Há pouco tempo, houve uma tremenda polêmica quando descobriram que as secretarias de educação de vários estados brasileiros haviam incluído a HQ brasileira Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, uma antologia de contos em quadrinhos envolvendo futebol, como obras sugeridas para leitura de alunos do ensino fundamental.
A polêmica começou quando um professor leu a obra e constatou a presença de vários palavrões e temas sexuais. O que é bem natural, afinal o livro foi escrito tendo em mente leitores adultos, nunca foi direcionado às crianças. Então a pergunta que ficou é: quem foi a anta que escolheu este livro para estudo no ensino fundamental?
Enquanto a resposta não vem, mais uma polêmica surge, segundo o Omelete. O alvo da vez é a primeira graphic novel da história, Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço. Escrita por Will Eisner em 1978, ela apresenta histórias maduras, com crítica à sociedade estadunidense durante a grande depressão econômica de 1929, época da infância de Eisner.
A obra possui cenas de sexo e violência (inclusive estupro), além de sugestão de pedofilia. Ela estaria disponível em bibliotecas de alunos da quinta série, a partir de 11 anos de idade. Obviamente, não é uma leitura recomendada para crianças desta idade. O caso veio à tona com a denúncia do vereador e professor Jair Brugnago, da cidade de União da Vitória, que solicitou que a graphic novel fosse retirada das bibliotecas.
Não tiro o mérito das obras, mas francamente, suspeito que a pessoa que criou a lista de livros entregues às bibliotecas em escolas públicas sequer as leu!