Esta é nossa análise Onion Assault, game que chegou aqui no oráculo de surpresa, na primeira semana de 2023. Trata-se de um lançamento para Switch e Windows, que chega às lojas em 26 de janeiro e é a nova criação de Bertil Hörberg (que talvez você conheça por Gunman Clive, Mechstermination Force e Super Punch Patrol). Vamos analisar?
ANÁLISE ONION ASSAULT
Onion Assault é um plataforma 2.5D diretamente influenciado por Super Mario Bros. 2. Ou seja, é um game de plataforma, mas para atacar você precisa arrancar uma plantinha do chão e arremessá-la nos meliantes. Outra possibilidade é subir nos bichinhos, segurá-los acima da cabeça e jogá-los em seus amigos.
É um gameplay imediatamente familiar para quem jogou Super Mario Bros. 2, embora admito que não conheço outros jogos nessa linha (talvez Klonoa, mas ele é mais diferentão). Onion Assault não reinventa a roda, sendo um jogo bem básico e primário. Mas este não é seu problema. Na verdade, quando comecei a jogá-lo, me apaixonei imediatamente pelo seu visual fofinho e músicas alegres. Tinha certeza que seria uma delicinha. Infelizmente, não foi o caso.
LIMITE DE VIDAS? AINDA?
Onion Assault traz uma combinação perigosa. Temos aqui um game muito difícil, com checkpoints muito distantes, e vidas limitadas. Perder as vidas não apaga o save nem nada do tipo, apenas te retorna ao mapa com três vidas. Na prática, perde o checkpoint. Mas não é legal passar por uma fase difícil, chegar no chefe sem corações na última vida, levar um golpe e ter que começar tudo de novo. Limite de vidas simplesmente nada acrescenta ao game – e a nenhum outro, na real.
A delicinha já acabou logo na segunda fase. Lá pela metade, ela te coloca em uma batalha contra um tanque, em que você deve pular em suas balas, segurá-las, e jogá-las de volta. É um desafio relativamente comum, mas eu morri tantas vezes aí, tendo que voltar ao início da fase a cada nova tentativa, que fiquei de saco cheio logo no início da campanha.
MECÂNICAS INTERESSANTES
Ele até traz algumas mecânicas interessantes e criativas dentro da sua fórmula de segurar coisas e inimigos. Por exemplo, na última fase, você precisa carregar um tanque. Cada pulo seu faz ele soltar uma bala, e isso pode ser usado para atacar outros inimigos ou destruir cenários. Em outro momento, você precisa jogar cebolas em um canhão, que vai atirá-las com força e abrir caminho.
Este tipo de criatividade é muito bem-vinda. Deixa o jogo divertido e o diferencia ainda mais de Super Mario Bros. 2. Porém, tudo acaba voltando ao limite de vidas e aos checkpoints punitivos. Mesmo a fase mais delicinha de um game de plataforma não consegue se manter delicinha quando você precisa passar por ela cinco, dez vezes.
Isso estraga forte a experiência como um todo, o que é uma pena. Onion Assault é simplesmente muito bonitinho e simpático, mas infelizmente não é gostoso de jogar. Informações extras: a campanha de Onion Assault tem 16 fases, quatro mundos, e dura cerca de duas horas – levando em conta que eu repeti muito várias fases.