É comum os sites nerds publicarem coisas como “nós vimos” depois de sair da sessão de um filme cobiçado. Pois o DELFOS é muito mais criativo que isso e, ao invés de um “nós vimos”, fazemos um “nós jogamos”!
Pois é, caro delfonauta, saiu ontem na Xbox Live, para a minha surpresa, um demo de Guitar Hero III. A surpresa se deve ao fato de o jogo anterior não ter tido demos, então ninguém esperava que saísse algo para o III. Mas saiu. E traz mais conteúdo do que se pode imaginar.
O demo conta com cinco músicas: Rock You Like a Hurricane, do Scorpions, The Metal, do Tenacious D, Hit Me With Your Best Shot, da Pat Benatar, Even Flow, do Pearl Jam e Lay Down, do Priestess (a única do time que eu não conhecia – aliás, não conhecia nem a banda). Dessas, todas são as originais, com exceção da do Scorpions (que, aliás, teve a palavra bitch censurada) e da Pat Benatar.
Obviamente, fui direto para Hurricane e depois detonei as outras no Hard e três delas no Expert. Depois dessa experiência, devo dizer que fiquei um tanto decepcionado. Mas vamos falar primeiro do que tem de legal.
A lista das músicas agora conta não apenas com o nome da banda (cuja ausência fazia todos que entravam em contato com o jogo anterior reclamarem), mas também com o ano de lançamento, o que ajuda bastante a saber o que esperar de algo antes de jogar. Afinal, você sabe que uma faixa dos anos 60 não vai ser um Speed Metal. A tela de loading também é bem bonitinha e continua a tradição de piadinhas do Rock. Os membros da banda são os mesmos do jogo anterior (o que eu não gostei), mas agora os vocalistas mexem o maxilar no ritmo da música, o que é interessante.
Outro acréscimo legal é que, no lugar onde mostra seu multiplier, mostra também o combo que você acumulou até o momento, o que é extremamente útil. O lado chato é que, quando você alcança alguns números, como 50, 100, 200, etc, aparece uma frase avisando que esse número foi alcançado, o que distrai bastante.
Os gráficos me decepcionaram, pois estão menos brilhantes do que na segunda parte e alguns efeitos, como o Star Power ou mesmo o uso da alavanca não estão mais tão bonitinhos. O design dos botões que aparecem na tela também ficou pior e, por fim, quando você decide reiniciar uma música, tem que aguardar uma tela de loading o que, embora seja rápido, não tinha antes.
Falando em Star Power, agora não é mais uma barra, mas três lampadinhas que vão se acendendo. Quando elas estiverem acesas, você pode usar o poder e mais três aparecem para que você possa estocar mais SP. Inicialmente, achei que era uma boa idéia, pois tinha dificuldades em saber quando a barra estava pronta para ser usada antes ou se estava só perigosamente perto do centro, o que faz com que seja comum que eu levante minha guitarra à toa. Isso foi resolvido, pois, se você vê seis lâmpadas, e não apenas três, significa que está pronto para ser usado. Só que é bem mais difícil de acompanhar o preenchimento das lâmpadas e mesmo ver o quanto delas está se apagando quando o poder está sendo usado. No final, a mudança acabou não valendo a pena.
O demo tem também o tutorial e um multiplayer offline com o tradicional face-off e o novo modo battle. Ainda não tive tempo de avaliar o battle apropriadamente, então isso fica para a resenha oficial, mas até o momento, me parece algo bem interessante e, de certa forma, meio parecido como uma versão roqueira do clássico Super Puzzle Fighter. Você basicamente usa o Star Power para ferrar com o adversário, fazendo coisas como quebrando uma corda de sua guitarra, o que o obriga a consertá-la e, até fazê-lo, não pode tocar nada naquele botão. Se nenhum dos dois conseguir fazer o outro falhar até o final da música, vai para morte súbita. Todas as vezes que eu fui para morte súbita no demo, o videogame travou. Esperemos que isso seja resolvido na versão final. O.o
Sim, a terceira parte de Guitar Hero me decepcionou um bocadinho. Claro que tudo isso pode mudar quando estiver com o jogo final em mãos, mas até lá, essa é minha opinião. Guitar Hero III sai para PS3, PS2, Wii e Xbox 360 neste final de semana.