admito que só peguei Operation Wolf Returns First Mission VR porque adoro on-rails shooters. Então como ele se sai como um on-rails shooter para alguém que gosta do gênero, mas não tem relação afetiva com o game?

OPERATION WOLF RETURNS… IN 2023

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Sabe, Operation Wolf Returns VR é exatamente o que eu esperava. É um on-rails shooter divertido, porém sem nada muito especial, ou que o destaque de outros. Você começa cada uma de suas seis fases totalmente equipado, com quatro armas e granadas. Duas dessas armas você usa com apenas uma mão. As outras precisa segurar com as duas.

Isso é um tanto incômodo no PS VR2, já que os controles não são conectados. Segurar um na frente do outro não dá a sensação de estar segurando uma escopeta, mas um controle na frente do outro mesmo. Então eu particularmente preferia poder usar mesmo as armas grandes com uma mão só. Como esse tipo de controle é muito comum em VR, talvez a Sony conseguisse resolver vendendo um pedaço de plástico que conectasse os dois controles em formato de arma. Mas daí já é um sonho meu.

Também incomoda o fato de que, das quatro armas, parece que apenas a metralhadora é útil, com bom dano e boa mira. A uzi, por exemplo, que é basicamente uma metralhadora de uma mão só, é fraquinha e seus tiros voam em todas as direções, deixando bem difícil acertar alguém numa distância média ou longa. Como boa parte de Operation Wolf Returns envolve destruir tanques, helicópteros, aviões e chefes com vidas bombadas, meio que você só quer usar a metralhadora, e só usa as outras quando a munição dela acaba mesmo.

PRIMEIRA IMPRESSÃO E A SEGUNDA

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Olha pra onde vão os tiros da escopeta!

Eu terminei a primeira fase muito empolgado com Operation Wolf Returns First Mission VR. O gameplay é leve e gostoso, o visual engraçadinho tem um quê de Metal Slug e em geral este tipo de jogo arcade é muito minha praia.

Porém, ele cansou MUITO rápido. Especialmente por causa dos chefes. Pra ser sincero, os chefes em on-rails shooter sempre me incomodaram. Acho que o legal do gênero é avançar e ir atirando. Ficar preso num bicho grande que precisa de centenas de tiros até te deixar avançar não é divertido.

Neste caso específico, quase todos os chefes não morrem simplesmente com uma pá de tiros. Cada um tem um esqueminha, um momento certo para você conseguir fazer dano. E isso é ainda mais chato. O segundo, por exemplo, me deixou travado lá por mais de 10 minutos, sem entender porque não estava tirando a vida dele. Depois disso, simplesmente não me diverti muito com o jogo.

OPERAÇÃO LOBINHO

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Então o que temos aqui é um on-rails shooter com controles incômodos, mas suficientemente gostoso para entreter por algum tempo. E ele não abusa da sua boa vontade, com uma campanha que dura cerca de uma hora. Para quem quiser mais, há um modo survival em ondas, mas o foco mesmo são as seis fases da campanha. E, claro, tem dificuldades mais altas se você quiser deixar mais difícil.

Operation Wolf Returns First Mission VR é aquele tipo de jogo que encaixaria bem em um Gamepass da vida. Não é ruim e diverte. Mas também não é bom a ponto de eu poder recomendar a compra sem condições. Se você encontrar por um bom preço e for tão fã de on-rails shooter quanto eu, vale conhecer, mas meça suas expectativas.