Top 5: Discos de 2009

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Alfredo, Alfredo de la Mancha, Delfos, Mascote, Alfred%23U00e3o, Delfianos

Olhando pra trás, acho que tivemos uns lançamentos de música bem legais neste ano, e foi até difícil escolher só estes cinco. Tivemos Slayer, Immortal, Behemoth, Vader, Megadeth, Dream Theater… E todos estes que listei estavam pelo menos muito legais. Mas, para bem da diversidade musical, escolhi um pouquinho de cada gênero. Talvez eu esteja ficando mole… 😛

5 – Roadsinger – Yusuf Islam

Como não faço idéia se os delfonautas escutam algo além de Metal, talvez valha a pena explicar que Yusuf Islam é o nome adotado pelo Cat Stevens depois da conversão ao Islamismo. Este é um disco maravilhoso de folk, digno dos trabalhos dos anos 70 do Cat Stevens. O cara continua com o mesmo vozeirão daquela época, e com o mesmo feeling. Escutem a faixa título do disco e, se não concordarem, venha reclamar na sessão de comentários. 🙂

4 – Flight 666 – Iron Maiden

Pegue suas pedras e prepare-se para jogar assim que eu falar o que falarei: eu não gosto de Live After Death. Acho que a voz do Bruce tava um popô na turnê do Powerslave, detesto versões longas de Running Free, não gosto das versões do Bruce para músicas da fase do Paul Di’Anno… Enfim, não tenho paciência para ouvir Live After Death. Para mim, Flight 666 é um Life After Death corrigido e com faixas bônus de discos posteriores que gosto muito, como Moonchild e Wasted Years. A produção está melhor, o Bruce está cantando com mais técnica e quase não tem nada da fase Paul Di’Anno (que eu adoro, mas não com o Bruce). Vale muito a pena para fãs, e já é o disco ao vivo do Iron que mais ouvi.

3 – The Miskolc Experience – Therion

O nome Therion é sempre garantia de qualidade. Eu espero que, um dia, vá encontrar produtos com um selo de aprovação deles em supermercados, dada a certeza de que eu tenho de que tudo o que eles assinam é bom. Puxa saquismos merecidos à parte, The Miskolc Experience é uma bela mistura de música erudita com o som quase que igualmente complexo do Therion. A primeira parte contém, ahm, covers de músicas de Mozart a Wagner (velho favorito do Christofer Johnsson), e a segunda parte é com músicas do Therion junto à orquestra. A mixagem não está exatamente boa, já que alguns corais estão quase inaudíveis, mas ainda assim, a idéia e a qualidade já são boas o suficiente para valer o disco.

2 – The Devil You Know – Heaven & Hell

Dane-se o nome, isto aqui é um disco novo do Black Sabbath e pronto. Isto fora do caminho, tenho que responder à pergunta: faz juz ao nome da banda criadora do Heavy Metal (é, minha opinião é diferente da do Corrales)? Faz. É tão bom quanto, sei lá, Heaven And Hell ou Dehumanizer? Bom, não chega a tanto. O disco é pesadão, mas levemente mais lento que o padrão da banda. Parece algo que o Candlemass faria, o que não é nada mau. O timbre de guitarra do Tony Iommi continua inconfundível, as linhas de baixo do Geezer Butler ainda deixam qualquer fã de música arrepiado, o Dio continua sendo o Dio e o Vinnie Appice, bom, faz o que ele tem que fazer. Ah, e Bible Black foi a música do ano pra mim. O riff principal dela é muuuito legal.

1 – Black Gives Way To Blue – Alice In Chains

Eu passei boa parte da minha adolescência, senão toda ela, ouvindo Alice In Chains. Pra quem não comprava revistas especializadas ou tinha pais que gostavam de Black Sabbath ou Led Zeppelin, acho que Alice In Chains, junto com o Metallica, era a única alternativa pesada. Dessa forma, sempre tive muito carinho pela banda, independente do talento considerável deles.

Quando o Layne Staley morreu, em 2002, meio que morreu a esperança (já bem remota na época) de ver um disco novo do Alice. Há alguns anos, eles anunciaram uma volta com outro vocalista, e, depois de um bom tempo, anunciaram um disco novo. Aguardei com um bocado de ansiedade por saber que, mesmo sem o Layne, a qualidade era certa, já que o principal compositor sempre foi o Jerry Cantrell. A cada música liberada eu ficava mais ansioso, e, quando o disco saiu, vi que valeu a pena esperar. Tirando exatamente uma parte de uma música (a partezinha rápida de Acid Bubble), adorei o disco inteiro. A Looking In View, por exemplo, tem o melhor refrão da década. Sinceramente, não ouvia um disco com tanto feeling há muito, muito tempo.