O delfonauta sabe que eu sou um grande defensor da ação descerebrada. Eu costumava definir um jogo perfeito para mim como um em que eu preciso ir do ponto A ao B e apenas inimigos me separam do meu objetivo. Time Carnage até se encaixaria nessa descrição, mas ele infelizmente é tão genérico quanto seu título.
Trata-se de um shoot’em up baseado em ondas. Há quatro períodos temporais com inimigos distintos (robôs, dinossauros, zumbis, etc). Cada período tem quatro cenários. Cada cenário coloca o jogador contra 10 ondas de dificuldade crescente.
Time Carnage é controlado apenas com dois PS Moves. No começo de uma fase, você pode escolher quatro armas e durante a ação alternar entre elas à vontade. Aqui está a principal sacada do jogo. Quando a munição de uma arma acaba, você deve largá-la e pegar outra. Armas que não estão sendo usadas são recarregadas.
Esta mecânica é bacana e você vai se sentir o Neo jogando fora as armas sem munição e pegando outras imediatamente. A jogabilidade também é boa e funciona direitinho. Mas assim como todo jogo de tiro baseado em ondas, ele se torna repetitivo muito rápido.
Não há movimentação, e os inimigos sempre vêm da sua frente. É tudo bem básico, mas o que pega mesmo é o fato de cada período ter seu grupo de inimigos. Isso significa que, nas quatro primeiras fases, você fica matando zumbis. Nas quatro seguintes, dinossauros, e assim por diante.
TIME CARNAGE
Você não pode misturar a ordem das fases. Terminar uma libera a seguinte, e elas devem ser feitas na ordem. E por mais que seja divertido, depois de matar zumbis por quatro fases e quarenta minutos você já vai estar pronto para jogar outra coisa.
Para completar, morrer não reinicia do começo da onda atual, mas em checkpoints arbitrários, que podem te fazer voltar duas ou até três ondas. Isso deixa o que já era repetitivo desnecessariamente punitivo.
Provavelmente eu gostaria mais de Time Carnage se o tivesse jogado quando VR ainda fosse novidade para mim. Agora, no entanto, já temos obras mais elaboradas e divertidas dentro do próprio gênero.
Devido à sua simplicidade e a seu jeitão plug and play, Time Carnage tem potencial para fazer sucesso naqueles arcades VR que têm popado por aí. Para jogar em casa, no entanto, falta sustância.