Se o amigo delfonauta nunca estudou algo relacionado a saúde mental, provavelmente também nunca soube se de fato há alguma diferença entre psicótico e psicopata. Felizmente, como em tudo de bom que aprendemos desde a nossa infância, a TV está aqui para nos ensinar o que as escolas e os pais não ensinaram.
A cultura pop está cheia de assassinos carismáticos e fascinantes, mas dois dos mais em voga na última década são Norman Bates e Dexter, muito por causa do sucesso das suas séries de televisão, intituladas Bates Motel e Dexter.
Não é difícil perceber a diferença nos distúrbios que fazem com que ambos matem pessoas. Mas você sabe qual seria o diagnóstico de cada um?
PSICOSE
O título original em inglês do clássico de Alfred Hitchcock, Psycho, pode ser usado para descrever tanto psicopatas quanto psicóticos, mas a versão em português, Psicose, foi clinicamente trüe ao personagem. Norman Bates é psicótico.
Ele comete os crimes sem ter consciência do que está fazendo. Na verdade, ele acredita que quem está matando as mocinhas bonitas é sua ciumenta mamãe. Ele sabe apenas que passou por um blackout, mas acredita com todas as forças que não tem nada a ver com os assassinatos.
Isso é muito bem explorado tanto na série Bates Motel como no filme que a inspirou. Aliás, este traço faz com que o personagem seja extremamente marcante e não é à toa que se tornou um dos vilões mais famosos do cinema. Isso é, se você é capaz de considerá-lo um vilão, sendo ele tão atencioso, simpático e gentil.
PSICOPATA
Por exclusão, a essa altura você já sabe que o Dexter é um psicopata e, se você assistiu à série ou leu os livros, sabe bem a diferença.
O serial killer preferido da televisão tem plena consciência dos seus atos. Ele planeja os assassinatos, bem como o que fazer depois e como agir para não ser pego. Ele sabe que o que está fazendo é errado, mas tem vontade de matar e não vê problema em saciar seus desejos.
No caso do Dexter, ele ainda tem um código moral de matar apenas pessoas que ele julga que mereçam – ou que sejam um perigo imediato para sua condição social. Mas ele sabe o que está fazendo e sabe das consequências dos seus atos. Ele é basicamente um sujeito com o sadismo superdesenvolvido e a empatia atrofiada.
Então agora você já sabe como classificar os assassinos que vê nos jornais e não tem mais desculpa para fazer isso errado. E nem precisa agradecer o DELFOS, agradeça à televisão.