Alien Vs. Predador

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Depois de deixarem os fãs loucos de ansiedade e estrelarem dezenas de jogos de videogame e HQs, onde se encontraram até mesmo com Batman e Super-Homem, finalmente os dois monstros mais feios (você já viu o Predador sem máscara? Eca!) do cinema se encontram onde sempre deveria ter sido: no cinema.

A primeira coisa que você deve saber é que essa é uma história completamente independente dos quatro filmes do Alien e dos dois filmes do Predador, mantendo como único elo comum, além dos próprios monstros, é claro, o ator Lance Henriksen, que fez o papel do andróide Bishop, em Aliens – O Resgate, segunda incursão dos babões na tela grande e que aqui faz o trilhardário Charles Bishop Weyland. Sua presença, assim como seu nome (percebeu o Bishop lá no meio?) devem ter sido escolhidos apenas para homenagear e satisfazer os fãs já que, em nenhum momento, a semelhança é mencionada na história.

Isso, contudo, não significa que as franquias dos monstrões não tenham sido respeitadas. Está tudo lá, desde o “senso de justiça” do Predador, que não mata pessoas desarmadas sem motivo, até o sangue “especial” de ambas as criaturas: para quem não lembra, ou não sabe, o Predador tem um sangue fosforescente muito louco e o Alien tem um sangue ácido perigosíssimo.

A história é básica, mas legal. Weyland (o trilhardário) e sua empresa acreditam ter descoberto a pirâmide mais antiga construída pelo homem, contendo uma mistura das culturas Asteca, Egípcia e do Camboja. Como qualquer pessoa normal, interessada em história, mas principalmente, em grana, forma um grupo com os melhores cientistas, arqueólogos e seguranças para viajar até lá e ver “qual é que é”.

Chegando lá, adivinha o que acontece. Vou dar uma linha para você pensar.

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Adivinhou? Isso mesmo, eles encontram os bichinhos que começam uma verdadeira carnificina. Na verdade, a pirâmide era um local para a raça dos Predadores testar e iniciar sua juventude na arte do combate, e os quase irracionais Aliens são a caça. Daí em diante, vai aquela violência tradicional. Humanos morrendo, Predadores morrendo, humanos morrendo, Aliens morrendo e, principalmente, humanos morrendo. Assim como nos videogames, o Predador é meio que o “mocinho” da história, ou seja, nada de muito diferente, mas ainda assim é legal.

Agora vamos falar mal. Na verdade, nem tem muito o que falar mal, porque eu gostei do filme, mas como sou muito chato, tenho que falar mal de alguma coisa. O filme chama Aliens VERSUS Predador. Então alguém me explica por que diabos a história é tão centrada nos seres humanos? O primeiro embate entre um Alien e um Predador ocorre lá pela uma hora de filme, e como são apenas três Predadores (embora isso seja o triplo do que normalmente aparece nos filmes da franquia), parece ter poucos rivais para as centenas de babões que habitam a pirâmide. O filme seria mais legal se focasse nas duas raças e deixasse os humanos apenas como “baixas de guerra” mesmo.

Concluindo, AVP vale o ingresso, principalmente se você for fã dos monstrengos. Poderia ser melhor? Sim, poderia, mas ainda assim foi uma hora e meia muito divertida – principalmente a meia hora final, quando realmente o VERSUS do título entra na história.

Alien Vs. Predador estréia amanhã, dia 3 de setembro.

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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).