Desde 2002, George Clooney vem dirigindo um filme a cada três anos, como um reloginho. Suburbicon – Bem-vindos ao Paraíso é o sexto longa-metragem capitaneado por ele.
Suburbicon é um bairro/cidade (no áudio original eles falam “town”, porém nas legendas traduzem como “bairro”) bastante agradável. Tranquilo e bonitinho, é o tipo de lugar no qual a maioria das pessoas gostaria de morar. Crime por ali é algo que parece tão distante quanto a lua.
Porém, uma noite a casa da família do Matt Damon é invadida por dois sujeitos mal encarados. A invasão termina em tragédia, ceifando a vida da esposa cadeirante (Julianne Moore). Porém, o que parece ser um simples assalto que deu errado pode ter motivações mais sinistras.
Paralelamente a isso, há uma história secundária de uma família negra que acaba de se mudar para Suburbicon. Isso causa conflito no bairro que era, anteriormente, predominantemente branco.
E coloca secundária nisso, pois a história dessa família se cruza bem pouco com a dos protagonistas. Basicamente, os filhos conversam em uma ou outra cena, mas em geral os protagonistas se mantém à parte da vizinhança racista.
SUBURBICON
Antes de sair para a sessão, eu por acaso vi que este filme estava bem mal avaliado. Isso normalmente não significa muito para mim, já que minha opinião costuma ser diferente da crítica especializada. No entanto, admito que fiquei com um pé atrás e, talvez pela falta de expectativa, acabei gostando do que vi.
Talvez o motivo para as críticas ruins seja o fato de que ele é um filme sério com cara e atuações de comédia. Não sei se é um daqueles casos de humor não intencional, mas admito que ri com o filme, e mais de uma vez.
Além disso, o caminho que a história segue não é óbvio e teve pelo menos uma ou duas vezes nas quais ele me surpreendeu bastante. Com isso, não vou negar, acabei me divertindo mais do que esperava.
Não é um filmão, mas é uma obra descompromissada que acaba agradando, especialmente se você, como eu, a encarar como uma comédia.