Reiniciando para sobreviver

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As últimas duas semanas têm sido de imenso alvoroço para quem é fã de algum personagem do Universo DC e acompanha as histórias em quadrinhos. Começou na segunda-feira da semana passada, com o anúncio de que a editora iria reiniciar seu universo, com a afirmação de que vários títulos seriam cancelados ou teriam a numeração zerada. Nem mesmo HQs que beiravam o número histórico de 1000 edições seriam poupados.

O reboot não seria apenas cronológico. Vários personagens ganharam novas versões e equipes criativas, além de novos uniformes. Até o mais clássico deles, o Superman, cujo uniforme nunca sofreu nenhuma alteração severa (exceto pela fase elétrica), seria vítima da jogada. Identidades secretas seriam refeitas, personagens voltariam às suas origens e a continuidade seria jogada pela janela.

No dia seguinte, Bob Wayne, responsável pela equipe de vendas da DC, enviou uma carta aos donos de comic stores dizendo que não era um reboot completo. Ele não poderia dar detalhes no momento, mas garantiu que em breve eles saberiam do que se trata. Ao mesmo tempo, todos os funcionários da DC assinaram um contrato de confidencialidade, onde prometeram não revelar nenhum detalhe sobre o que acontecerá após o reboot.

Para essa missão, a DC contratou grandes nomes para trabalhar em suas revistas. Veja abaixo a relação completa de quem vai trabalhar em quais revistas (organizada pelo Bleeding Cool):

1. Justice League #1 por Geoff Johns e Jim Lee
2. Justice League International #1 por Dan Jurgens e Aaron Lopresti
3. Teen Titans #1 por Scott Lobdell, Brett Booth e Norm Rapmund
4. Suicide Squad #1 por Adam Glass e Marco Rudy
5. Action Comics #1 por Grant Morrison e Rags Morales
6. Superman #1 por George Pérez e Jesus Merino
7. Superboy #1 por Scott Lobdell e R.B. Silva e Rob Lean
8. Supergirl #1 por Michael Green, Mike Johnson e Mahmud A. Asrar
9. Batman #1 por Scott Snyder e Greg Capullo.
10. Detective Comics #1 e Tony Daniel
11. Batman: The Dark Knight #1 e David Finch
12. Batgirl #1 por Gail Simone, Ardian Syaf e Vicente Cifuentes.
13. Batwoman #1 por J.H. Williams III, Haden Blackman e Amy Reeder
14. Catwoman #1 por Judd Winick e Guillem March
15. Red Hood And The Outlaws #1 por Scott Lobdell e Kenneth Rocafort
16. Batwing #1 por Judd Winick e Ben Oliver
17. Nightwing #1 por Kyle Higgins e Eddy Barrows
18. Batman And Robin #1 por Peter Tomasi e Patrick Gleason
19. Birds Of Prey #1 por Duane Swierczynski e Jesus Saiz
20. Green Lantern #1 por Geoff Johns, Doug Mahnke e Christian Alamy
21. Green Lantern Corps #1 por Peter J. Tomasi, Fernando Pasarin e Scott Hanna
22. Green Lanterns: New Guardians #1 por Tony Bedard, Tyler Kirkham e Batt
23. Red Lanterns #1 por Peter Milligan, Ed Benes e Rob Hunter.
24. Aquaman #1 por Geoff Johns e Ivan Reis
25. Wonder Woman #1 por Brian Azzarello #1 e Cliff Chiang
26. Flash #1 por Brian Buccellato e Francis Manapul
27. Green Arrow #1 por JT Krul e Dan Jurgens
28. DC Universe Presents #1 por Paul Jenkins e Bernard Chang
29. Savage Hawkman #1 por Tony Daniel e Philip Tan
30. Blue Beetle #1 por Tony Bedard e Ig Guara
31. Fury Of Firestorm #1 por Gail Simone, Ethan Van Sciver e Yildiray Cinar.
32. Mr Terrific #1 por Eric Wallace e Roger Robinson
33. Captain Atom #1 por JT Krul e Freddie Williams II
34. OMAC #1 por Dan DiDio, Keith Giffen e Scott Koblish
35. Static Shock #1 por Felicia Henderson, John Rozum, Scott McDaniel e Jonathan Clapion.
36. Hawk And Dove #1 por Sterling Gates e Rob Liefeld
37. Deathstroke #1 por Kyle Higgins, Joe Bennett e Art Thibert
38. Legion of Superheroes por Paul Levitz e Francis Portela
39. Legion Lost #1 por Fabian Nicieza e Pete Woods
40. Grifter #1 por Nathan Edmondson, CAFU e BIT
41. Voodoo #1 por Ron Marz e Sami Basri.
42. Stormwatch #1 por Paul Cornell e Miguel Sepulveda
43. Animal Man #1 por Jeff Lemire, Travel Foreman e Dan Green
44. Swamp Thing #1 por Scott Snyder e Yanick Paquette
45. Justice League Dark #1 por Peter Milligan e Mikel Janin
46. Demon Knights #1 por Paul Cornell, Diogenes Neves e Oclair Albert
47. Frankenstein: Agent Of SHADE #1 por Jeff Lemire e Alberto Ponticelli
48. Resurrection Man #1 por Dan Abnett, Andy Lanning e Fernando Dagnino
49. I, Vampire #1 por Josh Fialkov e Andrea Sorrentino
50. Blackhawks #1 por Mike Costa e Ken Lashley
51. Sgt Rock And The Men Of War #1 por Ivan Brandon e Tom Derenick
52. All-Star Western #1 por Jimmy Palmiotti, Justin Grey e Meridat

Repare que há alguns nomes bem famosos aí, principalmente para quem acompanhou os quadrinhos nos anos 90. Especificamente Jim Lee, o mestre Rob Liefeld, Scott Lobdell, Fabian Nicieza e Greg Capullo. Também note que, entre os títulos relançados, estão vários títulos do estúdio Wildstorm, criado por Jim Lee nos anos 90 para a Image Comics, que acabou sendo consumido pela DC. Isso não é coincidência e vou explicar o porquê.

UM MERCADO DECADENTE

Não é segredo para ninguém que o mercado norte-americano de quadrinhos está em queda livre. Isso é resultado direto da crise especulatória do mercado nos anos 90, onde qualquer número 1 era considerado item de colecionador e uma mina de ouro em potencial. Essa bolha fez os quadrinhos acharem que eram mais importantes do que realmente eram. Usando uma lógica que até hoje me é incompreensível, os distribuidores decidiram que não deviam mais correr atrás dos fãs. Esses é que deveriam ir atrás dos quadrinhos. O resultado é que as HQs pararam de circular nas bancas (um movimento que começou nos anos 80) e só estavam presente em comic stores.

A bolha também causou uma crise criativa na indústria. Subitamente, qualquer coisa que pudesse ser desenhada num papel era uma franquia cinematográfica e de games em potencial. Afogados em títulos de qualidade duvidosa, com tiragens gigantescas, a indústria começou a se canibalizar. Logo depois veio a inflação. Não demorou muito e as pessoas começaram a perceber que estavam pagando caro demais por 10 minutos de diversão descartável.

Pior, a diversão nem era tão grande assim, considerando a péssima qualidade dos títulos no mercado. Quem colecionava quadrinhos com o propósito de ter uma mina de ouro em casa, percebeu que havia caído em uma grande armadilha, já que nada se torna tão raro e clássico em alguns anos. Principalmente com tiragens que beiram os milhões. Então as pessoas começaram a abandonar os quadrinhos.

O que define um mercado é o seu público consumidor. E nenhum mercado se sustenta tentando acompanhar o envelhecimento do seu público. É necessário que ele se renove constantemente, ou você acabará amargurando números de venda cada vez menores até que o mercado se torne financeiramente inviável. E é exatamente isso que acontece com os quadrinhos hoje.

As pessoas começaram a abandonar as HQs, e o mercado ainda conta com um público que vai atrás das revistinhas. Só que você não precisa mais desse mercado para se divertir com estes personagens: eles estão disponíveis em várias outras mídias de forma mais barata ou com um fator de diversão maior.

Ora, se o Batman está em um jogo e eu levo 12 horas para terminá-lo, mesmo que este jogo custe 50 reais, eu gastei apenas seis reais por hora de diversão, um real por cada 10 minutos de entretenimento. Se paguei 15 reais na entrada para ver seu novo filme, gastei algo em torno de sete reais por hora de diversão. Se baixei o scan ilegal da última edição de Detective Comics, tive 10 minutos de diversão de graça. Por que diabos alguém que não seja um fã devotado ou colecionador, pagaria três reais por 10 minutos de diversão? Ainda mais quando a diversão não é tão boa assim e exige que você fique na expectativa por um mês (ou mais) para acompanhar o final da história?

Pior ainda, poucos lugares vendem esse entretenimento caríssimo. Muitas vezes você teria de dirigir 50 quilômetros para chegar à loja mais próxima. E quando chega à loja, ela é escura, cheira a mofo, e o atendente é um gordo esnobe de cabelo ensebado que não vê chuveiro há uma semana. Você chega nele timidamente perguntando pela última edição do Surfista Prateado e prontamente ele lhe olha de cima a baixo e começa a lhe dar uma lição de como você deveria estar comprando outra revista, porque o escritor da edição que você está comprando não respeita a mitologia do personagem e blá-blá-blá. Quando você finalmente compra a revista e sai da loja, vê que ela é a quinta parte de um arco de 10 partes. Você não entende lhufas do que está acontecendo, pois o bonde está andando a toda velocidade e ainda falta muito para a viagem terminar.

Agora pense bem, você seria um consumidor do mercado descrito acima? Você realmente gastaria o seu dinheiro com isso a menos que fosse um fã fervoroso? Deixaria o seu filho participar desse mercado? Um mercado assim estaria em expansão ou decadência? Essa é a realidade do mercado estadunidense de quadrinhos hoje em dia.

A ESPERANÇA DE RENASCIMENTO

Com o “boom” de adaptações cinematográficas dos personagens de quadrinhos, há novamente um interesse crescente nos personagens. Mas, com todos os problemas expostos acima, esse interesse é perdido. Lá nos EUA, muita gente ainda se admira quando vê alguém lendo quadrinhos: “Nossa, ainda fazem essas coisas“? Essa é a pergunta que os fãs mais ouvem de leigos por lá.

Curiosamente, ao mesmo tempo em que os comics entraram em decadência, outras mídias similares entraram em franca expansão. Os mangás entraram timidamente no mercado estadunidense nos anos 90 e explodiram em popularidade nos anos 2000. Os encadernados de quadrinhos, que mantêm a linha Vertigo viva, vão de vento em popa. Autores de webcomics ganham dinheiro com anúncios nos sites onde colocam suas tiras de quadrinhos, com a venda de mercadorias personalizadas e volumes juntando várias histórias publicadas, tudo isso sem um atravessador.

Todas essas mídias cresceram porque têm um alcance de público muito grande, além de um preço competitivo. Encadernados e mangás custam pouco mais de 15 ou 20 dólares por lá (exceto edições luxuosas) e são vendidos em livrarias, inclusive em suas versões online. Os encadernados não exigem que você volte mês que vem para ver a conclusão da história. Webcomics têm leitura gratuita, estão disponíveis para leitores de todo o mundo e, se o material for bom, você tem grandes chances de possuir leitores fiéis o bastante para comprar uma caneca dos personagens do site.

Nos últimos anos, com o advento dos leitores digitais, ficou ainda mais fácil e confortável consumir literatura. A compra é online, não ocupa espaço na estante e, com o advento dos tablets, é possível ler o conteúdo em cores. O mercado de quadrinhos digitais é o que mais cresceu nos últimos dois anos.

É óbvio que os hábitos do público consumidor mudaram nesses últimos 20 anos, mas o mercado de comics continua fingindo que está tudo bem e que deve ser fiel ao modelo que criou. Ele age como se uma maior distribuição do material fosse prejudicar as comic stores. O mais engraçado é que esse medo vem principalmente dessas comic stores. Como as editoras precisam delas para vender as revistas, se elas resolvem boicotá-la, o prejuízo é enorme. E elas vão boicotar, já que quando uma comic store faz um pedido, ela é quem arca com o prejuízo se a revista encalhar. Se elas não compram, as editoras é que arcam com o prejuízo maior. O mercado americano acabou se tornando refém das comic stores.

COMO A DC ESPERA FAZER O MERCADO RENASCER

As editoras sabem que precisam modificar o mercado, que continuar na rota atual é suicídio. Por isso, a DC optou pelo reboot e por uma nova estratégia de mercado.

Os pontos-chave dessa estratégia são:

1 – Acabar com a dependência da continuidade: com um reinício e sem 70 anos de história para entender o que acontece, os curiosos terão um ponto inicial para entrar no barco sem se sentirem perdidos. Com isso ela espera atrair novos fãs.

2 – Colocar gente talentosa à frente dos títulos: lembra que a linha criativa anunciada tem vários nomes famosos dos anos 90? Sim, os anos 90 foram horrorosos, as histórias eram péssimas, mas elas vendiam. Os autores sabiam como deixar os leitores ansiosos pela próxima edição e como tornar a ação alucinante. Mesmo com todos os defeitos de proporção e anatomia que o Liefeld tem, não podemos dizer que os seus desenhos carecem de dinamismo.

3 – Publicidade: mesmo que os títulos tenham uma recepção ruim por parte dos fãs, é impossível negar que todos ficaram curiosos e agora o assunto está na boca de quem não acompanha quadrinhos regularmente. Comerciais das HQs da editora serão exibidos na TV americana.

4 – Alcance de distribuição: os quadrinhos serão liberados na loja online da DC no mesmo dia em que forem publicados nas bancas. Os preços das versões digitais serão os mesmos das edições em papel, $ 2.99, caindo para $ 1.99 após um mês.

5 – Em paralelo, trabalhar com Graphic Novels: as vendas de Superman: Earth One foram muito boas e J. M. Strackzynski já trabalha numa continuação. Uma graphic novel com o Batman também está em desenvolvimento.

6 – Quadrinhos para todos os gostos: apesar do foco em histórias de super-heróis, o novo Universo DC terá quadrinhos com temática de velho oeste, espionagem, monstros, sobrenatural e guerra.

Tudo isso tem grande apoio da Warner, dona da DC e de todos os seus personagens. Mais fãs significa mais renda e publicidade para filmes, games, lancheiras, camisetas, livros de colorir, programas de TV e etc.

AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NA DIREÇÃO CRIATIVA

O resumo dos títulos divulgados ao longo dessas duas semanas deixam claro. É realmente um reboot do universo DC. Mais surpreendente ainda, um reboot do universo DC integrando-o ao universo Wildstorm.

O que acontecerá: Superman será o primeiro herói do universo DC, aparecendo antes de todos na nova cronologia. Nada mais justo, já que é o personagem que praticamente criou todo o resto. Não haverá mais Sociedade da Justiça, nem heróis correlatos e mais velhos. A única exceção é Jonah Hex, que estrelará um título de western em Gotham City.

Batman combaterá o crime junto com Damien, o filho que teve com Talia Al Ghul. Dick Grayson é o Asa Noturna e Tim Drake é o Robin Vermelho. Bárbara Gordon é a Batgirl, eliminando A Piada Mortal da cronologia, e também teremos a Batwoman Os membros da Liga da Justiça e dos Novos Titãs estarão se encontrando pela primeira vez nas edições número um de suas respectivas revistas.

A fase de Alan Moore no Monstro do Pântano foi apagada completamente. O Caçador de Marte fará parte do Stormwatch junto com Apolo e Meia-Noite. Barry Allen é o Flash e Wally West não existe. O Super-Choque agora faz parte oficialmente do universo DC regular. Hal Jordan, Guy Gardner e John Stewart fazem parte da tropa dos Lanternas Verde, que terá quatro publicações mensais, pegando o embalo do filme do personagem. Arthur Curry é o Aquaman novamente. Gavião Negro e Nuclear ganharam origens completamente novas.

Se você reparar bem, tentaram retomar bastante das origens dos personagens, além de manter a maioria dos sucessores que aprendemos a gostar. No entanto, fica claro que nem tudo vai durar.

ISSO VAI FUNCIONAR?

Essa é a principal questão e ninguém tem uma resposta certa para ela. A DC está fazendo uma aposta alta e sem o dinheiro e apoio da Warner isso jamais seria possível.

Mercadologicamente falando, isso só vingará se as edições número um tiverem qualidade o suficiente para prender novos leitores e manter os antigos fãs interessados. E a qualidade tem de ser realmente excepcional, pois as vendas digitais não decolarão por causa do preço. $2.99 é um preço muito alto por um quadrinho digital e, como o mercado ainda é novo, ninguém sabe exatamente se os curiosos pagarão esse valor pelas revistas. Na verdade, esse preço é mais uma forma de dar um passo à frente sem enfurecer as comic stores. A DC está pisando em ovos.

De nada vai adiantar esse novo alcance se, mesmo com a cronologia zerada, as revistas tiverem uma dependência muito alta entre elas para tornar a história compreensível. Está na hora de abandonar grandes sagas complexas e focar em histórias com apenas duas ou três partes.

Criativamente falando, os rumos serão decididos após os primeiros cinco meses. Só assim, através do termômetro das vendas, eles saberão o que realmente deu certo no reboot e o que foi rejeitado. Provavelmente o plano original é se manter nesse formato por um ano, regredindo à continuidade normal em seguida, trazendo alguns leitores novos. Todas as sagas da DC nos últimos tempos têm duração de um ano, então esse é um período razoável para se apostar. Sob todos os efeitos, a DC pode querer utilizar um efeito “new Coke“, lançando algo medíocre para que apreciemos melhor o “universo regular.”

Mas desde o início fica claro que o reboot é apenas o início da verdadeira renovação criativa. Após um ano, muita coisa voltará ao “normal”, mas algumas coisas persistirão, como as novas origens do Gavião Negro e Nuclear. A salada entre personagens DC e Wildstorm é o maior indício disso.

Em 2007, com a Crise Infinita, os multiversos voltaram a existir no Universo DC. Há 52 universos, para ser mais exato, e atualmente os leitores regulares conhecem apenas três deles. O universo Wildstorm, a Terra 2 (que deu origem ao Superman de Reino do Amanhã e Poderosa) e a Nova Terra, que é o universo DC regular.

O fato da Wildstorm e do universo regular fazerem parte dessas múltiplas realidades alternativas, de Flashpoint, saga catalizadora disso tudo, mexer com a mistura dessas realidades, e do reboot mesclar dois universos distintos, deixa claro que algo está errado nas múltiplas Terras. Nós sequer sabemos se todas as revistas do reboot fazem parte de um mesmo universo. Ou seja, com certeza vem mais uma “Crise” por aí, que dessa vez parece ser mesmo definitiva.

Minhas expectativas estão mais baixas, no entanto. Só espero que o mercado continue vivo até o fim disso tudo, que o Superman volte a colocar a cueca por cima da calça, e que essa nova estratégia não se revele um tiro no pé. Mas tudo tem seu lado positivo. Eu finalmente poderei comprar uma Action Comics #1 legítima. =D