Acelere com o nosso especial Speed Racer:
– Obras Fictícias: Matrix Guilherminations: Eu odeio Matrix.
– Speed Racer, o desenho: Go, Speed Racer, go!
Essa foi uma semana inédita (no caso, a semana de 28 de abril). Nunca dois dos maiores filmes do ano tiveram suas sessões de imprensa feitas em dias seguidos. Para deixar tudo ainda mais pesado, as duas foram marcadas lá longe da civilização, no nosso velho amigo, o Kinoplex Itaim. E, para piorar, a do Homem de Ferro ainda foi à tarde.
Mas chega de bastidores, pois temos muito do que falar. Speed Racer é o primeiro filme dirigido pelos miguxos do Guilherme, os irmãos Wachowski, desde Matrix Revolutions. E os caras mostram aqui de novo que, antes de mais nada, são diretores visuais, mais ou menos como o Timóteo Botão.
Apesar de já saber disso há tempos, sou obrigado a dizer que Speed Racer me impressionou assaz deveras. Ele não só é mais bonito que Matrix, como é, possivelmente, o longa mais visualmente caprichado que eu já vi. É tudo extremamente colorido, com um monte de efeitos típicos de animê e cenas de ação que, quando terminam, você percebe que está com a boca aberta e sua baba está pingando na pipoca.
Infelizmente, apesar de todo o cuidado com o visual, o filme se descuida na história. Manja aquela historinha básica do sujeitinho independente, porém tremendão, que desafia as grandes corporações corruptas para se dar bem? Se você já viu qualquer filme de esporte, já viu isso e, em Speed Racer, vai ver de novo. Esse é o único motivo para o filme não ter levado a nota máxima, pois, tirando isso, ele é basicamente livre de grandes problemas.
Se a história não é lá muito empolgante, eu só tenho elogios a fazer em relação ao humor. Existem muitas e ótimas piadas aqui e praticamente todas as cenas que envolvem o Gorducho e o Zequinha vão arrancar gargalhadas. Ah, se você não sabe, o Zequinha é um macaco e macacos são sempre legais. Afinal de contas, eles são os comediantes da natureza.
Também não posso deixar de falar das minas. Eu já pagava um pau forte para a Christina Ricci, mas nesse filme ela está mais linda do que nunca. E o mais incrível: ela não é a única tetéia apetecedora aqui, pois divide a cena no quesito gostosura com uma japinha cujo nome não consta no release e eu não consegui descobrir. Para começar, como você já percebeu, essa outra mina é japinha, depois ela tem uma boca infinitamente melhor que a da Angelina Jolie. Para terminar, ela ainda tem coxas deveras grossas e homens cinéfilos sem dúvida já perceberam quão difícil é encontrar no cinema um bom par de pernas que não pareçam hashis de tão finas.
Hum… cenas de ação exageradas, carros turbinados, humor, gostosas… Pois é, meu caro, ao contrário do que parecia, Speed Racer é um Testosterona Total. Aliás, mais do que isso, pois talvez seja o primeiro Testosterona Total voltado para crianças da história do cinema. Em outras palavras, se você tem um pimpolho com quem quer compartilhar o gosto por filmes de macho como Exterminador do Futuro 2 e Adrenalina, este é o lugar certo para começar.
Como o delfonauta bem sabe, Testosterona Total é o gênero mais divertido da sétima arte e essa é uma boa palavra para definir este filme: divertido. Esqueça toda aquela verborragia e pedantismo da série Matrix. Aqui os Wachowski quiseram apenas fazer um longa divertido. E conseguiram, pois Speed Racer é, até o momento, o filme mais divertido do ano. E, com um visual desses, você não vai querer deixar de vê-lo no cinema.
Curiosidades:
– James McTeigue, diretor de V de Vingança, aparece aqui como diretor de segunda unidade. Estranho, né? O cara foi demovido.
– A clássica musiquinha do desenho, Go Speed Racer Go (o erro de vocativo não é meu, esse é o nome oficial da música), toca durante o filme apenas em uma versão instrumental e orquestrada. Nos créditos, ela comparece em uma versão “modernizada” cheia de barulhinhos eletrônicos e vocais semi-rapeados que sinceramente não me agradou. Pô, e eu estava mó empolgado para ouvir a musiquinha original…
– A trilha sonora deste filme ficou a cargo de Michael Giacchino, que também compôs para Lost. Será que a presença do Matthew “Cotonete” Fox influiu nisso? Eu acho que vi um QI. E o cara basicamente se limitou a orquestrar o tema do desenho. Por outro lado, temos aqui também a tremendona Free Bird, do Lynyrd Skynyrd.
– A tal participação da Petrobrás foi completamente ineficaz, pois o carro verde e amarelo aparece no fundo de uma cena, por coisa de dois segundos. Sério, a maioria nem vai perceber que o carro existe e muito menos se tocar que é o da Petrobrás. Se eles tivessem investido esse milhão de dólares aqui no DELFOS, garantiria que o site durasse para sempre e teria um banner eterno na página inicial. Delfonautas dedicados, escrevam um e-mail para eles sugerindo isso! *-*