Uncharted: The Nathan Drake Collection

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Já falamos muito sobre a série Uncharted aqui no DELFOS. Esta é provavelmente uma das melhores séries da história dos games, e sem dúvida alguma a melhor da geração passada. Nós temos textos completos e detalhados falando de cada um dos três lançamentos de PS3, então se você quer saber sobre os jogos propriamente ditos, boa leitura:

Uncharted: Drake’s Fortune: o início da aventura.

Uncharted 2: Among Thieves: um dos melhores jogos da história.

Uncharted 3: Drake’s Deception: inferior ao segundo, mas ainda legal pra caramba!

Aqui vamos falar sobre esta coletânea, que envolve o relançamento dos três jogos de PS3 para PS4. É comum relançamentos incluírem todo o conteúdo previamente disponibilizado e às vezes até trazer coisas inéditas. No entanto, The Nathan Drake Collection é um caso à parte, pois também tirou algumas coisas importantes que estavam nas versões anteriores. Vamos começar, no entanto, com o que ele traz de melhorado.

É NOVO

As diferenças mais óbvias são também as mais tradicionais. Agora todos os games rodam em 1080p a 60 FPS. Além disso, o gameplay foi ajustado para que os três jogos tenham o mesmo feel.

Os gráficos sempre foram bonitos e continuam bonitos aqui. As cutscenes estão com um visual um pouco datado, mas elas melhoram consideravelmente a cada jogo. Já o visual do gameplay continua bastante atraente, com cores vivas e excelentes animações.

Os três jogos envelheceram muito bem, ou seja, não estão datados e continuam tão divertidos quanto sempre foram. E, claro, incluem um photo mode para aqueles que gostam de tirar imagens trabalhadas.

Se você achava o jogo muito fácil ou muito difícil, este é o parágrafo do regozijo, pois agora há também duas novas dificuldades. Uma mais fácil do que as anteriormente presentes e uma mais difícil.

O som não teve muitas mudanças, a não ser as vozes. Uma nova dublagem em PT-BR foi feita para os dois primeiros jogos, que anteriormente tinham apenas português de Portugal. Eu joguei o primeiro em português e a adaptação está bem melhor do que a que foi lançada com Uncharted 3.

Ainda tem algumas traduções estranhas, como quando o Drake fala “this is getting old”, que seria algo como “isso está enchendo o saco”, mas que foi traduzido como “isso está envelhecendo”. Por causa de coisas como essas, ainda vale jogar com o áudio original em inglês (que pode ser escolhido pelo menu), mas caso você não seja versado no idioma da Revolução Industrial, a história agora será compreensível em português.

O QUE NÃO TEM MAIS

A ausência mais divulgada, e provavelmente a mais sentida, é a do multiplayer, anteriormente presente no dois e no três. Cá entre nós, eu já joguei toda a campanha de cada um dos episódios mais vezes do que competi nas partidas de multiplayer. Então admito que não senti falta, mas eu também não sou um grande jogador de PVP, e entendo que muita gente pode ficar bem decepcionada ao saber disso.

Outra coisa que tiraram – e esta sim faz muita falta – é o suporte 3D do terceiro jogo. Ele simplesmente não está lá, e considero isso uma pena, até porque pouquíssimos jogos usam 3D no PS4 e este é um que já tinha esta função pronta.

Também excluíram todos os filmes de making of que vinham com cada um dos jogos. Agora ainda temos galerias de arte, mas não rolam mais as interessantes entrevistas com a turminha da Naughty Dog.

Por fim, a menor das mudanças é que o sensor de movimento também não existe mais. Antes você precisava mexer o controle para se equilibrar em plataformas, o que não faz muita diferença. No entanto, eu costumava usar aquela tática de virar o controle para pular para trás durante a escalação, porque nem sempre a direção fica clara em relação à câmera. É algo pequeno, claro, nada comparado ao dos parágrafos acima, e muita gente nem vai perceber.

A grande pisada na bola, para mim, foi a não inclusão de Uncharted: Golden Abyss, que continua sendo exclusivo do Vita. Este seria o principal atrativo desta coleção para mim e para tantos outros que tiveram PS3 mas não têm nem pretendem ter o Vita. Seria uma forma de vender a coletânea até mesmo para pessoas que já têm os três jogos e não têm interesse nos upgrades.

UMA COLETÂNEA INCOMPLETA

Algumas dessas ausências são consideráveis, tornando esta, em comparação com outras coleções de jogos antigos, como sua principal concorrente Halo: The Master Chief Collection, uma coletânea que parece ser um tanto incompleta, feita apenas com o mínimo essencial.

Tirando o update gráfico, é possível até você falar que estas versões sem multiplayer e sem 3D são até inferiores às previamente lançadas, o que considero uma pena para uma série tão legal.

Mas este é o ponto. A série em si é tão legal que torna esta uma compra essencial para qualquer proprietário de um PS4 que não teve um PS3. Se você já tem os jogos, mas pretende desligar o PS3 da TV, é uma forma de manter a série jogável na sua sala, mas é importante saber que ao fazer isso, perderá algumas das coisas presentes no PS3 e não terá nenhuma novidade considerável além de uma resolução maior.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
uncharted-the-nathan-drake-collectionAno: 2015<br> Gênero: Aventura / Ação / Tiro em terceira pessoa<br> Plataforma: PS4<br> Fabricante: Naughty Dog, Bluepoint<br> Versao: PS4<br> Distribuidor: Sony<br>