O rock nosso de cada dia tem um monte de músicas boas. A maioria delas a gente sabe imediatamente se são um rock mais tradicional ou uma balada. No entanto, tem um monte de música que fica no meio termo. Elas são mais leves do que o que a banda costuma fazer, mas são mais animadas do que uma boa e velha baladinha.
Esta é uma ideia que eu tenho faz um tempo para colocar aqui no DELFOS. A ideia é ter uma desculpa para conversar sobre música com você nos comentários, o que é sempre bom. Sim, você mesmo, então não vai fingir que não viu que eu estou falando com você. Faz favor de comentar aqui e me dizer o que acha. Esta ideia simplesmente não faz sentido se não rolar um diálogo.
WHEN IT’S LOVE
Para iniciar esta série, pensei em um clássico de uma das minhas bandas preferidas. When It’s Love é a segunda música do álbum OU812, lançado em 1988. É o maior hit do álbum em questão e é figura carimbada nos shows da banda (dos quais eu ainda não assisti a nenhum, #FML). Ela chegou no número 1 da parada de rock da Billboard e esteve em uma lista da VH1 das melhores power ballads (esta talvez seja uma forma comum de classificar as músicas que vão aparecer por aqui, mas não vale falar isso: ou é balada ou não é, nada de meio termo).
SERÁ QUE ELA É?
Ela começa bem lenta, com teclado e um solo de guitarra bem melodioso. Isso, somado ao título com a palavra “amor”, indica que vem aí mais uma balada. Mas daí rola um empolgante “Rá!” e um riff deveras animado. Até o próprio clima do clipe da música muda depois do Rá.
Se você compará-la a uma balada tradicional do Van Halen, como Not Enough, a diferença é considerável. When It’s Love mostra a banda em seu lado romântico, mas sem perder o jocoso, o divertido que sempre a caracterizou. Inclusive, a música em questão desce bem tanto para momentos mais meigos com a patroa quanto para um apimentado strip-tease. E convenhamos, baladas não combinam com strips.
Assim, eu diria que When It’s Love não é balada. Ela é muito empolgante e animada para isso. E você, o que acha? E por quê? Participe da brincadeira, vai que você muda minha opinião.