The Iron Maidens – World’s Only Female Tribute to Iron Maiden

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Alfredo, Alfredo de la Mancha, Delfos, Mascote, Alfred%23U00e3o, Delfianos

Caso o delfonauta não saiba, nem tenha sacado pelo título, a primeira coisa que deve ficar clara aqui é do que se trata este CD. Não, não é uma daquelas bandas que roubam o nome de outras mais antigas (tipo aquele tal de Killers, que roubou o pobre Paul Di’Anno – como se o coitado já não fosse falido o suficiente).

Trata-se simplesmente de cinco mocetas (eu disse Mocetas) que decidiram gravar um CD com músicas do Iron Maiden. Simples assim. Dentre as músicas, alguns grandes clássicas da donzela, como The Trooper, Aces High e Wasted Years.

E as minas sabem o que fazem, pois a parte instrumental das músicas está muitíssimo parecida com as originais. Agora o vocal, é claro, quanta diferença. Com isso, não quero dizer que a japinha canta mal. Aliás, pelo contrário, a voz dela me agrada bastante. Mas ela canta de forma muito fofinha. E o pior, ela parece não ter noção disso, e interpreta as músicas como se fosse uma amazona do apocalipse. E isso acaba deixando tudo ainda mais fofinho.

Para ajudar você a entender, imagine um coelhinho. Imaginou? Muito fofo, né? Pois então, agora coloque uma jaqueta de couro no nosso amigo felpudo e imagine-o segurando um microfone, fazendo cara de mau e dando altos gritinhos. Não ficou ainda mais fofinho? Essa é a imagem que eu tenho ao ouvir o vocal deste disco. As vozes parecem ter sido gravadas por um coelhinho malvado (duvido que você não concorde comigo ao ouvir o pré-refrão de Aces High).

Isso não é necessariamente negativo, mas não dá para negar o estranhamento ao ouvirmos a soturna narração que abre The Number of the Beast feita por alguém que poderia ter dublado qualquer desenho especial de Páscoa.

A versão nacional conta com três faixas bônus. São elas Remember Tomorrow (que embora não conste nas infos, é ao vivo), uma versão ao vivo da Seventh Son of a Seventh Son e uma de “ensaio” da Gengis Khan, que tem mais conversa do que música propriamente dita.

As versões são legais e as músicas até estão bem escolhidas, mas a ausência de novidades (principalmente quando lembramos quantos tributos ao Iron existem por aí), deixam difícil recomendar este disco para alguém que não seja um fanático pela Dama de Ferro ou um sujeito que sempre quis saber como soariam as músicas caso o Bruce Dickinson fosse substituído pelo Coelhinho da Páscoa. Se você é um desses, sem dúvida tem formas piores de gastar seu dinheiro.

Curiosidade:

– Não satisfeitas com a fofura trazida pela voz da vocalista, as moças ainda assinam com nomes como Adrianne Smith, Steph Harris e MiniMurray.