Hoje é dia do rock, meu amigo. E melhor do que isso, hoje também é sexta-feira 13. Rock e terror são como irmãos que seguiram caminhos diferentes na vida. Como tal, de tempos em tempos eles se encontram. E neste dia em que coincidentemente ambos os gêneros são comemorados, que tal lembrar alguns dos encontros destes dois gêneros que tanto admiramos?
BEM-VINDO AO MEU PESADELO: ALICE COOPER ENCONTRA FREDDY KRUEGER
A Hora do Pesadelo 6: A Morte de Freddy, lançado em 1992, trazia uma “fantástica apoteose final em 3D” (o filme foi divulgado com estas palavras no Brasil). Foi o primeiro filme em 3D que eu vi no cinema.
Durante esta apoteose, que contava a origem de Krueger, o cantor Alice Cooper faz uma ponta como Mr. Underwood, o pai adotivo do vilão e, presumo, sua primeira vítima. Você pode ver o encontro dos dois no vídeo abaixo, a partir dos três minutos e 30 segundos.
A Morte de Freddy foi criado para ser a parte final da saga de Freddy Krueger, mas ela acabou ganhando um outro filme em 1995. Chamado O Novo Pesadelo, este trazia de volta o diretor do original, Wes Craven, e brincava com metalinguagem em um dos melhores episódios da série. Depois deste, Freddy Krueger voltaria em Freddy vs. Jason e no remake de 2010.
Alice Cooper, por outro lado, apareceu em muitos outros filmes, a maioria comédias onde ele interpretava a si mesmo. Não dá para esquecer de sua participação em Quanto Mais Idiota Melhor, onde ele dá uma hilária lição de história.
MARILYN MANSON, HENRY ROLLINS E DAVID LYNCH SE PERDEM JUNTOS
A primeira vez que ouvi falar do cineasta David Lynch foi em 1997. Como um jovem roqueiro, o filme A Estrada Perdida entrou no meu radar por ter participação de Henry Rollins e Marilyn Manson. Quando tive a chance de assisti-lo, no entanto, percebi algo que viria a se concretizar nas aulas de cinema da faculdade. Eu odeio a obra de David Lynch.
Faz 20 anos que assisti A Estrada Perdida e não tenho a menor intenção de fazê-lo novamente. Mas ei, ele se encaixa no tema desta lista. No vídeo abaixo, você vê Marilyn Manson e seu então colega de banda Twiggy Ramirez.
E neste, mais longo, você confere a participação do eterno vocalista do Black Flag, Henry Rollins.
MAS O HENRY ROLLINS TAMBÉM FEZ COISAS LEGAIS!
Feast, de 2005, é um filme B que tira sarro das convenções de filmes de terror. Existem muitos filmes com esta mesma temática, mas este, para mim, é um dos melhores e mais divertidos.
Apesar de ser um filme violento, com muitas mortes e tripas a rodo, se você tem um bom conhecimento dos clichês dos slashers, ele é simplesmente de gargalhar. E veja só, Feast está disponível na íntegra no Youtube. Confira, que vale a pena.
Henry Rollins tem uma filmografia bastante extensa. Aliás, acredito que ele já fez mais coisas como ator do que como cantor. Obviamente, nem tudo que ele fez é de terror, mas no vídeo abaixo você pode conferir uma curiosa participação do nosso amigo como zumbi, na série de TV Z Nation.
LINKIN PARK ENCONTRA JOGOS MORTAIS
Admito que esta eu não sabia até iniciar a pesquisa para esta matéria. Embora eu seja grande fã dos filmes de Jogos Mortais (a série é recordista em Selos Delfianos Supremos por aqui), não posso dizer o mesmo de Linkin Park. Assim, eu lembrava bem da cena abaixo, que mostra o vocalista Chester Bennington jogando um jogo com nosso amigo Jigsaw, mas nunca tinha ligado as coisas.
A participação do músico rolou em Jogos Mortais – O Final, de 2010. Ele viria a se suicidar por enforcamento um ano atrás, em julho de 2017. RIP, Chester.
ROB ZOMBIE SE CONSOLIDA COMO UM ATIVISTA DO MOVIMENTO DO MEDO
Lá nos anos 90, o White Zombie era uma banda bastante divertida por se utilizar da estética de filmes de terror ruins – que, convenhamos, são os melhores. Desde então, o vocalista Rob Zombie saiu em carreira solo e, no final das contas, praticamente abandonou a música para se tornar um diretor de filmes de terror.
Sua filmografia no IMDB conta, neste momento, com seis filmes de cinema lançados e um em pós-produção. Seus filmes, no entanto, são um tanto irregulares. Rejeitados pelo Diabo é legal, mas sua reimaginação em dois filmes de Halloween é uma afronta à memória do Michael Myers. Caramba, os primeiros 40 minutos do segundo filme são apenas um sonho!
Independente da qualidade, não dá para esquecer do Rob Zombie em uma lista como essa. O cara começou como músico e virou um diretor de cinema que faz exclusivamente filmes de terror. Mas convenhamos, com o repertório que este cara tem, eu esperava que ele fizesse coisas melhores.
QUEM MAIS? AGORA É SUA VEZ!
Esta foi a minha lista de algumas das intersecções entre rock e cinema que já aconteceram, mas com certeza há muitas outras. E é para isso que serve os comentários. Eu adoraria que você me indicasse alguma coisa bacana que eu ainda não tenha assistido. Feliz dia do rock! De terror! Bwa-haha!